Chego no salão e vou de encontro a ruiva, antes que ao menos chegasse perto sinto um mão em meu ombro, meu coração gela -Toni Zucco não tentaria nada em meio a multidão, certo?-. Me viro e o que vejo é pior que Zucco, Bruce Wayne.
-Dick que bom que lhe encontrei.-Bruce fala e eu não consigo formular uma frase, já teria que planejar o discurso de desculpas.
-Bruce.-Digo sorrindo apesar de está longe disso por dentro, mas Bruce está fazendo seu papel e eu terei que fazer o meu.- Não imaginei que demoraria tanto para chegar.
Percebo um brilho em seus olhos, um brilho do mal daqueles que dizem "Você está encrencado garoto".
-imprevistos de última hora.-Barbs chega até a gente.
-Oi Sr. Wayne.
-Srta. Gordon? Seu pai está aqui?-Bruce pergunta um pouco confuso.
-Nao Dick me convidou.
-Ah. Bem acho que então deveria deixar vocês curtirem um pouco a festa.-Ele fala me encarando, queria fugir dali, mas isso não era uma opção.
-Concordo.-Digo puxando a Barbara para longe.
-Quer me contar o que está acontecendo?- Barbara pergunta me encarando.
-Não há nada acontecendo Barbs.-seu rosto fica cético.
-Qual é Grayson, primeiro você fica estranho com o pronunciamento do Sr. Zucco, depois desaparece e aí o Bruce aparece e fica surpreso pela minha presença como se vocês nem tivessem conversado.
-Acho que é coisa da sua cabeça.
-Quer saber minha teoria?-Ela fala e eu fico calado.-Acho que fugiu do Bruce por que por algum motivo queria muito vir aqui, acho que me usou de distração para que os olhos ficasse na garota que está com o mais novo Wayne, e por último acho que foi fazer sabe se lá o que com Toni Zucco.-Ela era boa, tinha que assumir.-Eu só não sei o por que de tudo isso.
-Barbara tá ficando tarde, acho melhor te levar para casa.
-Grayson!-Ela fala brava.
-Talvez.. talvez você esteja certa e talvez seja um pouco complicado de te explicar, então podemos ter essa conversa em qualquer outro lugar que não seja esse evento?-Ela suaviza.
-Amanha eu vou na mansão e vai me contar tudo.-Concordo.
Digo ao Bruce que não estou me sentindo muito bem, o que não é mentira estava começando a ficar com dor de cabeça e não aguentava mais ficar em pé. Bruce se despediu e fomos ao carro onde Alfred esperava pacientemente.
O caminho até a casa do comissário foi um silêncio, eu não ousava nem a respirar fora do tom, entregamos a Barbara e nos despedimos do comissário. Então o clima parecia ter piorado.
-Bruce sei que...
-Conversamos em casa. -O resto do caminho foi silêncio.
-Percebeu como foi estúpido o que você fez?
-Sim mas...
-Não há "mas" Richard, me desobedeceu, nos enganou saiu escondido e para quê? Antoni Zucco tá tão preso como estaria se não tivesse ido lá!
-Voce não entende! -Rebati irritado.
-Eu entendo, você foi uma criança mimada que não soube levar um não e achou que resolveria tudo do seu jeito, independente das consequências.
-Não! Eu só quis... Só quis fazer parar de doer...-Digo meus olhos estavam vermelhos, mas contive as lágrimas. -Não venha me dizer que se tivesse a oportunidade de olhar cara a cara com quem matou seus pais você não faria. Se tivesse no meu lugar você teria feito o mesmo ou pior, a diferença entre a gente é que eu não desconto as minhas raivas em cada pessoa que comete um crime!-Grito para Bruce que apenas me encara.
-Vai para o seu quarto.-Bruce fala, percebo o que eu disse e parte de mim queria pedir desculpas, mas apenas sigo para o meu quarto.
Me arrumo com um pijama confortável, e fico na cama nervoso demais para conseguir dormir.
-Ainda acordado patrão?- pegunta entrando no meu quarto com uma bandeja.-Tem que se alimentar, e tomar seus remédios.-Não havia comido quase nada hoje por causa da ansiedade.
-Obrigado Alf.-Pego a bandeja, antes que ele fosse embora falo.-Desculpa, não queria causar transtorno, mas...-paro porque não tinha um motivo de ter enganado Alfred, apenas que ele contaria para o Bruce.
-Olha patrão Dick nem todas as regras dele são fácies, algumas são como dipirona é amargo e ninguém gosta, mas faz bem para saúde. Agora durma um pouco.
-Ele ainda tá muito bravo?
-Não, mas isso não quer dizer que não vai ficar de castigo.-Alfred fala saindo.
-Dipirona sei.-murmuro.
No dia seguinte acordo com a claridade, vejo o relógio e noto que eram 10 horas. Alfred não me chamou para o café da manhã o que era estranho, desço atrás deles.
-Patrão imaginei que acordaria mais tarde.-Alfred fala depois que desço as escadas.
-Por que não chamou?
-Queria ter certeza que dormiria bem, está com fome?
Bruce não estava em casa então era apenas eu e o Alfred, isso queria dizer que o clima estava calmo, até a campainha tocar.
Estava fazendo os deveres da escola que Alex havia me passado, quando a ruiva apareceu.
-Oi?-Falo quando ela aparece na minha frente.
-Oi, então?-Ela pergunta curiosa.
-Olha a maioria das pessoas começam as conversas com uma introdução básica, sabe o "oi, tudo bem?"-Digo ironizando.
-Não amola Dick Grayson.
-Okay.-Digo levantando as mãos, puxo ela para o enorme jardim Wayne, não queria que o Alfred ouvisse.
-Quer fala por que quis tanto ir a um evento beneficente? E não me diga que era para caridade.
-Toni Zucco matou meus pais.-Falo e ela para.-Eu não sei ao certo como ele fez, mas sei que foi ele, a história é um pouco longa e para ser sincero não importa tanto. O fato é que Bruce achou que eu não deveria me encontrar, então fugi e usei você de distração sim, porquê você é linda e os fotógrafos não perceberiam eu saindo, então por isso me desculpa, mas também te chamei porquê queria sua companhia.
-Dick.. -Barbara parou por um momento sem saber o que dizer, eu também não fazia ideia de como continuar e meio sem jeito me inclinei e puxei ela para um beijo. Os lábios se tocaram, e por um instante, o mundo exterior desapareceu, dando lugar a uma sensação de conexão e escape das complexidades não ditas.
-Richard John Grayson!
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O Início.
FanfictionDick era só um menino, na verdade ele nunca foi só um menino, ele era um acrobata, um artista, mas após a morte dos seus pais tudo ficou confuso. Sua vida muda bruscamente após um bilionário filantropo o adotar... Agora ele quer justiça, felizmente...