Impressionante.
Da mesma maneira que ela me deixa revoltado com essa língua afiada, sincera sem medo das consequências, também admiro.Não quero me casar com uma covarde, submissa, embora também não ature mulher falando demais no meu ouvido.
Se fosse outra, me afrontando da maneira que ela fez, eu não responderia pelo cara que tem interesse em casamento e sim como o Roosevelt que tirou a vida de muitos que estavam em meu caminho.
Mas ela além de petulante ainda é atraente pra caralho.
Chegou menos desajeitada, me olhando nos olhos. Deve ter estudado muito antes de aparecer nesse jantar.
Eu vou me casar com ela sim. Ainda quero provar pra essa ninfeta que de velho eu só tenho a idade. Vou rasgar essa boceta dela, fodê-la tanto que nem força pra falar besteira ela terá.
Ela não contou mais do que eu já sabia durante o jantar. A verdade é que os pais, o senhor prefeito e a sua primeira dama, dão as ordens e falam por ela.
Ainda quero ouvir tudo o que Louise tem pra falar. Quando ela for a minha esposa, não teremos segredos e algo me diz que esse prefeito não é flor que se cheire. Vejo como Louise fica desconfortável diante deles. Na certa, esse casamento é duplamente forçado.
— Pretendo me casar e morar aqui por um tempo, depois, nós mudaremos para uma mansão que está sendo preparada. — digo no meio do assunto.
— A família toda? — o prefeito pergunta.
— Sim. Pelo menos, até que os meus irmãos se casem, porque eles vão se casar daqui a alguns meses também, ficarão um tempo comigo.
Meus irmãos dão risada, mostrando que não tem amor as suas vida.
— Está certo. Iremos visitar a nossa filha, não é, Marie?
A mulher não responde, mas assente e força um sorriso. Encaro a minha futura noiva, que está calada faz algum tempo, e vejo as suas sobrancelhas arqueadas na direção da madrasta.
Pré-julgamento é errado, mas acredito que essa madrasta dela é mesmo má como as dos livros que Louise lê.
— Tudo bem. Receberemos, desde que a minha esposa queira. — digo deixamos claro que se ela me contar alguma coisa que eu desaprove, esse casal de pilantras nunca mais a verá.
Não é porque eu quero fazê-la se arrepender de ter falado mal de mim, que vou deixar que outras pessoas tirem a sua paz.
Vejo um sorriso escorregar nos lábios de Louise.
— Esposa? Já? — Marcus desdenha.
— Isso não está num futuro distante. — levanto. — Como já sei que o desejo do prefeito é que esse casamento aconteça e o resto da família também... — coloco a mão no bolso e tiro a caixa de veludo azul com o anel. A abro voltado para Louise. — Você aceita se casar comigo, Louise?
Ela levanta, encarando de olhos arregalados a jóia com um cristal brilhante e depois olha para mim.
— Que-quero.
Ela não é louca de dizer o contrário.
Sorrio me sentindo um vencedor e ela ergue a mão para que eu coloque o anel.
Uma mão pequena, gelada e delicada, unhas bonitas, pintadas com esmalte claro, o anel ficou perfeito em sua mão, coube perfeitamente em seu dedo.
Beijo o dorso dela, fixando o meu olhar no seu e ela parece nervosa, ofegante, quando molha os lábios, a minha sanidade vai para o inferno.
"Seria loucura beija-la agora?"
"Ah, eu sou o chefe da máfia. Ninguém pode questionar os meus atos."
Me aproximo dela e de repente, repenso o que vou fazer, os seus olhos assustados me fazem beijar somente a sua testa.
Baixinha, mas com salto até que fica numa altura compatível comigo.
Realmente bonita, a altura de ser a minha esposa. Leves defeitos de sinceridade que podem ser corrigidos, o principal ela me causa: desejo.
Nossos familiares aplaudem e resolvo fazer um brinde ao noivado.
Agora pretendo adiantar o máximo possível porque antes eu queria me casar, agora eu quero me casar e tenho pressa para ter essa garota em meus braços.
— E se apressem, pois não pretendo carregar um noivado por muito tempo — aviso.
Louise bate sua taça na minha, mesmo o brinde já tendo passado.
Pelo visto não sou somente eu quem está apressado para se casar.
Ao fim da noite, sem espaço para conversar mais com ela, os acompanho até a porta.
— Obrigado por virem. — digo andando ao lado de Louise e antes dela seguir para o carro, seguro o seu braço.
Ela olha para mim um pouco assustada.
— O que foi?
— Quero falar com a sua mãe. Aquela que te criou.
Ela arregala os olhos.
— A minha mãe?
— Sim. Ela não é alguém importante pra você? Deve ficar no seu devido lugar no dia do nosso casamento.
Ela abre a boca, parece bem surpresa, sem ar.
— Não acha uma boa ideia?
— Não! Claro que é uma boa ideia. Eu só não esperava isso de você.
— Você deve esperar tudo de mim, ainda mais como a minha noiva. Irei te procurar para falar sobre isso.
— Ok. — ela balança a cabeça e ergo a sua mão, me despedindo com um beijo.
— Dá próxima vez, o beijo não será na mão, tampouco na testa. — aviso olhando em seus olhos brilhantes. — Boa viagem e boa noite, minha noiva.
— Boa noite. — ela segue para o carro devagar, um pouco desnorteada.
"Uma noiva... Acho que já me afeiçoei a ela!"
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Dominada por um mafioso
RomanceO início da história de amor entre Louise Acorsi e o Chefe da máfia da família Roosevelt, Maximus. Maximus chegou no topo derrubando tudo e os grandes poderosos querem fechar negócio com ele. Sua condição: uma esposa criada para ser mulher de um che...