um passo a mais

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Sorri de dentro do carro e ele fez sinal de questionamento com as mãos, estacionei o carro e ele me acompanhava com o olhar, desci e sorri sem graça enquanto me aproximava - Eu preciso falar com você! - afirmei

Poncho: Percebi, quase me matou! - sorri sem humor - vamos subir, a gente conversa lá em cima!

Any: Sim, é melhor! - seguimos para o elevador e até chegar no apartamento fomos rodeados por um silêncio ensurdecedor.

Poncho: Fique a vontade! - disse abrindo a porta e dando passagem, entramos, ela colocou a bolsa na mesa e eu a encarei - E então?

Any: É... É..... - respirei - Poncho, antes de tudo quero que me perdoe, eu fiquei incomodada com a Camila e te tratei mal sem motivos!

Poncho: Tudo bem Any!

Any: Eu não tenho direito nenhum de ficar brava por isso, você pode almoçar com quem quiser é seu direito e eu não tenho nada a ver com isso!

Poncho: Any você...

Any: Não Poncho deixa eu falar se não vou desistir e preciso falar! - disse o interrompendo e ele apenas assentiu - Poncho, eu nunca tive proximidade com alguém como estou tendo com você, nunca nenhum homem frequentou minha casa, nunca passei a noite perto de nenhum homem, nunca me senti a vontade perto de nenhum! Me desculpa ta legal, é tudo muito novo para mim e eu não sei lidar com isso! - nesse momento as lágrimas já molhavam meu rosto - Poncho, eu amo sua companhia, amo passar tempo com você e eu realmente tenho muito medo de tudo isso que estou sentindo é por isso que fujo tanto.

Poncho; Any - falei e a puxei para um abraço, ela chorava com a cabeça encostada em meu peito e as mãos envolvendo minha cintura, eu amo essa mulher, só quero protegê-la e fazê-la feliz , ficamos alguns minutos assim até ela se acalmar e parar de chorar

Any: Você me desculpa Poncho! - ele se afastou e levantou meu rosto me fazendo olhar para ele...

Poncho: Any, eu não tenho o que desculpar, acabei falando demais na empresa, me desculpa por isso! Não queria te fazer sentir mal...

Any: Não fez! Eu precisava ouvir - ele me olhou e secou meu rosto se aproximando

Poncho: Anahí, eu te amo!

As palavras dele me fizeram estremecer, meu peito saltar e meu coração dar voltas de felicidade

Poncho: não há nada que você faça que vá mudar isso! Te amo desde a primeira vez que eu te vi, te amo desde que derrubei champanhe em você, desde quando me entrevistou, desde que batemos o carro, desde cuidou de mim eu te amo Any, e vai ser para sempre assim! - as lágrimas escorriam no olhar dela - por favor Any, não chore!

Any: É que eu queria poder retribuir isso - sequei as lágrimas

Poncho; Mas eu não estou pedindo nada

Any: Exatamente, ai que está...

Poncho: Any, sua companhia, sua confiança em mim já basta pra mim!

Any: Mas não é justo Poncho! Você é tão bacana, tão sensacional e por culpa, medo, insegurança, sei lá o que é, eu não consigo retribuir tudo o que você faz por mim! - abaixei a cabeça e percebi ele se aproximar

Poncho: Olha pra mim! - falei segurando seus braços e ela levantou a cabeça com um olhar implorando para ser amada - Any, quando você se abriu e contou para mim tudo o que havia passado eu prometi a mim mesmo, que eu nunca iria te fazer mal e que conquistaria sua confiança, eu sempre quis estar perto de você, e não tem a ver com o que você me da, mas com a necessidade que eu tenho de te ver bem!

Any: Eu te amo Poncho- as palavras sairam da minha boca pela primeira vez direcionadas a um homem, sem eu exitar, apenas em resposta ao que ele estava me dizendo, ele acariciou meu rosto, sorriu e eu encarei sua boca, desejando senti-la mais uma vez, ele se aproximou e nossos lábios se uniram, um beijo calmo, sem pressa, saboreado, esperado e desejado, senti as mãos deles me abraçarem pela cintura enquanto as minhas subiam para seu cabelo, o beijo passou a ser mais rápido, interligado e sincronizado, eu estava tendo a prova real de que tudo o que ele falou era verdade, podia sentir através desse beijo. Separamos nossos lábios ofegantes, ele sorriu e nossas testas se encostaram.

Poncho; não vai fugir? - perguntei em tom baixo

Any; Não, eu quero ficar aqui - acariciei seus braços que estavam me entrelaçados na minha cintura, deixando nossos corpos próximos - não sei quanto vai durar, mas quero ficar aqui - ele sorriu e voltou a me beijar, me deu alguns selinhos.

Poncho: Precisamos terminar nossa conversa - me afastei dela e segurei sua mão, a levando para sala - Mas vamos pedir algo para comer, estou morrendo de fome !

Any: Sim, eu topo pizza! - ele assentiu e fez o pedido, voltou e sentou ao meu lado no sofá - Poncho, eu não sei tudo lidar com tudo isso, não quero te prometer nada e não quero te prender a uma mulher cheia de questões como eu!

Poncho: shiu! Não fale isso! Eu estou preso a você porque eu te amo, e não vou me soltar nunca! Any, você está preocupada demais, quando, podemos viver um dia de cada vez, com calma, respeitando seus limites - acariciava seu cabelo enquanto falava

Any: Poncho, eu não quero que pense que um dia pode haver - hesitei em falar 

Poncho; sexo entre nós? - completei percebendo a dificuldade dela em falar ela apenas afirmou com a cabeça - Any, você está ansiosa com algo que ninguém sabe com será, eu não ficaria com você apenas pensando em um dia transar com você! - ela ficou vermelha - ficaria com você, porque te admiro, por que nossa conversa bate, gostamos da companhia um do outro e eu esperaria o tempo que fosse preciso para você se sentir bem!

Any; Mas Poncho e se nunca acontecer?

Poncho: Any, eu estarei aqui pra você! Vamos inventar nosso jeito de ser feliz?

Any; Como assim? - perguntei confusa e preocupada

Poncho: Any, vamos devagar, sem pressa, com calma e uma relação de comunicação, quando se sentir desconfortável me avise, quando estiver insegura, preocupada, enciumada me avise, eu farei o mesmo, quanto a sexo.... Um dia de cada vez, eu só quero estar perto de você...

Any: Você é maluco sabia? - sorri fazendo carinho em seu rosto

Poncho: maluco por você! - dei um selinho rápido - e aí? Topa?

Any: Sim, vamos tentar! Promete ter paciência comigo?

Poncho: Você ainda dúvida?

Any: Não! - rimos e ele se aproximou me beijando. A pizza chegou depois de alguns minutos, conversamos, comemos, ficamos trocando carícias e beijos o que ainda é estranho para mim, mas me esforcei para não sair correndo, perto das 22h fui embora, cheguei em casa e mandei mensagem avisando que havia chegado.

+ Poncho! Cheguei, já estou em casa!
- Que bom Any, tenha uma noite excelente!
+ você também!
- Até amanhã, te amo!
+ Até amanhã!
- Não vai falar que me ama?
+ Te amo também!
- Agora sim! Any, tenho uma surpresa para sexta depois do expediente
+ Ai meu Deus! O que é?
- Sexta você descobre! Beijos, dorme com Deus!
+ Amém, você também!

Tropeçando No AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora