A primeira coisa que preciso dizer é que, sim, o próximo também vai levar algum tempo pra ser postado e eu sinto muito! Além de eu estar meio perdido com como prosseguir com a história, também tô com trabalho até o topo, então tá tudo bem complicado KKKKKKKKK só posso prometer que volto.
O capítulo tá bem curtinho hoje, mas espero que gostem mesmo assim. Boa leitura! <3
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Acordar rodeado de calor vivo deixou Tweek imediatamente em estado de alerta, e ele cuspiu o cabelo loiro da boca, completamente desorientado, apenas para abrir os olhos e encontrar o rosto de Craig a centímetros do seu.
Ele quase gritou de susto, e logo registrou o quão realmente próximos eles estavam ali, colados até o mindinho do pé, enrolados de forma que não se sabia onde um terminava e onde o outro começava. Tweek não sabia muito bem o que fazer, e ficou encarando Craig com os olhos arregalados.
Durante todo seu surto, Craig estava dormindo profundamente, abraçando sua cintura de uma forma que Tweek quase poderia descrever como possessiva. Ele conseguia sentir a ponta dos dedos de Craig afundando em sua camisa, bem como sua respiração em seu pescoço.
Não é como se fosse algo exatamente novo, porque não era a primeira vez em que eles bebiam e acordavam abraçados. Era simplesmente uma reação normal, as pessoas tendiam a ficar mais carinhosas quando bebiam — Tweek estava dizendo isso a si mesmo —, mas era estranho que tivesse, de fato, acontecido duas vezes.
Tweek conseguia distinguir sons do lado de fora da porta, que estava fechada. Era possível ouvir a voz de Laura dizendo alguma coisa, seguido pela voz de Tricia. Ele não tinha certeza se elas estavam em casa há muito tempo.
Ele também não tinha certeza se queria sair de onde estava.
Seu cérebro ainda estava em uma névoa total, e boa parte dos detalhes da festa eram um embaralho confuso e sem rumo. Seus olhos não paravam de pesar e o calor do corpo de outra pessoa realmente era muito convidativo. Além de que a cama era macia como uma pilha de penas.
Então Tweek apenas- respirou fundo, relaxou no aperto de Craig, aproximou-se um pouco mais e voltou a dormir, apreciando o murmúrio de Craig e a maneira como ele o trouxe para mais perto, completamente confortável.
Ele lidaria com as consequências do que tinha feito mais tarde. Por ora, ele ia aproveitar o conforto e fingir que não estava agarrado com Craig em uma cama minúscula.
[...]
Acontece que voltar a dormir foi uma ótima decisão.
Ao acordar novamente, Tweek se deparou com o vazio e a falta de calor ao seu redor. Quando tateou na cama, não sentiu nada além do frio onde o corpo de Craig havia estado há algumas horas atrás.
Seu nariz se franziu, e ele abriu os olhos.
— Hghn — resmungou incoerentemente, agora irritado sem saber o porquê. Seus olhos então focaram no contorno disforme de costas salpicadas por pintas, e ele piscou um pouco. Craig estava de costas para ele, colocando uma camisa listrada pela cabeça. Ao ouvir sua voz, Craig se virou, ajeitando a camisa atrapalhadamente, e sorriu fracamente.
— Bom dia — disse, um pouco desajeitado em pé no canto do quarto. Ele parecia não saber o que fazer com as mãos, alternando entre estalar os dedos e esfregar as mãos nervosamente.
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Sobre (não) se encaixar, creek
Roman d'amour[Em andamento] Por anos, Tweek esteve familiarizado com a raiva, a sensação de inconformidade, o sangue nas juntas dos dedos e o medo. Ele se comunicou com os punhos por muito tempo, não se importando em reconhecer qualquer outra forma de expressar...