É quase uma hora aqui enquanto eu posto isso e o capítulo inteiro foi escrito durante uma viagem de 10 horas de carro enquanto eu ainda tava meio desorientado, então qualquer errinho, me avisem! Não foi revisado porque tava pilhado pra postar.
Tem duas cenas desse capítulo que estão planejadas desde o começo da fic e esse é entrou pra lista dos meus favoritos. Sinto que vocês também vão gostar.
Enfim, boa leitura e aproveitem! <3
!! Avisos pro cap: linguagem explicitamente homofóbica, menção a insegurança no passado, flashbacks.
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— E e-então? — Tweek lentamente empurrou a caneca de bistrô pela mesa e mastigou o canto dos lábios nervosamente.
Craig não respondeu imediatamente, muito ocupado olhando para o conteúdo da caneca com as sobrancelhas levantadas. Ele parecia surpreso, de um jeito bom.
— Eu não sabia que você podia fazer isso — disse ele, finalmente encaixando os dedos na borda da caneca para levá-la próxima a boca e soprar. Afastou-a para olhá-la outra vez. — Isso é o que eu tô pensando que é?
Tímido, Tweek encolheu os ombros, espalmando as palmas das mãos nos braços. Eles estavam sentados frente a frente na mesa da casa de Craig, e ainda era manhã. Tweek tinha passado a noite — porque Craig praticamente implorou — e acordou cedo demais, por alguma razão, inquieto sem saber o porquê.
Ele tinha ido a cozinha sozinho para preparar um pouco de café para si mesmo, porque Laura sempre disse que ele podia usar tudo ali quando quisesse, e não esperou que fosse ter companhia até que Craig apareceu, arrastando os pés e coçando a parte exposta da barriga com olhos sonolentos, piscando ao vê-lo ali.
— O que você tá fazendo fora da cama tão cedo? — Ele havia perguntado casualmente, avançando tão devagar quanto uma tartaruga até parar atrás dele na ilha da cozinha, deixando cair o queixo em seu ombro como se fosse todo aquele toque fosse natural — estava começando a ser. Fez o peito de Tweek se expandir impossivelmente.
— Ah, f-foi mal — respondeu distraidamente, não se virando de onde mexia na cafeteira. — Eu te acordei q-quando saí?
As mãos de Craig estavam largadas categoricamente para o lado, e ele apoiava boa parte de seu peso no ombro de Tweek. Ele podia adormecer ali a qualquer momento. Murmurou uma negação sonolenta.
— Não. Mas ficou frio no seu lado da cama — suspirou baixinho, o hálito quente ricocheteando na orelha de Tweek, que não conseguia parar de pensar na forma como Craig disse "seu lado da cama". — E deu pra sentir a falta dos seus pés quentes também.
Quando Tweek não disse nada, Craig bufou, o ar atingindo a parte de trás de sua orelha.
— Então — começou. — Que tá fazendo?
— C-café — respondeu. Era meio óbvio pela cafeteira, mas ele ia atribuir essa pergunta idiota ao sono todo que Craig estava. — Vai querer?
E ele esperou que Craig dissesse não, porque Craig nunca foi lá muito fã de café, mas a resposta que recebeu foi um resmungo: "pode ser", e é por isso que agora eles estavam ali, os tornozelos entrelaçados por debaixo da mesa enquanto Craig inspecionava muito cuidadosamente o desenho que Tweek havia feito no café para ele.
Tweek não segurou um sorriso, pressionando a ponta do dedão no calcanhar gelado de Craig.
— O que e-exatamente você tá pensando que é?
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Sobre (não) se encaixar, creek
Dragoste[Em andamento] Por anos, Tweek esteve familiarizado com a raiva, a sensação de inconformidade, o sangue nas juntas dos dedos e o medo. Ele se comunicou com os punhos por muito tempo, não se importando em reconhecer qualquer outra forma de expressar...