Sei que demorei MUITO, e realmente não era minha intenção sumir assim. Mas eu fiquei correndo contra o tempo com as datas de alguns trabalhos, e quando chegava em casa só queria dormir
Esse cap tava planejado há muito tempo, e só posso dizer que é uma montanha russa de emoções. Vocês vão rir, e depois chorar, e depois querer me matar, e depois sorrir. E chorar de novo. Muita coisa acontece.
Vou deixar nos comentários desse parágrafo a música que ouvi pra esse capítulo, caso alguém queira ter toda a experiência também. É mais sobre o toque do que a letra.
Espero que gostem do cap de hoje, boa leitura!
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Os olhos de Craig varriam a multidão, esperançosos, enquanto ele estava inclinado para trás com as mãos espalmadas na mesa da sala de estar.
Sua casa havia lotado rapidamente, porque manter festas entre círculos pequenos de amizade era impossível naquela maldita cidade, e é óbvio que a notícia de sua minúscula comemoração se espalhou como gripe.
Agora que observava com mais atenção, quase todos os alunos estavam ali, menos um.
Ele estava na busca por um tom de loiro específico, mas não conseguia encontrá-lo, não importa o quanto olhasse de novo.
Seus ombros caíram quando a realização veio, e seus lábios se formaram em uma linha fina.
Ele não ia aparecer.
— Esperando por alguém? — Sentiu o cheiro de tabaco, e quando olhou para o lado, seus olhos focaram em um casaco laranja surrado e um tom de loiro que não era o que procurava.
Craig estalou a língua e esfregou as mãos nos jeans, balançando a cabeça.
— Não — mentiu e soou falso até mesmo para ele. — O que te dá essa impressão?
Dando de ombros, Kenny o encarou, com os quadris apoiados na mesa. Ele estava com aquela expressão de quem ia dizer algo irritante.
— A sua cara de cachorrinho chutado parece prova o suficiente — disse. Seus olhos vagaram para o borrão de adolescentes invasores na casa de Craig. Ele parecia pensativo de repente. — Mas você não precisa mentir pra mim. Eu já sei.
O coração de Craig pareceu se alarmar com isso, pois sua frequência aumentou consideravelmente em uma fração de segundo, e ele olhou para Kenny como um cervo pego pelos faróis. Ele não fazia ideia do porque reagiu assim.
Antes que pudesse questionar o que Kenny queria dizer com aquilo, sentiu a atmosfera mudar e, como se por mágica, seus olhos foram atraídos para a entrada.
E lá estava ele.
Tweek parecia deslocado ali, um bispo branco deixado à sua própria sorte no meio de cavaleiros pretos. Os adolesentes à sua volta eram apenas um borrão colorido e em movimento agora na visão de Craig; nenhum deles importava mais.
Estava claro que Tweek tinha se esforçado para aparecer o mais apresentável o possível, e até mesmo seu cabelo estava um pouco mais penteado — embora Craig achasse que seu charme fosse o cabelo bagunçado. Seus olhos, enormes e assustados, giravam pelo lugar, sem dúvidas em busca da mesma pessoa que o procurou tanto minutos antes, e em suas mãos levava um pequeno embrulho amassado com um laço torto em cima. Seus braços estavam revestidos com um casaco xadrez amarelo que o fez parecer algo saído de um besteirol adolescente, e por baixo, uma camiseta preta de alguma banda que Craig não reconhecia, mas que provavelmente explodiria seus ouvidos se tentasse ouvir. Seu olhar percorreu as linhas ansiosas de seu corpo, que tremiam por completo, e Craig só conseguia olhar para ele, meio desamparado, sentindo toda a ansiedade desaparecer agora que ele estava ali.
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Sobre (não) se encaixar, creek
Romansa[Em andamento] Por anos, Tweek esteve familiarizado com a raiva, a sensação de inconformidade, o sangue nas juntas dos dedos e o medo. Ele se comunicou com os punhos por muito tempo, não se importando em reconhecer qualquer outra forma de expressar...