Capítulo XIII- entrando no desconhecido

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    Marceline dormia com a cabeça baixa, sonhava com alguma coisa referente a cobras, florestas e alguma coisa assim.

    - Copper...

    Achava que estava presa num shopping e tinha alguma cobra lá.

    - Copper!

    Mas ela estava com Mike, Jane e...

    - Marceline!- chamava seu professor, assim ela quase pulou da carteira no meio da aula de biologia- o que eu já falei sobre dormir na minha aula?!

    - An... É... desculpe. Mas o senhor, por favor, poderia não me chamar de Copper?

     - Não é seu nome?

     - É... meu nome por parte de pai... Pai suicida. Prefiro Morgan, é da minha mãe.

     - Seus problemas não são de meu intere...

     Mas o sinal bateu, intervalo. Uma das piores partes do dia. Por quê? Porque ela vivia só, não tinha amigos, ficava sentada tomando um suco de maçã debaixo de uma árvore olhando ela... Jane.

    Sentia falta dela, no fundo sabia disso, mas não queria que voltassem, só sentia falta do que já chegaram a ser... ela lembrava como era e como o relacionamento ia se deteriorando.

    Uma das memórias favoritas foi de antes delas começarem a namorar, Marceline gostava dela... e gostava muito. Mas em sua cabeça, Jane jamais gostaria de mulheres. E se gostasse, não gostaria de Marceline

     Elas resolveram sair pra uma festa do grupo da Jane, onde ela bebeu bastante. Quando elas começaram a sair juntas, isso foi algo que Marceline notou nela, parecia que ela bebia para esquecer o próprio nome... era algo que preocupava, mas tinham acabado de se conhecer, achou que era normal, ela só não sabia beber. Caminhavam pela rua iluminada da casa de Jane, deviam ser umas 3:30.

    - Ainda tá cedo, Marcy!- Dizia Jane mal se aguentando em pé naquele salto, se apoiando em Marceline.

    Ela estava tão linda, usava um vestido azul celeste com brilhinhos, uma maquiagem que realçava seus olhos e sua pele negra, seus lábios carnudos e lindos. O cabelo cacheado estava solto e apenas com uma tiara prateada com brilhos e nos pés um salto azul claro... parecia uma Cinderela, uma princesa.

    - Se você não tivesse bebido tanto, a gente até poderia ficar mais.- Marceline comentou, praticamente carregando Jane.

    - Argh! Tá parecendo minha mãe.

    - Prontinho, entregue em casa, lindinha. Agora tchau, tenho que ir pra minha.

    - Naaaum!- Disse se agarrando em Marceline- fica, por favor. Minha mãe tá viajando, sua casa é longe e é perigoso ir sozinha!- disse com o rosto apoiado no ombro de Marceline.

    - Jane, eu não sei se eu posso...

    - Vai me deixar bêbada e sozinha em casa?- ela olhou para Marceline com uns olhinhos de pidona e com um biquinho fofo. O que fez Marceline rir e abrir a porta.

     Lá, Marceline trocou de roupa e quando voltou Jane estava completamente apagada na cama, seu rosto ainda cheio de maquiagem, seus cabelos soltos, com a calça do pijama mas sem a parte de cima. Marcy pensou que ela deve ter apagado antes de vesti-la.

    Marceline se sentou no colchão e viu Jane deitada... parcialmente nua, apenas a embrulhou e foi dormir. Percebeu naquele dia que gostava dela, mas ela era hetéro, nunca ia rolar.

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