CAPÍTULO 19

435 49 11
                                    

Depois de ouvir a ideia do Maximus e o aviso sobre o beijo, fiquei um pouco lenta e pensativa, tentando assimilar tudo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Depois de ouvir a ideia do Maximus e o aviso sobre o beijo, fiquei um pouco lenta e pensativa, tentando assimilar tudo. O desejo, o respeito.

Eu não esperava ouvir nada disso. Se o jantar tivesse se resumido a essa pequena conversa, ou simplesmente tivéssemos falado sobre isso antes do jantar, eu estaria mais confortável.

Não sobre o beijo. Só de pensar nisso eu fico sem ar, mas a ideia sobre a minha mãe me conforta.

É bom saber que ele percebeu quem é verdadeiramente importante para mim e sim, ela estará no lugar que merece no dia do nosso casamento.

Ficará orgulhosa e aliviada quando souber da ideia dele.

Encaro o anel no meu dedo, a coisa mais cara que já ganhei. É tão lindo!

Naquela hora eu achei que ele iria me beijar na boca, e mesmo sendo na testa e na despedida ter sido na bochecha, ainda sinto a sensação que seu toque me causou.

Eu disse que ele era velho, mas ainda assim era sexy, atraente. Talvez no segundo encontro ele tenha aparecido mais interessante ainda. Eu achei.

Encarar o anel faz a minha mente acreditar que estou mesmo noiva e não é somente uma ideia.

Ver a minha família me tratando como uma mercadoria e ouvir os planos do Maximus me fez querer mais ainda me casar e sair das garras do meu pai.

Melhor ainda, podendo ficar com a minha mãe.

Quando ele perguntou se eu queria, logo estendi a mão e quando disse que pretendia se casar logo, concordei sem pensar duas vezes.

Quando mais rápido me livrar desse abuso, melhor.

Quando eu me casar com o novinho, poderei mostrar a ele a verdadeira face da família que me fez de empregada a vida inteira e eles não poderão fazer nada.

Algo que diz que mesmo sendo um marrento metido a ditador, Maximus é um homem que protege os seus e um dia eu serei sua esposa.

- Quando eles se casarem, vamos ter mais apoio ainda para a reeleição. - o meu pai comenta.

Entendi o seu desejo.

- Tomara. Eles pareciam bem contentes com a ideia de casamento. - Marie fala, sentada no banco da frente. - Ainda não acredito na sorte que tivemos.

- Por sua causa, que ensinou a menina a se comportar. Caso contrário... Eu não sei.

Pigarreio.

- Ele quis se casar comigo antes mesmo da sessão de tortura com salto alto. - lembro, pois parece que eles esqueceram.

Eles nem imaginam que tudo não passa de uma birra onde o tão poderoso não se conforma com a idade que tem.

Eu não ia mentir, se ele ouviu, falar que não disse só faria de mim uma mentirosa.

- Que tom de voz é esse, Louise? Você ainda não se casou.

- Mas vou e espero que seja logo.

- Menina, deixa de ser mal agradecida! Sabia que se não quisermos, você não se casa com ele? - Marie pergunta e encaro isso como uma ameaça.

- Será? Maximus parece bem decidido. Eu garanto o casamento, o que eu não garanto é vocês conseguirem o apoio na campanha. Eu não vi o Maximus querendo dar algo em troca. Parece que é tudo em benefício dele próprio.

E meu, já que ele estará me livrando desses insultos malditos que ouço diariamente.

Agora que ando com um anel de noivado no dedo, não vou mais ficar calada e se tentarem fazer alguma coisa comigo, como me expulsar de casa, eu sei para onde ir.

- Louise! Não brinque com a minha paciência. - papai para o carro na frente da casa e saímos do carro.

Me livro dos saltos apressada para encontrar a minha mãe e contar sobre a noite.

Ele continua.

- Eu posso muito bem ligar agora para o senhor Roosevelt e contar que não queremos mais esse casamento.

Pelo visto, ele não ouviu o que eu disse. Existe desejo da parte do Maximus, mas também existe a vontade de provar que ele não é o que eu acredito que seja, ele disse com todas as letras. Está disposto a se casar comigo e nada do que o meu pai diga pode mudar isso.

- Vocês estão me usando como mercadoria! Estão tentando me vender por um financiamento de campanha que nem sabem se receberão!

- Você deveria nos agradecer. Vai se casar com um homem milionário, viver numa mansão, tendo tudo que nunca teve. - meu pai despeja na minha cara.

- Que nunca tive porque você nunca me deu! Por que eu sempre fui a bastarda que merece ficar nos fundos, tratada como empregada, às vezes como ninguém, sempre desdenham de mim, sempre me diminuem, agora eu sirvo. Pode ligar e terminar com isso, vamos ver onde vão arranjar outra filha para ele.

- Louise, você se comporte! Sabe as consequências da sua rebeldia! Eu posso muito bem mandar você e a sua mãe petulante embora daqui.

- Faça isso. Não seria a sua maior maldade. Eu nunca esquecerei tudo que vivi aqui e se eu me casar com o Maximus... - os encaro e quando vou falar o que posso fazer, prefiro guardar para depois do casamento, no próximo insulto que ouvir.

- O que, Louise? Você pensa que quando se casar vai fazer o que quer? Não percebeu que Maximus é um homem tão rígido quanto eu?

- Ele não pode ser pior que você. - dou as costas e vou para os fundos, atrás da minha mãe.

Eles vão aprender. Assim que eu sair daqui, essa humilhação irá acabar.

•••

Eita que a Louise ganhou voz!
Ansiosas para o dia da humilhação da família Acorsi?

Instagram: @autora.nikole

Dominada por um mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora