Esse capítulo aqui é um pouco diferente dos outros porque é mais engraçadinho. Me diverti muito escrevendo e acho que é do que essa fic precisava depois de tanta tristeza. Já mencionei, mas a fic tá chegando ao fim, mas eu já tô produzindo uma nova (apesar de que ainda não tenho certeza se posto ela mesmo ou não).
Perdão a demora pra atualizar (vai acontecer de novo), esse dia 1 agora viajo pra visitar minha mãe, e não sei se vou ter tanto tempo assim pra escrever porque vou estar turistando KKKKKKKKKK ainda assim, acho que não consigo ficar tanto tempo sem atualizar, então talvez esperem um capítulo especial dos meninos na França, veremos.
Espero que gostem do capítulo bobinho de hoje e boa leitura! <3
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A friagem estremecendo seus ossos foi abruptamente interrompida quando Tweek passou pela porta de entrada de casa e a fechou, seu humor consideravelmente melhor do que na última vez que colocou os pés ali.
Ele tinha toda uma aura sonhadora ao seu redor, serpenteando por seus braços e peito, e aquele formigamento nos lábios era um presente, uma confirmação de que ele realmente teve coragem o suficiente para fazer aquilo. Que era permitido que ele agisse assim; imprudente, impulsivo, inconsequente. Tudo que Craig sempre foi.
Provavelmente era coisa da cabeça dele, mas suas mãos ainda pareciam quentes de onde tocou a pele de Craig, e suas costas encontraram a porta enquanto um sorriso gigantesco partia seu rosto, contido apenas pelos dentes que afundou nos lábios. Porra, aconteceu mesmo.
Ele mal conseguia acreditar.
Seu rosto com certeza estava entregando todas as emoções que sentia no momento, transparente como sabia que era, e por isso demorou um pouco ali, enrolando o máximo que podia para passar pela sala, bem onde sabia que seu pai estaria.
Posicionou a mão em cima do coração, que sacudia seu peito. Só de lembrar do instante em que os olhos de Craig desceram até sua boca, enevoados, sua pulsação aumentava consideravelmente, e Tweek voltava a sorrir. Ele nunca se sentiu tão bem. Tão... vitorioso.
— Ei, querido. — Hesitante, sua mãe cumprimentou assim que passou por ela na cozinha. Ele tomou a rota mais fácil para evitar seu pai. Deu um aceno constrangido e tenso para ela, a cabeça agora distanciada de Craig completamente.
O clima entre Karen e ele estava uma coisa estranha desde que ele se debulhou em lágrimas nos braços dela. Foi tão humilhante que ele não queria nem pensar sobre isso, completamente arrependido agora.
— Ei — cumprimentou de volta, regulando o tom de voz. Notou como não foi imediatamente bombardeado por perguntas sobre onde estava e porque apareceu tão tarde. Foi um alívio, de certa forma. Tweek não saberia disfarçar.
A aparência de sua mãe tinha um quê de cansaço, e ela estava sentada na mesa com uma bandeja de prata diante dela, o forno aceso. Ela sempre cozinhava quando estava nervosa ou ansiosa, e desde que Tweek era bem pequeno, lembrava-se de acordar de madrugada para vê-la ao lado do fogão, fumando um cigarro atrás do outro enquanto mexia algo na panela.
O olhar dela seguiu o seu, e um sorriso envergonhado — ele nunca a viu sorrir assim antes — cruzou suas feições.
— Você me pegou agora — riu ela, mas era um som fraco. — Não conseguia dormir. Estava fazendo alguns bolinhos, se você quiser ajudar a mamãe.
Tweek ainda se encolhia sempre que ela se referia a si mesma como "mamãe". Era carinhoso e amoroso demais de uma forma como eles nunca foram um com o outro.
Agora, porém, tantas coisas pareciam boas que ele não queria quebrar aquela tranquilidade aconchegante que o envolvia como uma bolha. Ele queria manter tudo da forma mais calma que pudesse, nem que precisasse fingir um pouco.
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Sobre (não) se encaixar, creek
Romance[Em andamento] Por anos, Tweek esteve familiarizado com a raiva, a sensação de inconformidade, o sangue nas juntas dos dedos e o medo. Ele se comunicou com os punhos por muito tempo, não se importando em reconhecer qualquer outra forma de expressar...