Esse capítulo pode conter gatilho para algumas pessoas, vai conter sequestro e tortura, bem já estando avisados vamos começar.
Estava frio, as copas das árvores soltavam um vento desnecessário, eu estava tremendo mesmo com o moletom, e começava a achar que estava ficando com febre. Alfred estava demorando talvez pela mansão Wayne ser longe de tudo, podia sentir as gotas de suor pingando, a dor já tava ficando insuportável e me questionava se havia aberto os pontos.
-Ora se não é o mais novo Wayne.-me viro em direção a voz, vejo uma bela mulher.
Seus cabelos ruivos se contrastavam com as roupas feitas de folhas, a medida que ela se aproximava eu me afastava.
-Olá?-Digo tentando ser educado.
-Ora não precisa ter medo meu jovem.-Ela fala puxando meu braço o que me faz gemer de dor. -tenho grandes planos para você, vai ser o exemplo perfeito.
Dito isso sai uma fumaça rosa e estranha que me faz desmaiar. Acordo assustado, estava preso em algumas vigas meu coração está acelerado, meu corpo dói e minha cabeça lateja, nada me ajuda a raciocinar direito.
-Como um Wayne, esses ricos de Gotham precisam aprender minha lição e é meu dever ensinar a próxima geração que as plantas tem importância e quanto mais indústrias vocês criam mais vocês matam a natureza, então como porta voz da natureza vou mostrar que ela não é indefesa.
Nessas horas as vigas que me prende criam espinhos grandes e afiados me fazendo gritar.
-Olha se me soltar podemos conversar.- tento argumentar, mas de nada adianta.
-rapaz você é uma mensagem que eu vou mandar ao mundo.-Nessa hora percebo a câmera que estava me gravando.-Acham que vão acabar com a natureza e vamos ficar parados, não vamos levante-se e defendam-se. - Após essa fala surgem alguns capangas e eu tento me debater, mas só consigo fazer com que os espinhos adentre mais em meu corpo.
Um dos capangas segurava um porrete de madeira, embora minha visão não focava em quase nada.
O primeiro golpe me atingiu certeiro na barriga, e tinha certeza que ficaria roxo, mas o que me preocupou foi os pontos, eu podia sentir o sangue escorrer molhando meu moletom. O segundo golpe foi na perna e eu ouvi um estalo, gritei de dor, implorei para pararem, mas de nada adiantava.
Eu parei de contar os golpes depois do quinto a dor já era alucinante, minha garganta estava doendo tanto que não saia mais voz, e quando percebeu que eu não gritava mais a mulher mandou eles pararem.
-Olha ele tão frágil, me lembra quando as indústrias Wayne demorou uma área cheia de plantas para construir mais uma de suas empresas, assim como as plantas você está indefeso e vulnerável.-Os espinho começaram a subir pela minha perna cortando e indo até o meu busto.- Agora vai virar de fato uma planta.-Ela diz me aproximando dela estava tão cansado que não conseguir falar nada.
Antes que ela fizesse qualquer coisa a luz apagou, ouvi gritos e barulho de ossos quebrando, a luz já havia voltado e vi o Batman na minha frente a ruiva tentou atacar ele com as vigas, mas ele soltou uma substância que fez com que elas parassem. Ele foi para cima da mulher distribuindo socos e embora ela tentasse se defender Batman estava implacável. Eu já havia sido solto das vigas quando e pude ver quando ela perdeu a consciência, entre tanto Batman não parece ter percebido pois não parava.
-Batman.-Tento chama-lo mas minha voz saia fraca.- Batman chega!-Grito para vê se ele me escuta.
Ele para, estático, passa poucos segundos olhando para ela e para o estrago que ele fez, depois se vira para mim, estava tremendo e chorando, sendo sincero nem sabia pelo que.
-Vai.-Digo assim que esculto as sirenes, os polícias estariam aqui e eu estaria seguro, mas Bruce não vai ele me pega no colo tentando ao máximo não me machucar, ele me leva até um ambulância, sinto a vontade dele de não me deixar, mas ainda sim ele o faz, o Batman não podia se preocupar comigo.
Sigo para o hospital e acabo dormindo durante o caminho.
Quando acordo já está claro, Bruce está do meu lado seus olhos estão vidrados e até um pouco vermelho.
-Ta sentado me encarando a quanto tempo.-Pergunto vendo ele suavizar seu rosto.
-Dois dias.-ele diz calma, sorrio com sua preocupação.
-Bruce lá eu...
-Shii deve ficar de repouso.- ele diz passando a mão em meu cabelo, vejo Alfred entrar ele traz café com ele.
-Que bom que acordou patrão Grayson, seus amigos estavam ficando preocupados.-Ele diz e então noto os balões que preenchiam o quarto.
Horas depois🕑
Eles invadiram meu quarto.
Embora Bruce tivesse dito que eu deveria descansar e que não era para me importunar lá estavam o grupo, havia outros que eu não conhecia de verdade, mas graças eu ser um Wayne eles estavam aqui.
-Eu sinto muito Dick.-Barbs falou.
-Pelo que?-Pergunto confuso.
-Se não fosse meu plano idiota você não estaria na rua tão tarde, eu fui burra e inconsequente, me desculpa.-Ela falou, não havia passado pela minha cabeça que ela se culparia.
-Barbs eu não te culpo, e nem acho que deveria se sentir assim, tá tudo bem.- já havia afirmado que estava tudo bem umas mil vezes e ainda sim ninguém acreditava.
-Ainda sim... Deve ter sido terrível.-dei de ombros, estava ficando cansado e não sabia se era pelos machucados, sedativos, ou pelas pessoas em minha volta, Bruce pareceu perceber pois pediu para todos irem embora.
-Vamos para casa e assim você vai poder descansar melhor, certo?-Assenti.
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O Início.
FanfictionDick era só um menino, na verdade ele nunca foi só um menino, ele era um acrobata, um artista, mas após a morte dos seus pais tudo ficou confuso. Sua vida muda bruscamente após um bilionário filantropo o adotar... Agora ele quer justiça, felizmente...