Sobre (não) se encaixar, creek

18. um perigo no volante

VOLTEI, e trouxe essa belezura pra vocês <3 nunca na minha vida um capítulo me estressou tanto. Foi terrível, eu devo ter escrito umas quatro versões dele, se não mais. Demorou bastante, eu sei, e eu espero de verdade que compense, tem uma surpresa nele, rs.

Avisos pro cap: violência, relações sexuais e menções de um personagem ferido, mas nada muito detalhado.

Boa leitura! <3

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Podia se dizer que Craig estava se sentindo muito orgulhoso de si mesmo naquele momento, sorrindo torto ao mostrar as mãos aos amigos.

Clyde, por outro lado, não parecia tão feliz assim, já que levantou os dois dedos do meio para ele com muita vontade assim que viu.

— Vai se foder! — xingou, balançando os dedos agressivamente. — Você não fez isso pro meu aniversário!

A expressão de Craig ficou descrente.

— E eu beijo na sua boca, por acaso?

Clyde desistiu do gesto obsceno e começou a balançar as mãos aleatoriamente.

— Não, mas! — Fez uma pausa. Puxou o ar pela boca quando percebeu que não tinha uma resposta na língua. Fez careta.

Craig olhou para ele, erguendo uma sobrancelha, e devolveu o dedo.

— É, então fica na sua.

Token observava o bate boca com um sorriso divertido, com o queixo descansando no punho.

— Que foi, Clyde, a Bebe não te aceitou de volta? — perguntou, zombando. Em resposta, Clyde puxou os cordões do casaco para se fechar lá dentro e não retornou à superfície, nem um pouco afim de entrar no tópico Bebe. Token direcionou seu sorriso para Craig. — Olha, eu acho que é um ótimo presente pra quem gosta desse tipo de coisa. Não é minha praia, mas sei que ele vai gostar.

— O-o-onde foi que você conseguiu isso t-tão rápido? C-c-comprou ilegal? — Curioso, Jimmy se aproximou. Craig afastou os ingressos dele, erguendo uma mão.

— Claro que não. Não sou um marginal. — Ignorou completamente as expressões descrentes de seus amigos e continuou de onde parou. — Eu comprei faz um tempo. Deixei guardado pra quando chegasse o dia.

— Isso é comportamento de pau mandado — resmungou Clyde.

— É? Você sabe muito sobre isso, né? — alfinetou Token, e Clyde voltou a se esconder, pianinho. Na última semana, Clyde estava sendo um pé no saco sobre Bebe. Nenhum deles aguentava mais.

— Enfim — continuou Craig, interrompendo. — Não é da banda favorita dele... mas é uma banda que ele gosta. O show vai ser meio longe daqui, mas acho que a viagem vai valer a pena. Só... — Coçou a bochecha, tímido. — Sei lá. Espero que ele goste.

— Claro que ele vai gostar, cara. Isso não devia nem ser uma preocupação.

Apesar disso, Craig começou a roer as unhas. Um hábito de Tweek que passou para ele.

— Será? — respirou. — Essa coisa toda de pré relacionamento me deixa nervoso. Não sei se tô fazendo as coisas certo.

Token olhou para ele seriamente.