Capitulo I- Gentil vento

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    Em uma noite de lua cheia, dois irmãos andavam por solo desconhecido, uma floresta estranha e cheia de animais silvestres.

    - Olha, sei que tá tentando ajudar, mas... a gente já passou por essa árvore umas 3 vezes.- Michael disse.

    "Mike", como normalmente era chamado, era uma criança com os cabelos ondulados e castanhos escuro, com olhos cor de mel, era pequeno para a idade e magro também, mas era saudável. Naquela noite, estava vestindo uma blusa branca por baixo de um casaco de lã verde e uma calça azul quentinha, além de suas botas para o frio que eram confortáveis.

    - Aí, cala a boca, pirralho!

    Marceline, ou Marcy(para os íntimos), era uma adolescente, seus cabelos, originalmente, eram tão escuros que pareciam azuis, mas agora, estava repleto de mechas vinho no cabelo com as pontas levemente desbotadas. Os cabelos longos e lisos escondiam um rosto pálido com lábios avermelhados e olhos pretos como a noite. Vestia uma blusa social branca por baixo de um suéter listrado azul e cinza, fazia questão de só deixar a gola da blusa branca visível, também usava uma calça preta e um tênis preto.

    - Marcy, tem alguma ideia de onde a gente está?

    - Ah, sim. claro, Mike! Tô andando por diversão!

    - Aí, você tá uma chatonilda. Deve ser a doença que a mamãe falou.

    - Que doença? Ser sua irmã?

    - Aborrecência.

    - Olha, mais uma palavra vinda da sua boca e eu te largo aqui, entendeu?

    - ... Tá.

    - Ótimo.- Ela deu uma chacoalhada na lanterna que tinha na mão- Você trocou as pilhas como eu te pedi?... Mike?

    - Você me mandou não falar.

    - Trocou as pilhas ou não?

    - Não, tavam no seu quarto e você me manda não mexer no seu quarto. Aí eu pensei que...

    - Tá, tá, tá, tá! Cala a boca de novo... você conhecia essa parte da cidade?... pode responder, Mike.

    - Não. Mas aqueles caras devem conhecer.

    Eles viram uma pequena vila, com tochas e casas de madeira.

    - Hm, não sabia que tava tendo feira medieval. Vamos lá, talvez deixem a gente usar o celular pra ligar pra casa.

    Assim foram. O lugar parecia tão real, barracas de bebidas, mulheres com vestidos antigos e homens de barba grande e vestimenta medieval. Os dois pararam na primeira barraca de bebidas para pedir informação.

    - Olá, boa noite, meu bom senhor. Poderia usar seu telefone para ligar para a minha mãe? Estou muito longe de casa.

    - Oh... perdão, usar o que?

    - Seu telefone.

    - An... acho que não conheço esse tipo de coisa, moça.

    - Ah. Tão no personagem, gostei.

    - Personagem?

    - ... Sabe onde tem lugar para dormir?

    - Tem ali, são só algumas moedas por noite.

    - Será que aceitam cartão? Não ia adiantar muito, deixei minha bolsa em casa.

    - ... Não tô te entendendo, moça. Aqui, ó.- Ele entregou um copo de metal com alguma bebida dentro- um suco por conta da casa, a senhorita parece cansada.

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