Os lábios de Ömer colidiram com os de Kıvılcım em uma explosão de saudades. Todos os sentimentos condensados durante os cinco anos que se passaram foram liberados num beijo longo, sem pressa. Ömer passou os dedos entre os cabelos sedosos de Kıvılcım, sentindo a maciez de tê-la para si. Não era mais um sonho, era sua realidade após tanto tempo. O coração batia mais forte, as mentes de ambos ansiavam por mais. As roupas foram sendo arrancadas num emaranhado de desespero e jogadas no chão, longe do sofá. Kıvılcım sentia como se estivesse voltando para casa nos braços de Ömer. Tanto havia se passado entre eles, e agora nada mais importava. Ele se deleitava em seus seios fartos pensando como havia conseguido ficar tanto tempo sem sua amada.
Ömer retirou a saia-lápis da morena lentamente, deixando uma trilha de longos beijos pela pele alva e cremosa de Kıvılcım. Quantas vezes ele não havia sonhado em beijar aquela pele novamente? Enchê-la de prazer era sua missão e seu objetivo. Aquele reencontro tão aguardado após uma despedida tão confusa e dolorosa para ambos era como chuva em um deserto. Ömer continuou a explorar o corpo da ex-esposa até chegar em sua calcinha, e retirou a peça de renda em apenas um movimento.
Quando Ömer visualizou Kıvılcım nua em sua totalidade pela primeira vez em tantos anos, notou algo diferente.
- Kıvılcım... - Ömer a fitou. - O que aconteceu com você?
Acima do ventre da morena, repousava uma pequena cicatriz branca, quase imperceptível devido à sutura milagrosa feita pelas mãos dos médicos da América. Ali, por aquela cicatriz, havia chegado ao mundo a pequena Defne Arslan.
- O que você quer dizer? - Kıvılcım se levantou parcialmente, apoiada em seus cotovelos.
- Que essa cicatriz não estava aqui antes. - Ele apontou para a linha branca em sua pele.
Kıvılcım gelou ao perceber que havia esquecido que portava a cicatriz da cesariana. Lembrou-se rapidamente do fatídico dia em que, após tantas horas de trabalho de parto, o médico declarou que Defne estava de cabeça para baixo e não conseguiria chegar ao mundo via parto normal. A cirurgia foi realizada em alguns minutos e, após tanto sofrimento com as dores das contrações, Kıvılcım conseguiu segurar sua filha nos braços pela primeira vez. Aquele dia tão especial... que Ömer deveria ter estado presente.
Kıvılcım suspirou tristemente antes de se levantar e procurar suas roupas para se vestir. Ali não era lugar ou horário de contar a Ömer que ela estava grávida quando fora embora para os EUA e que eles tinham uma filha de cinco anos.
- Kıvılcım, espere. - Ömer se levantou. - Perdoe-me se fui invasivo. Você não precisa me contar.
- Já houve uma época que eu contava tudo a você, Ömer. Quando éramos casados. - Kıvılcım soltou amargamente enquanto vestia a saia.
- Você não precisa ir embora assim. - Ömer a segurou delicadamente pelo braço. - Eu perguntei porque me preocupo com você.
Os olhos de Kıvılcım se encheram de lágrimas. Que tipo de pessoa era ela? Como pôde manter um segredo daqueles durante tantos anos? Ela havia destruído a vida da filha e do homem que mais amou.
- Ömer, eu errei. Eu cometi um erro enorme. Eu fui egoísta. - O tom de voz de Kıvılcım saiu triste enquanto ela fitava o homem à sua frente. - Eu coloquei a minha felicidade acima da sua.
- E eu coloquei a felicidade dos outros acima da nossa. - Ele rebateu. - Kıvılcım, você é a mulher da minha vida. Não espere que eu não vá perdoá-la por qualquer erro que cometer, sendo que eu errei muito mais.
Ömer se aproximou novamente da morena, e ela conseguiu sentir seu hálito fresco diante de si novamente. Em um único movimento, encerraram a distância entre si novamente. Eram como dois polos magnéticos opostos sendo atraídos pela força de sua dualidade. Ömer sentia-se impressionado com o poder que aquela mulher exercia sobre ele, e com a rapidez que sentiu os efeitos da abstinência dela em seu corpo. Sem perder tempo, Ömer a colocou no colo e saíram apressados em direção ao quarto principal.
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Amores Paralelos
Fiksi PenggemarÖmer e Kıvılcım enfrentaram muitos obstáculos antes de seu reencontro. No entanto, uma situação do passado volta para abalar o relacionamento de ambos. O tempo cura, mas também destrói. O que será que o futuro reserva aos dois? Pós-s2b21.