Organizando

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Sábado, 08h am

Dormi após cansar de chorar, acordei com uma dor de cabeça, olhei ao redor acreditando ser apenas um sonho, logo as lembranças da noite anterior vieram a minha mente. Droga Anahí, não é possível que isso vai te fazer tão mal, me repreendi mentalmente, mas não vou deixar isso me abalar. Me levantei, tomei um longo e demorado banho, coloquei um roupão e estava preparando meu café quando a campainha tocou, me assustei só havia uma pessoa que era autorizada a subir sem ser anunciada.  Abri a porta receosa.

Maite: Bom diaaa! - disse animada após Any abrir a porta e mostrando as sacolas com com comida

Any: Oi amiga, entra!

Maite: Ué, vim animada saber como foi a noite, que cara é essa amiga? - disfarcei fingindo não saber o que tinha acontecido

Any: Foi um verdadeiro fiasco Mai! - me sentei derrotada no sofá - ele estava me enganando esse tempo todo, fazendo um teatro como se ele fosse aquele cara legal, enquanto dormia e iludia outras por ai!

Maite: O que? Como assim? - fingi surpresa e me sentei ao lado dela - Any, como assim ele te enganou, te iludiu?

Any: Amiga, ontem um louca  chegou no restaurante cobrando explicações do sumiço dele após transar com ela - uma lágrima escapou com a lembrança

Maite: Any! - respirei fundo - Amiga, eu já sabia do ocorrido, não consigo mentir para você! - suspirei resignada - Foi ele que me ligou, pedindo para eu vim ver como você estava e te fazer companhia

Any: ah Maite eu não acredito que você se prestou a isso - falei indignada com a possibilidade dela ser cúmplice numa reaproximação

Maite: Antes que você pense que eu vim defende-lo, eu vim por preocupação com você! - ela arqueou uma sobrancelha e gesticulou para eu continuar - Ele só me ligou, disse que ontem deu tudo errado e que era para eu vim ficar com você!

Any: Ata, então não vai tentar me convencer de nada? - vi ela negar - ok, Mai como eu pude ser tão cega? - deitei a cabeça em seu colo

Maite: Amiga, você não foi cega, você está tentando, e faz parte da vida tentar, as vezes vamos acertar e as vezes vamos errar feio e está tudo bem - acariciei seus cabelos e percebi a tristeza dela

Any: Por que ele me enganou assim Mai? Porque se ele foi a única pessoa que eu confiei em contar toda a sujeira !

Maite: Posso dar minha opinião? - ela assentiu - Não fica brava comigo hein - ela se sentou ficando de frente para mim - Any, eu estou do seu lado sempre! Mas está fazendo tempestade em um copo de água!

Any: Vai me dizer agora que não tenho que me preocupar com o que ele fez?

Maite: Não Any, tô pedindo para ver de outra perspectiva, primeiro você conviveu com ele aqui dentro da sua casa, ele forçou algo alguma vez? - ela negou - segundo, vocês estão quase todos os dias juntos, percebeu alguma movimentação estranha em que ele pudesse estar com outra pessoa além de você? - ela negou novamente - e por último, seu coração o que ele diz?

Any: Meu coração é teimoso Mai! - forcei um sorriso - eu até quero acreditar nele, mas não posso me enganar mais, sofrer mais, eu não aguentaria

Mai: Ok, então ouça o que ele tem a dizer, seja a mulher madura que você é, encare-o e resolva isso frente a frente, eu tenho certeza que vai fazer bem para você independente do resultado final - segurei suas mãos

Any: Pode ser Mai! Mas não quero agora! Preciso pensar e ainda tem aquela mulher! - falei com voz enojada - ela além de feia era brega! - Caimos na gargalhada, Mai passou o dia comigo, fizemos uma programa de amigas dentro de um apê, o que me ajudou a não pensar, passei o dia recusando ligações e não respondendo as mensagens de Alfonso, eu sinto que preciso ouvi-lo mas quero estar bem para não arriscar. Mai foi embora próximo as 22h e eu já estava dormindo quando minha campainha começou a tocar incansavelmente, me levantei correndo, coloquei um robe e fui abrir a porta

Poncho: Eu te Amo Anahí, eu não posso viver sem você! -

tentei ao máximo não me render, percebi ele completamente bebado- o que está fazendo aqui dessa forma ainda?

Poncho: Me perdoa Any, você precisa me ouvir! - tentei abraça-la e ela recusou

Any: Depois eu te ouço, antes vamos tomar um banho! - disse puxando ele para dentro e o apoiando

Poncho: Ual, vamos tomar banho! - disse apoiando as mãos nos ombros dela

Any: Não faz eu me arrepender e cala essa boca Alfonso! - Com dificuldade levei ele para o quarto, e coloquei ele debaixo do chuveiro de roupa e tudo, ligando a água fria, ele resmungava algumas palavras completamente descontextualizadas, depois com dificuldade ajudei ele vestir uma roupa que tinha aqui, tomando o máximo de cuidado o possível, e o ajudei a se deitar no quarto de hospedes - Vê se não apronta! Descansa e amanhã quando você estiver melhor nós conversamos! - ia me afastar quando ele puxou minha mão

Poncho: Fica Any, fica aqui comigo!

Senti ele abraçar forte meu braço, enquanto ele pegava no sono fiquei observando seu rosto, acariciei levemente o contorno de seu rosto - porque você tinha que estragar tudo! - falei enquanto ele dormia, me afastei e fui para minha cama, rolei de um lado para o outro até pegar no sono.
Era cedo e os raios do sol já invadiam o quarto quando me lembrei que Poncho estava dormindo no quarto ao lado, Coloquei meu robe e estranhei a ausência dele no quarto, meus pensamentos foram invadidos pelo cheiro do café vindo da cozinha, me deparei com ele colocando a mesa, respirei fundo tomando força não só nos pulmões - Bom Dia Alfonso!

Tropeçando No AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora