Capítulo 16

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Bang passou a tarde com uma raiva incandescente. 

Sua aflição em conseguir documentar todos os truques de Sungjin acabou lhe causando um enjoo terrível.

A noite firmou com um certo incômodo. Bang revisava, sistematicamente, tudo o que encontrara. A tela do celular parecia estar ativada na claridade máxima, mas eram apenas os seus olhos cansados. 

Sem paciência, farto de adiar demais todos os seus conflitos, o loiro marcou um jantar em sua casa. 

Temeu que pelo horário os amigos recusassem o convite não planejado, mas o sorriso bobo e o suspiro, vergonhosamente romântico, surgiram quando as mensagens empolgadas vibraram no chat do grupo. 

– Será que ele vem mesmo? – Changbin comentou com os cotovelos apoiados na mesa. 

– Ele precisa. É sobre ele. 

O castanho piscou devagar, um pouquinho preocupado sobre o rumo que tomaria aquele encontro. 

Passou o dia inteiro com o corpo mole, lembrando da noite aconchegante que tivera. Na hora que leu a mensagem de Channie, seu coração se embaralhou de vez. 

Queria tanto viver esses momentos por mais mil noites, que se assustou só de imaginar o que poderia ter acontecido. 

– O que ele fez? – empurrou a cadeira e caminhou até o amigo que andava de um lado para o outro. 

– Não fez nada… vamos esperar ele chegar e eu explico tudo. 

Bang entregou um sorriso que saiu mais como uma careta. O menor entendeu que deveria apenas lhe oferecer uma companhia paciente e positiva. 

Então, posicionou as mãos frias em cada bochecha do mais velho e lhe entregou um rápido selar estalado. 

Os ombros tensos de Chan relaxaram e um sorriso mais bonito surgiu. 

Três batidinhas na madeira e o corpo de Han Jisung se fez presente. O moreno sorriu abertamente e fechou a porta atrás de si. 

A jaqueta foi jogada no sofá e os passos certos em caminhar até poder abraçar os dois. 

– Nós demos um selinho. 

– Hm? – encarou Changbin e parou para observá-lo. 

– Um minuto atrás – O olhar, timidamente preocupado, fitou o mais novo. – Demos um selinho há um minuto atrás. 

Jisung encheu as bochechas de ar para segurar uma risada maior, se aproximou do castanho e lhe entregou um selar úmido e demorado. 

– E nós demos um agora.

Naquele segundo Bangchan se esquecera completamente o motivo de suas preocupações. Seus olhos amendoados se empolgaram ainda mais quando Han se aproximou, lhe entregando outro selar demorado. 

– Vocês não precisam me contar toda vez que se beijarem. Inclusive… se beijem bastante!

O moreno balançava como uma criança animada nos próprio pés. Changbin não teve certeza se era pelos beijos ou alguma outra coisa.

– É bom te ver feliz assim. 

– Eu realmente estou – mordeu os lábios com empolgação e fez um suspense. – Hoje eu assinei minha primeira turnê mundial com o Sungjin! Eu sei que vocês não gostam dele, mas a gente pode deixar nossos erros no passado, não é? 

Bang prendeu o ar, uma sensação de raiva e revolta gigantesca pareceu invadir seus pulmões. 

– Eu perdoo vocês, e também perdoo ele por ter exagerado algumas vezes – sorriu nervoso. – Sung só queria me proteger. 

– Desculpa, Hannie – Seo pediu com desconforto. – Mas não fizemos nada de errado. Você não tem o que perdoar. 

O moreno respirou fundo, a expressão feliz murchando aos poucos como um balão. 

– Vocês dois deveriam ao menos reconhecer, e então poderíamos virar essa página de uma vez por todas!

– Jisung, Sungjin está te roubando. 


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