Antes de qualquer coisa, eu tenho alguns avisos importantes.
A primeira cena do capítulo é um flashback de novo, só que esse fala da infância do Tweek, e como eu sei que esse tipo de cena pode causar gatilho pr alguns, prefiro deixar avisado pra não surpreender ninguém.
E outra coisa que queria mencionar é que, como minhas aulas voltaram, o ritmo das atualizações pode ser prejudicado. O último capítulo que eu tenho planejado é o próximo, e depois disso, é possível que eu atrase um pouco mais!
E queria também agradecer por todos os favs e comentários, essa fic é MUITO especial pra mim, e saber que estão gostando realmente me motiva demais a continuar postando. Amo todos vocês, obrigado por acompanharem <33
É isso, espero que gostem e boa leitura!
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Uma vez, quando Tweek era novo demais para sentir qualquer coisa senão admiração por seus pais, ele acabou se machucando.
Era verão. Craig e ele estavam brincando de bola do lado de fora, ele achava, e Laura estava ninando Tricia em seus braços do outro lado da calçada, falando no telefone sobre algo que ela disse ser "muito importante, meninos, então peço que vocês não me interrompam até eu terminar, tá bom?".
Os pais de Tweek estavam dentro de casa, não se importando em monitorá-lo, e foi quando, correndo desembestado e descalço na rua atrás da bola, Tweek pisou em uma farpa.
Ele tinha 6 anos, pais super protetores, e nunca tinha tido nenhum outro ferimento além de ralar o joelho, então é óbvio que, ao sentir a dor atravessá-lo, ele caiu no chão, com o rostinho bochechudo franzido e a boca aberta para liberar o berreiro.
Craig, que estava do outro lado da rua, veio correndo em sua direção com suas perninhas curtas, preocupado com seu choro.
— Tweek? O... o que foi? — Sua fala era embolada nessa idade, por causa da língua presa. Ele agachou ao seu lado, olhos agitados. — Você quer que eu chame minha mamãe?
Os nós dos dedos de Tweek estavam brancos da pressão que estava colocando em sua perna, manobrando-a para checar o estado do ferimento, e ele começou a chorar mais ainda quando avistou a farpa, que havia, de fato, entrado em seu pé.
Ele ergueu o rosto choroso para Craig, com os lábios tremendo, mas antes que pudesse dizer que sim, a porta de sua casa se abriu de supetão, e sua mãe surgiu nela, tendo ouvido seu choro escandaloso.
Ela veio imediatamente em sua direção, e agarrou seu bracinho para colocá-lo de pé. Tweek chorou mais ainda, soltando um choramingo de dor por pisar com o pé dolorido. Craig, ao seu lado, puxou seu braço de volta, fazendo cara feia para Karen.
— Ele tá com dodói, tia — interferiu, e ele não poderia ser levado a sério com aquela carinha de mau e os termos tão infantis. — A senhora tem que tomar mais cuidado.
O sorriso que Karen deu a ele era afiado nas pontas, e nada amigável.
— Eu sei, querido. Vou cuidar dele agora e você pode voltar pra sua mãe, tá bom? Tweek não vai mais brincar hoje.
Craig fez beicinho, não abrindo mão do braço de Tweek.
— Eu quero entrar pra ajudar também - protestou.
Karen balançou a cabeça para ele, bagunçando seu cabelo escuro brevemente.
— Infelizmente a tia não pode deixar. Já é hora de voltar pra casa, amanhã o Tweek brinca de novo com você — disse, e essa confirmação pareceu ser o suficiente para Craig hesitantemente livrar o braço de Tweek de seu aperto, embora sua expressão ainda fosse chateada.
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Sobre (não) se encaixar, creek
Romance[Em andamento] Por anos, Tweek esteve familiarizado com a raiva, a sensação de inconformidade, o sangue nas juntas dos dedos e o medo. Ele se comunicou com os punhos por muito tempo, não se importando em reconhecer qualquer outra forma de expressar...