Capítulo 7

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Changbin passou a tarde organizando sua casa para receber os colegas. 

Limpou todos os cômodos como se morasse na residência mais poluída de todas. Esfregou o chão com tanto sabão e água que quase escorregou milhares de vezes, mudou o sofá de lugar, organizou as almofadas em ordem e preparou seu bolo de cenoura favorito. 

Há quanto tempo não se sentia daquela forma? O nervosismo, a empolgação por receber os antigos amigos em sua própria casa... mal podia acreditar. 

A campainha soou como um alarme de incêndio em seu cérebro, Seo ajeitou os cabelos e abriu a porta. 

– Vieram juntos? 

– Nos encontramos na porta – Bang disse e Jisung confirmou. 

Changbin assentiu e deu passagem para os rapazes, que timidamente entraram enquanto admiravam a enorme sala. 

– Sua casa é linda, Bin – Bang sorriu. – Parabéns. 

– Esse fedor de queimado estragou a estética – Jisung esfregou o nariz e se jogou no sofá. – Tirando isso, ela é bem bonita. 

– O BOLO! – Changbin gritou correndo para a cozinha que se separava da sala apenas por uma bancada de madeira. 

O menor desceu a portinha do forno e uma pequena fumaça tomou conta da cozinha. Bangchan até tentou segurar uma risada, mas a gargalhada de Han o impediu. 

O mais novo abandonou o sofá para se aproximar daquela cena, se apoiou contra a bancada e ainda ria fraquinho do desespero do anfitrião. 

– Me deixa te ajudar – Bang ofereceu, mas recebeu um aceno negativo em resposta.

Changbin coçou a testa com um pouco de desespero e timidez depois de largar as cinzas do bolo queimado em cima da bancada. 

– Não fique triste, Changbin – Jisung comentou sem abandonar o sorriso divertido. – Você sempre cozinhou mal. O que deu em você? 

– Acho que ele quis nos fazer um pequeno agrado – o mais velho sorriu admirado para Changbin, que em resposta lhe lançou um olhar mortífero. Bang até se afastou um pouquinho. 

– Não fiz nada para vocês – desdenhou abandonando a cozinha e sumindo pelo corredor em direção ao banheiro. – O estúdio fica descendo as escadas! – Gritou enquanto lavava seu rosto sujo de fuligem.

Christopher e Jisung se organizaram com os equipamentos enquanto Changbin não voltava. Não demorou para todas as ideias e arquivos estarem prontos para serem editados. 

Os produtores já haviam trabalhado em suas ideias e ajustes, coisas pequenas estavam sendo discutidas e negociadas. Seo os ajudava a entender seu estúdio, lhes dando total liberdade. 

Sentiam-se à vontade para criar e moldar os últimos ajustes daquela música, estavam claramente orgulhosos daquele trabalho. Tudo fluía. 

Todos compuseram a letra também, depositaram seus sentimentos e abandonaram as armaduras por algum momento. Já estava tudo muito bem arquitetado. 

Jisung deixou o caderno de composição no sofá e se aproximou do computador para mixar as batidas com Changbin. Bangchan voltou de uma ida ao banheiro e sentiu um certo alivio em ver os antigos amigos próximos novamente, como sempre faziam. 

Se sentou no sofá para observar os dois conversando e acabou sentindo a capa dura machucar sua bunda. O mais velho sorriu malicioso com a ideia que teve. 

– Hanji, sei que já temos a letra... mas o que acha de adicionarmos mais ideias? – Bang comentou insinuando abrir o pequeno caderno. 

– Não ouse! Me devolve – o mais novo pediu com a mão esticada mas Bang estava decidido em provocá-lo, então começou a folhear. – CHRISTOPHER! 

Reencontro • 3racha Onde histórias criam vida. Descubra agora