O Acidente

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Anahí -

Vejo o carro ultrapassar o sinal e grito, sentindo o impacto sobre o carro que estávamos, perco a consciência e acordo no hospital, ainda tentando entender o que aconteceu sinto uma mão acariciar a minha, olho e vejo Maite.

Maite: Amiga, que bom que acordou! - sorrio para Any

Anahí: O que aconteceu? - Falo tentando me sentar

Maite: Amiga, vocês sofreram um acidente! Agora está no hospital! - falo tentando acalma-la

Anahí: Meu Deus, eu só lembro do carro vindo em nossa direção! - respiro meio confusa - E o Alfonso? Cadê ele? - Pergunto preocupada, vejo Maite mudar a expressão - Não minta para mim! Cadê ele?

Maite : Any, você graças a Deus só bateu a cabeça e levou alguns pontinhos - passo a mão no curativo em sua testa- mas o carro bateu no lado do Alfonso, ele quebrou as costelas e teve uma hemorragia causada pelo impacto na região abdominal, foi feita uma cirurgia e agora ele está se recuperando! Ainda não acordou da anestesia então não sabemos realmente como ele está.

Anahí: Não está mentindo pra mim né?

Maitê: Não amiga, os médicos disseram que até o final da tarde ele deve acordar!

Anahí: Que bom, eu quero vê-lo!

Maite: Any, tem mais uma coisa!

Anahí: O que? - Falo apreensiva

Maite: Ele quebrou um braço e alguns dedos! - suspiro - o braço que ele usou para te proteger, provavelmente ele vai ficar afastado por não conseguir tirar fotos da forma que ele está!

Anahí: Amiga, ele está vivo, ficar afastado é o de menos! - respondo não tentando entrar no assunto que ele quebrou o braço tentando me proteger, mas sei que Mai não vai perder a oportunidade.

Maite: Ele quebrou um dos braços, preocupado com você! Acha pouco?

Anahí: Instinto Maite, principalmente pelo fato dele estar dirigindo! - Respondo sem graça.

Maite: A gente só tem instinto quando a gente tem bom coração, quando tem sentimentos!

Anahí: Não viaja Maitê!

Maite: De qualquer forma, você precisa reconhecer que é fofo!  - falo tendenciosa

Anahí: Claro que é - mudo a entonação para uma voz fofinha debochando - mas ele faria por qualquer uma! - sorrio forçado

Maite: Mas fez por você! Não seja ruim Anahí, precisa no mínimo agradecer e ver como ele está - ela faz uma careta- inclusive vou ver se ele já acordou, não saia daí! - a encaro

Anahí: claro! - debocho mostrando o acesso de soro em minha mão, ela sorri e sai, Meu DEUS ele machucou o braço tentando me ajudar, "não seja boba Anahí, ele faria por qualquer uma" ataco meu próprio pensamento e me deito, fecho os meus olhos e ouço Maite voltando.

Maite: Ele acordou amiga! - sorrio

Anahí: Que bom! - devolvo o sorriso - e como ele está?

Maite: todo enfaixado!- sorrio e Anahí não aguenta e acaba rindo junto - Mas sério, ele parece bem!

A enfermeira entra,  me faz algumas perguntas e retira o acesso da minha mão, pergunto se posso ver Alfonso e ela diz que sim, mas pede para Mai me acompanhar caso eu sinta algum mal estar. Seguimos no corredor em direção ao quarto dele, bato a porta e para minha surpresa quem abre é o senhor Herreira.

Herreira: Como vai Anahí?

Anahí: Melhor eu acho! - sorrio leve - e viva! - ele retribui o sorriso

Herreira: Que bom, vocês se livraram de algo muito pior! Entre - ele me da passagem e percebo a presença da senhora Herreira e uma moça ruiva que eu não sei quem é!

