CAPÍTULO 32

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" Hay historias que no debieron existir pero sabemos que habrían sido increíbles si lo fueran".

10 DE ABRIL DE 2015 - ALFONSO HERRERA

Uma aproximação de alguns centímetros naquele primeiro abraço foi suficiente para que meus batimentos cardíacos sincronizassem com os seus, num ritmo que só eles entendiam.

Alfonso - Abrázame que mi corazón necesita escuchar al tuyo - sussurrei entre lágrimas com medo de quebrar aquele momento - Quiero quedarme aquí en tus brazos, donde mi corazón tiene el ritmo perfecto... - sentia seus braços ao redor do meu corpo, sentia o rosto de Anahi em meu peito, sentia sua respiração pesada e seus soluços em meio ao choro, minha camisa estava encharcada de suas lágrimas - Ani, tú y yo tenemos un amor pendiente...

Anahi - ¡Callate! - sua voz saiu embargada em meio ao choro, mas sem se desvencilhar do meu abraço

Alfonso - No me voy a callar... - disse de forma calma ainda sussurrando - Tuviste la oportunidad de hablar lo que querías, ahora escúchame por favor - completei de forma terna.

Anahi - No quiero - disse baixinho - No ves o cuanto me lastima esta aqui contigo? - completou ainda abraçada a mim com uma voz chorosa

Alfonso - ¡Ani, yo te amo! Me enamoré de ti antes de tocar tu piel - toquei-a suavemente o braço - Antes de besarte por primera vez - beijei sua cabeça - Antes de entregarte por completo a mi, en aquella noche en Cancún... - me afastei poucos centímetros, tocando delicadamente seu rosto molhado por lágrimas - Por todas esas bonitas emociones que me causas solo tú... - toquei ser queixo a fazendo me encarar - Conocerte fue y sigue siendo lo mejor que me ha pasado - seus olhos estavam avermelhados, seu rosto inchado - Eres mi tentación prohibida - nossos rosto estavam muito próximos, sentia o contraste de sua respiração quente sobre meu rosto gélido pelas lágrimas - Sigues siendo mi deseo más oculto, mis ganas de hacer el amor mas puro...

Me aproximei vagarosamente, roçei nossos narizes a fazendo fechar os olhos automáticamente e não pude resistir, a beijei e fui correspondido. Um beijo repleto de saudade, nada suave, pelo contrário, muito intenso com gosto salgado das lágrimas mesclado ao sabor de nossas almas e línguas dançando compassadamente em um ritmo único. Não queria correr o risco de separar nossos lábios para buscar um pouco de ar e o beijo chegar ao fim, mas era necessário, e quando aconteceu as testas permaneceram juntas, com um leve roçe de narizes e nossos olhos fechados. Ficamos alguns instantes ali tentando absorver o que acabara de acontecer, esperando nossas respirações voltarem ao normal.

Poncho - En aquel día de tu cumpleaños, yo hiba a declararme - admiti entre um sussurro com os olhos fechados ainda mantendo nossas testas coladas - Te hiba a proponer que fueras mi novia - só então abri meus olhos e encarei uma Anahi com um olhar triste.

10 DE ABRIL DE 2015 - ANAHI PORTILLA

Anahi - ¿Porque no me dijiste antes? - perguntei me desvencilhando de seus braços

Por mais que Maite houvesse me contado a anos os planos de Alfonso para aquela fatídica noite, ouvir aquilo dos lábios dele era completamente distinto. Meu corpo todo respondeu com um arrepio que eu nunca sentira.

Alfonso - Porque fui un idiota... Como tu misma lo dije, me faltó valentía... me dejé llevar por los celos...

Anahi - No, no fue solo eso, yo me quedé sola por mucho tiempo, en verdad no sabias lo que querias y yo contigo lo quería todo, fue por eso que jamás funcionamos. Pues tu, para alguién que estaba enamorado, rapidamente encontró una nueva persona... - fui interrompida

Alfonso - Perla surgió y se fue quedando, ella me hizo... - dessa vez eu o interrompi

Anahi - Por favor Alfonso, la culpa no es de las terceras personas. ¡Recuerda que nadie se mete sino lo dejan entrar!

Alfonso - Yo asumo una vez mas que fui un estúpido como me lo dijiste, pero para que tu sepas, no estoy con ella, hace tiempo que estabámos peleando muchisimo... al fin terminamos - respirou fundo - por eso estoy aquí, te sigo amando y eso no es mentira, ¿acaso amas a Manuel?

Anahi - Decir que me amas está bien, pero actuar y darme el lugar que merezco a años en tu vida sería la mejor prueba de ello, pero el tiempo hábil para eso infelizmente ya se fue - falei me controlando para não voltar a chorar - Tus actitudes fueron más claras que tus palabras, y ellas me han dicho que nunca seria parte de tu vida, yo no merecía estar esperando a alguién que no sabe lo que quiere, alguién que viene, me confunde y luego se va... - uma lágrimas teimosa voltava a rolar sobre meu rosto - Ahora tengo un futuro, y contestando tu pregunta el amor también está en esa persona que se queda para escucharte cuando todos se han marchado, como tu lo hizo, aprendí que las cicatrices duelen menos cuando estás acompañada, me llevó tiempo para entender que no solo se trata de "amor", sino que también de paz. El amor de tu vida no es el que te da mariposas en la panza, es el que te da total y absoluta paz - falei virando de costas me dirigindo até a porta de entrada do apartamento e parei quando escutei meu nome

Alfonso - ¡Anahi! - falou firme e respirei fundo para tentar desfazer um nó que se formava em minha garganta - Déjame darte un último abrazo, nada mas, te lo juro - falou com a voz embargada

Me virei lentamente e apenas assenti olhando para o chão. Não suportaria olhar aqueles olhos verdes encharcados em lágrimas. Ele se aproximou e nossos corpos se uniram, me abraçou tão intensamente que eu consegui sentir o seu adeus ali.

Alfonso - Voy a quererte incluso perdiéndote, lo que dejaré de hacer es de insistir, te voy a querer en silencio porque es la última forma de quererte que me queda. Cuídate mucho y no olvides que voy a guardarte en un lugar especial, donde habitan las cosas que he amado de verdad - senti sua respiração em minha nuca, senti suas lágrimas em meu ombro, então ele continuou a falar - Si podré vivir sin ti, pero como me hubiera gustado que no fuera así... - respirou fundo e complementou - Que mi ausencia te dé la paz que mi amor nunca pudo - falou vagarosamente e com cuidado em meu ouvido, como se para ter certeza de que eu estivesse escutando cada palavra

Anahi - No estás conmigo, pero siempre estarás en mí... - deixei escapar sem pensar, lembrando do nosso pedacinho que por poucos dias esteve em mim e ele nunca soubera.

Não consegui segurar as lágrimas e novamente me entreguei ao choro. Alfonso me envolveu ainda mais, acalentando aquele choro carregado de saudade. Nossos corpos eram um só tamanha era a intensidade do abraço não queríamos nos soltar, uma espécie de energia percorria cada parte do meu ser. Depois de algum tempo ainda abraçados, consegui forças para continuar.

Anahi - Quizá sí éramos nosotros... era nuestra vida, nuestro destino... Pero nos equivocamos al pensar que solo estábamos de paso... - respirei fundo sentindo seu abraço ainda mais forte, se era possível - El truco no es dejarte de pensar, el truco es que al pensarte ya no duelas más... y eso lo voy a intentar con todas mis fuerzas, porque aún duele demasiado - falei me desvencilhando de seus braços e finalmente indo embora dali sem olhar para trás.

Faziam anos que não ficava sozinha com Poncho, e acabara de perceber que ainda não era seguro. Deixei a vida dele, com meu amor e sentimentos intactos, tive que sair em silêncio enquanto estava morrendo para tentar mais uma vez, tive que sair sem querer sair. E ali eu sabia o que realmente se chamava "Dói na alma".

Cheguei em casa naquele dia sem ânimo para nada, parecia que um trator havia passado por cima de mim, um trator chamado Alfonso Herrera, que mais uma vez me deixara daquela forma, sem chão.

Estava com uma sensação ruim que não queria me abandonar, tentei dormir olhando para o teto e lágrimas insistiam em surgir, enquanto sentia uma dor e um vazio no peito, me perguntando o que havia acontecido, se antes estava tudo bem, ou na verdade não estava, e eu apenas tinha varrido aqueles sentimentos para um lugar bem profundo da minha alma e agora Alfonso os havia trazido direto à superfície.

Decidi pegar uma caneta e um caderno, precisava extravasar aquilo que sentia e me pus a escrever por algum tempo, me sairam palavras soltas, depois consegui formar algumas frases... até que um texto tomou forma e quando o li por completo senti meu peito arder e as lágrimas que já haviam cesado, voltarem a rolar pelo rosto.

"Nada más doloroso que el silencio de
dos personas que se aman
separándose, porque una no supo
ordenar sus prioridades y la otra
tuvo que elegir el amor propio".

¿REALES RECUERDOS? - AYA - FinalizadaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora