Planos

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Acordei determinado a ajudar a Any com esse trauma, não tem a ver com ela ficar comigo ou não, mas ela ser feliz, eu quero ela feliz! Com muito esforço me sentei na cama, peguei o remédio e um copo de água na mesa ao lado da cama e tomei, de repente escuto a campainha, olho no celular e são 8h30 na manhã de sábado, quem vem tão cedo assim na casa dos outros?  Vejo Any passar rapidamente e ouço vozes em seguida.

Anahí: Bom dia Mai - falo abrindo a porta

Mai: Trouxe as coisas para o café - falo mostrando as sacolas

Anahí: o que seria de mim sem você! amiga, quer ir montando a mesa enquanto me troco?

Mai: Claro Any, vai lá eu resolvo tudo aqui! Mas antes, o que são essas pétalas pelo chão?

Anahí: Ai amiga, invenções do Poncho! - falo dando de ombros

Mai: Poncho? O que eu perdi?

Anahí: Nada Mai, não perdeu nada! Foi um jantar de agradecimento... - sorrio encerrando o assunto e vou para o quarto, vejo a porta aberta e Alfonso sentado - Bom dia moço! - falo parada na porta

Poncho: Bom dia Chefa! - sorrio - quem está ai?

Anahí: A Mai, veio tomar café com a gente!

Poncho: Entendi, pode me ajudar com a camisa? - falo sorrindo mostrando os dentes

Anahí: Claro! - sorrio e me aproximo pegando uma regata

Poncho: Meu Deus, alguém acordou de bom humor?

Anahí: Não abuse! - sorrio e o ajudo

Poncho: Será que pode me levar para o banheiro, preciso fazer minha higiene!

Anahí: Sim, senhor! - ajudo ele ir até o banheiro e vou para o quarto me trocar, coloco uma roupa básica, um shorts soltinho marsala e uma blusinha de alças branca, faço um coque simples, e minha rotina de skin care, chego no banheiro e Poncho está apoiado na pia me esperando, ajudo ele andar até a sala

Mai: Bom dia Alfonso! - sorrio

Poncho: Bom dia Mai, pode me chamar de Poncho ! - rimos

Mai: Minha amiga está cuidando direito de você? - Provoco

Poncho: Muito bem! Não há do que reclamar!

Any: Ah, agora vou ter aturar vocês dois! - sorrimos, tomamos café jogando conversas fora até o interfone tocar - gente vou descer pegar uma encomenda já volto

Mai: Vai lá amiga! - pisco e ela saí - aproveitando que a Any saiu, o que você quer com a minha amiga?

Poncho: Eu? - falo quase engasgando com o café

Mai: Não banque o desentendido, o que quer com ela?

Poncho: Mai, eu gosto de verdade da Any, então agora tudo que eu quero é a amizade dela!

Mai: Boa resposta! - sorrio - só não quero que ela sofra!

Poncho: Eu entendo, também não quero que ela nunca mais volte a sofrer!

Mai: Porque volte a sofrer? Ela te contou? - falo espantada

Poncho: Sim, ela me contou!

Mai: Meu Deus, ela realmente confia em você! Demorou 5 anos para ela conseguir me contar! - falo realmente surpresa pela confiança da Any em contar para ele, será que ela está gostando dele?

Poncho: Eu sei, e não quero que nunca mais ela passe por algo parecido, já que somos os únicos que sabem, quero sua ajuda!

Mai: Para que?

Poncho: Mai, eu quero ser amigo da Any, me aproximar e mostrar para ela que nem todos os homens são iguais - ela me encara desconfiada - e eu sei que você se preocupa, mas te garanto que não farei ela sofrer, me ajuda a me aproximar dela?

Mai: Eu não sei Poncho, a Any sempre foi tão ... Sou interrompida pela porto e faço sinal com os dedos para continuarmos depois

Any: E então, falaram muito mal de mim ? - eles sorriem - estava pensando em irmos ao shopping almoçar lá, o Poncho não está sentindo tanta dor mais, acho que agora ele precisa sair um pouco de casa.

Poncho: Eu topo, só que vou precisar de ajuda - ela me encara negando com a cabeça

Mai: Bom, eu vou ter que deixar vocês almoçarem sozinhos, combinei com o Andres de almoçar com a família dele.

Any: Poxa amiga - faço bico - mas eu te perdoo - ela sorri, nos despedimos, ajudo Poncho a se trocar, e o deixo na sala assistindo enquanto me arrumo, passeamos e almoçamos no shopping e a sensação que eu tenho é que todos estão nos olhando - vamos embora?

Poncho: Ah, vamos aproveitar que estamos aqui e vamos assistir um filme?

Any: Não ta cansado disso?

Poncho: De assistir filme? Sim, mas melhor no cinema do que em casa denovo.

Rimos e fomos para o cinema, Alfonso fez questão da sala vip, sentar na poltrona e eu tive que colocar a cadeira de rodas em um lugar próprio, sentamos na mesma poltrona que são aquelas que parecem cama, estavamos assistindo quando senti o braço dele envolver meus ombros e o encaro - o que é isso?

Alfonso: Calma, só para ficar mais confortável - ela arquea a sobrancelha - Anahí, o que eu poderia fazer estando com 2 costelas quebradas, e com o outro braço engessado?

Anahí: é, tem razão, mas sem gracinhas, eu sou capaz de ir embora e te deixar aqui! - ele ri e por mais estranho que seja a situação, meus sentimentos extremamente confusos, ao mesmo tempo que quero ficar aqui, pois sinto confiança estou desconfortável, com medo e até um pouco sufocada, graças a Deus o filme acaba logo e a tortura termina, e  ele também não tentou nada, o ajudo a sentar na cadeira de rodas e vamos em direção ao estacionamento

Alfonso: Viu que eu me comportei - levanto as mãos e ouço ela rir

Anahí: Ainda bem!

Alfonso: Any, quero ser seu amigo e nunca te forçaria a fazer nada, inclusive quando estiver desconfortável na situação, me avise que eu tento melhorar

Anahí: Obrigada Poncho! - senti realmente uma sinceridade nele - tenho que te confessar uma coisa

Alfonso: Aé? O que?

Anahí: É a primeira vez que eu fico assim no cinema com alguém, não gosto que encostem muito em mim - sorrio fraco

Alfonso: Poxa Any, que bom ouvir isso, pode ser que esteja mudando! E obrigado por compartilhar me senti lisonjeado - sorrio de volta e vamos para o apartamento

Tropeçando No AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora