Dominada por um mafioso

CAPÍTULO 10

Ao mesmo tempo que ela me agrada aos olhos, me desagrada no comportamento.

É completamente desengonçada!

É puro desastre!

Tem potencial para me matar!

Me matar de vergonha!

— Claro. — ela diz quando chego na cozinha e me aproximo de onde ela está encostada.

Não tive esse tipo de conversa com nenhuma outra. Na casa dos Callalto era impossível, já que eram quatro filhas quase saindo no tapa para ficar comigo. As outras não me interessei mesmo.

— Você não parece acostumada com nada disso.

— Acredite, estou bem acostumada com isso aqui.

— Você quer dizer a cozinha?

Ela balança a cabeça e olha na direção da sala.

— Filha bastarda... Onde está a sua mãe?

— Eu não sei. Não sei nada sobre ela. Fui deixada na porta e pronto.

— Tem a primeira-dama como mãe?

Ela encolhe o nariz e depois dá uma risada sem graça.

— Sim.

Não vi firmeza, na verdade, pareceu que era uma péssima ideia achar isso.

— Você sabe quem eu sou?

Todas as garotas que visitei sabiam ao menos que eu era um magnata bilionário.

— Não. — dessa vez ela parece bem sincera e me encara nos olhos.

— Sou de uma família bem poderosa na cidade. As pessoas esperam muito de mim e eu espero o mesmo. A mulher que estiver ao meu lado será modelo para todas as outras, por isso espero dela muita coisa.

Ela encara seus sapatos e depois olha para mim.

— Sou a última opção do meu pai. Prometi que faria tudo certo, mas eu não sou boa com essas coisas. Desculpa se decepcionei. Juro que tentei.

— Talvez o seu pai não tenha sido verdadeiro quando disse que você foi criado com seus irmãos...

— Não. — ela rebate de imediato. — Eu fui. Só não tenho tanto jeito para essas coisas como eles.

Soa desesperada.

— O que aconteceria se eu te escolhesse?

Ela morde a bochecha e fica balançando os pés.

Sei muito bem o que faria com ela como minha esposa. Entre quatro paredes e fora delas.

— Tenho chances? — ela para mim preocupada.

Acabo me aproximando da garota, para sentir seu cheiro mais uma vez, mas claro que não pretendo fazer nada impróprio.

Vejo suas bochechas agitadas, vermelhas e seus olhos bem abertos diante da minha proximidade.

— Com certeza. Mas claro, teríamos que corrigir algumas coisas.

— A minha mãe... Ela iria? — ela continua preocupada.

— Sua mãe? A primeira-dama?

Ela balança a cabeça em negação.

Vi que uma das empregadas quando veio nos servir, ficou olhando para mim, analítica e depois para ela.

— Seria aquela empregada?

Ela assente com a cabeça.

Olha só!

Eu sabia que tinha mais coisas nessa história do prefeito esconder uma filha bastarda.

— Claro.

Ela encara mais uma vez o chão e guardo minhas mãos nos bolsos.

Tenho que pensar bastante sobre isso.

— Vamos voltar. — saio na frente e espero que ela me acompanhe. — Senhor prefeito, agradeço o jantar, a recepção, mas estamos indo.

— Já? — ele levanta surpreso e olha para a filha.

— Sim. Já está tarde e eu não quero incomodar mais.

— Não é incomodo nenhum. Tome mais uma dose de champanhe ou whisky.

— Agradeço, mas realmente estamos indo. Vamos, Sebastian?

— Vamos. — ele vira a taça na boca e toma toda a bebida.

Me despeço primeiro de Louise, pois já percebi que ela está louca para sair desse lugar.

— Foi um prazer, Louise. — beijo a sua mão.

— A honra foi minha. — ela dá um pequeno e tímido sorriso.

Tinha que colocar logo um vestido vermelho?

Sebastian também se despede dela e a vejo se afastar enquanto nos despedimos do resto da família.

Quando saímos na calçada, o insistente do prefeito continua tentando vender a sua filha.

— Avisaremos, senhor prefeito. — Sebastian fala por mim e nós afastamos no jardim, em silêncio, até que ouvimos uma conversa.

— Mãe, fica tranquila. Nem tentando, fiz as coisas direito. E eu também não quero me casar com aquele homem. Ele é muito velho.

Paro e olho para Sebastian.

— Você ouviu? — ele pergunta.

É a voz de Louise.

— Ouvi, sim, Sebastian.

Nota da autora:

Lascou-se kkkkkkk  O que será que ele fará depois de ouvir esse insulto? 

Volto amanhã com mais 5 capítulos.