Armadilha

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O dia seguiu tranquilo, sem muitas novidades, cheguei em casa exausta e procurava por uma roupa para usar no dia seguinte no jantar com Alfonso, quando a campainha tocou me causando uma tremenda desconfiança uma vez que não foi anunciada a chegada de ninguém para que eu autorizasse entrar. Abri a porta receosa e me deparei com Alfonso atrás de uma enorme caixa de pizza e uma garrafa de vinho - O que significa isso? - perguntei surpresa

Poncho: Ué, não queria Assistir sozinho então decidi vir assistir com você - parei próximo a ela - E não precisa agradecer pela pizza - vi um sorriso desacreditado surgir em seus lábios, fazendo-me rir também

Any: Simples assim? Você decide e vem?

Poncho: Simples assim! - a encarei - não vai me convidar para entrar?

Any: Eu tenho escolha? - perguntei já derrotada

Poncho: Nenhuma! - dei uma beijo em sua testa e entrei, passamos horas alí, conversando, assistindo e comendo, é impressionante como fico a vontade perto dela, os beijos eram simples selinhos, mas para mim não era o principal estava conquistando meu espaço aos poucos e dando a ela o tempo que precisava para se sentir a vontade, senti ela acariciar meu cabelo de forma leve e sem se dar conta do que estava fazendo o que me fez sorrir levemente para não constrange-la. Me despedi e fui para casa, estava ansioso pelo jantar do dia seguinte.

Anahí(on) O dia começou tranquilo, estava alegre e ansiosa, cheguei e sorri com um pedaço de pudim em minha mesa, havia comentado ontem a noite com Alfonso que era minha sobremesa favorita, estava tudo tranquilo, almocei com todos os funcionários e tive que desviar dos olhares de Poncho que não sabia nem disfarçar,  a tarde de trabalho foi tranquila e cheguei ao apartamento tomando um longo banho, sequei meu cabelo ondulando as mechas, fiz uma maquiagem leve nos olhos e batom nude na boca, coloquei assessórios dourados e minimalistas, coloquei um vestido azul serenity de tecido leve, com ombros caídos e uma sandália branca com tiras na altura da canela, às 19h30 em ponto o porteiro anúnciou a chegada de Poncho que me fez rir pela pontualidade, peguei uma bolsa simples coloquei o essencial e desci, ele me esperava encostado no carro, estava lindo, com uma calça da cor Cáqui e uma camisa verde militar polo com tênis branco. - Vamos? - sorri ao me aproximar

Poncho: Ual! - segurei em sua mão e fiz ela dar uma voltinha depositando um beijo em sua testa - Acho que estou simples demais, ou você é linda demais?

Any: Não seja bobo! - rimos - vamos nos atrasar se continuar aí me admirando

Poncho: Pois eu me atrasaria só para pode ficar aqui te olhando! - ela corou o que me fez rir- vamos, disse abrindo a porta para ela e estendendo a mão para ela segurar, fomos para o restaurante, tudo fluiu muito bem, a comida maravilhosa a bebida incrível e estava quase na hora da minha surpresa quando fomos surpreendidos.

- que prazer te reencontrar aqui Herrera, uma pena perceber que está acompanhado! - disse em tom irônico encarando Anahí. Alfonso estava confuso e seus olhos foram diretos para Anahí que estava com um semblante indecifrável

Alfonso: O que? Quem é você? - perguntei sem reconhecer.

- Quem sou eu? Ah você não se lembra? - perguntei debochada - pois vou refrescar sua memória, eu sou a mulher que você estava gemendo o nome a duas semanas, me prometendo mundos e fundos e simplesmente sumiu!

Alfonso: O que? Eu nem sei seu nome sua louca! - Estava completamente atordoado

- Não era o que parecia na minha cama! - mas já entendi Herrera, arrumou outra trouxa para cair no seu papinho - novamente encarou Anahí, que apenas encarava a cena decepcionada

Alfonso: Eu não te conheço, e não sei o que quer com tudo isso! - levantei e a segurei pelo braço - exijo que desminta isso aqui, e agora! - Falei em tom autoritário

- E quem é você para exigir algo de uma desconhecida como você disse? Nunca mais me procure! E você querida - Virou-se para Anahí debochando - Cuidado, quando ele conseguir te levar para cama, some em seguida! - sorriu vitoriosa - passar bem

O silêncio de alguns segundos foram suficientes para Alfonso ver a decepção no olhar de Anahí, até ele quebrar - Você precisa acreditar que eu nunca vi essa mulher na vida!

Anahí: Não foi o que pareceu, Herrera? - debochou

Alfonso: Any, pelo amor de Deus, confia em mim eu nunca a vi, se quer sei o nome dela! - segurei ela pelos braços mostrando meu desespero

Anahí: Alfonso, a duas semanas atrás não tínhamos nada! Você não deve satisfação para mim - vi o alívio em seu olhar - mas não posso negar que não fiquei abalada com o que ela disse, Alfonso eu preciso ir! - disse me levantando

Alfonso: O que? - a olhei levantar - Não Any, não vai, me deixa provar...

Anahí: Você não precisa provar nada, e eu preciso realmente ir! E por favor, se afaste de mim - as palavras sairam de uma forma dolorosa

Alfonso: Isso é impossível, eu não posso viver...

Anahí: Não completa essa frase se não é verdade - estava segurando o choro, só queria me enfiar dentro de um buraco, como ele pode... Enquanto meus pensamentos borbardeavam minha cabeça, ia me afastando vendo ele completamente desnorteado, como ele pode fazer tudo isso, me enganar, me iludir, fingir ser alguém que não é, nem me dei conta de que já estava em frente ao meu prédio até o motorista chamar minha atenção, entrei direto e ao chegar no quarto não pude conter as lágrimas, que decepção, como eu pude agir como uma menina boba, como pude acreditar que teria um final feliz!

Tropeçando No AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora