Sei que o título tá bem confuso, mas ele começa a fazer sentido no decorrer do capítulo, prometo kkkkkk
Esse aqui tem o POV do Craig e do Tweek, então se estranharem a mudança do nada, é isso. Também é o capítulo mais longo até agora, e vou tentar manter esse ritmo pros próximos.
Outra coisa que queria mencionar é que em breve a fic vai estar disponível também lá no meu perfil do Spirit, caso alguém aqui também leia por lá!
Enfim, é isso, espero que gostem do cap de hoje, foi escrito com muito carinho <3
Avisos: uma piada leve sobre o Cartman e uma comparação dele com outro personagem e insinuação BEM leve de sexo. Nada muito pesado, é capaz que vocês nem percebam.
***
No dia seguinte à ida de Tweek a casa de Craig e da percepção de Tweek de que eles estavam realmente se tornando amigos, Craig se aproximou dele nos corredores antes da primeira aula — o que por si só já era incomum, visto que Craig apenas dava as caras para falar com ele após a última aula.
Craig se recostou no armário de Tweek com um baque leve, tendo uma das mãos no bolso.
Um tanto distraído, Tweek desviou os olhos do interior de seu armário para focar sua visão em cabelos escuros, um par de olhos azuis e sobrancelhas grossas.
— Aconteceu a-alguma coisa? — questionou, estranhando a expressão de Craig agora que prestou atenção nele. Parecia que ele estava constipado ou algo assim.
— Não — respondeu, evasivo, e tirou algo do bolso. — Só vim, hum, trazer isso pra você.
Ele colocou uma caixinha de algo em sua mão, e antes que Tweek pudesse reagir ou ver o que era, ele saiu andando encontro a seus amigos, que observavam tudo de longe curiosamente.
Tweek o seguiu com o olhar a tempo de vê-lo desferir um tapa leve na nuca de Clyde, que presumivelmente havia feito alguma piadinha. Jimmy ria, por pouco não largando as muletas enquanto se curvava para frente, e Token tentava impedir que Clyde recebesse um segundo tapa.
Tweek piscou para a cena, aturdido, e lentamente focou na mão novamente, e a abriu.
Em sua palma aberta, estava uma caixinha lacrada de band-aids, e na parte de cima, um bilhete: é pro seu dedo. A letra era um pouco complicada de se ler, mas Tweek entendeu, e olhou ao redor na procura de Craig, que já estava longe de ser encontrado.
Tweek suspirou, pegou um band-aid da caixa, enrolou ao redor do dedo machucado, e pensou que Craig Tucker era uma caixinha de surpresas.
[...]
Quase uma semana inteira se passou e nenhum deles tocou no assunto do band-aid ou no fato de Craig ter demonstrado que tinha um coração, e não uma pedra no lugar de um.
Craig não lhe dava carona todos os dias, mas em pelo menos 3 dias na semana ele parava na frente de Tweek rodando as chaves nos dedos, e apenas dizia "vamos".
Algumas vezes ainda era estranho dividir o carro com ele, mas Tweek achava que estava se acostumando ao jeito brusco dele, e não sabia dizer se isso era algo bom ou ruim.
No momento, porém, ele estava se divertindo muito.
— When I'm not with you, I lose my mind — Craig estava fazendo uma performance muito horrível de Britney Spears na carona daquele dia, batucando a mão no volante enquanto pegava o embalo da música. Ao seu lado, Tweek tremia com o riso silencioso, cobrindo o rosto com os ombros sacudindo. Deveria ser uma cena constrangedora porque, sinceramente, Craig cantava muito mal, mas era claro que ele não estava tentando ser bom naquilo, e Tweek supôs que ele estava fazendo isso para dispersar a habitual tensão entre eles. Estava funcionando incrivelmente bem, porque em nenhum momento daquela carona Tweek se sentiu desconfortável. Craig não parou: — Give me a siiign! Hit me, baby, one more time!
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Sobre (não) se encaixar, creek
Romance[Em andamento] Por anos, Tweek esteve familiarizado com a raiva, a sensação de inconformidade, o sangue nas juntas dos dedos e o medo. Ele se comunicou com os punhos por muito tempo, não se importando em reconhecer qualquer outra forma de expressar...