Anahí: Olá, como estão - cumprimento as duas com um sorriso fraco e Mai segura meu braço cumprimentando elas também, olho para cama e ele está sorrindo, realmente todo enfaixado. - Olha o que você aprontou! - sorrio para ele

Alfonso: pelo menos você riu! - ele brinca me deixando sem graça, ele tem o poder de fazer isso

Anahí: Que bom que está bem!

Alfonso: Também fico aliviado de te ver!

Anahí:  Vim ver como está e agradecer por ter colocado o braço para reduzir meu impacto.

Alfonso: Não foi nada não, só não vou poder trabalhar por enquanto- ele ergue o braço mostrando o braço engessado.

Anahí: Isso é o de menos Alfonso! - você está bem! E isso é o que importa.

Alfonso: Sim, agora preciso me recuperar!

Sra. Herreira: Isso filho, vou chamar uma enfermeira para ficar com você lá em casa!

Alfonso: Não senhora, eu não vou pra casa de vocês!

Sr. Herreira: Como não Alfonso! - percebo o clima tenso se formar

Alfonso: Como não, eu não pretendo ficar na casa de vocês!

Sra. Herreira: Você não pode ficar sozinho nessa situação meu filho!

Alfonso: Posso sim! - responde firme - Não há o que discutir!

Sr. Herreira: Continua sendo um moleque e teimoso né Alfonso- ele fala de maneira ríspida e num impulso para encerrar a discussão eu falo.

Anahí: Ele pode ficar em casa! - solto sem pensar apenas para encerrar a discussão e sinto todos os olhares voltados para mim.

Dulce: Nada disso, se ele vai para casa de alguém é para minha! - ouço a moça que nem sei quem é se pronunciar e percebo que ela pode ser a namorada dele.

Anahí: Desculpa, foi uma saída para retribuir o que ele fez por mim, além de acabar com essa discussão - sorrio sem graça e Mai puxa meu braço e cochicha em meu ouvido " ta louca?" Eu apenas a encaro.

Dulce: Sim, mas o Poncho é meu melhor amigo, somos como irmãos ele não ia se incomodar de ficar em casa! - estranhamente sinto um alívio ao ouvir que eles são apenas amigos, aceno com a cabeça em sinal de afirmação.

Alfonso: Nada disso Dul, a Anahí ofereceu primeiro e eu aceito! - vejo ele sorrir para mim vitorioso e já começo a me arrepender querendo retirar o convite

Anahí: Sério Alfonso, fique onde se sinta melhor! - sorrio fraco

Sra. Herreira: o correto seria você ir pra casa!

Alfonso: Mãe, eu vou ficar bem!

Sr. Herreira: Ótimo, não tem mais o que fazer aqui- vejo ele pegar a mão da esposa e se retirar.

Dulce: Sério que vai preferir ficar na casa dessa mulher que acabou de conhecer?

Alfonso: Dul, entenda! É o que eu quero agora, assim como te quero perto a vida inteira! - Sorrio e vejo ela cabisbaixa sorrir de volta.

Dulce: Tudo bem Poncho, mas vou ficar aqui até você ter alta!

Alfonso: Obrigada! - me viro pra Anahí - obrigada a você também pelo convite.

Apenas consigo sorrir sem jeito e afirmar com a cabeça - bom, vou para o quarto descansar, depois nós resolvemos sua ida para minha casa- me despeço e Mai também, saio do quarto atordoada.

Mai: Você está Maluca?

Anahí: eu acho que a pancada me afetou- respondo ainda em choque

Mai: Anahí, ele vai ficar na sua casa! - espantada pergunto - o que te deu?

Anahí: Não sei Mai, foi a primeira coisa que veio a minha mente, eu só soltei, não pensei que ele fosse aceitar!

Mai : Mas aceitou, e vai sair daqui pra sua casa! - brinco com ela

Anahí: Amiga, você precisa me livrar dessa! - suplico a ela

Mai: E o que vamos inventar? - encaro Mai, chegamos ao meu quarto e ainda estou choque com o que acabei de fazer!

Tropeçando No AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora