seis

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Pedro, point of view
São Paulo.

Eu havia dormido há alguns dias na casa do Jão, desde então eu usava seu moletom que o mesmo tinha me emprestado para voltar pra casa, pelo estado de minhas roupas no dia da saída, quase que todos os dias, e apenas se passaram dois dias, mas ainda tinha o cheiro do mesmo.

Ok, entendi, extremamente boiola, eu entendo. Não irei argumentar sobre isso. Enfim, e também passamos a nos falar quase que toda hora, fotos dos gatos, ensaios, e até fizemos uma ligação um dia desses. Eu simplesmente tinha me apegado um pouco demais, talvez.

— Ei, Pedro! Perdido em pensamentos?! — Perguntou o dono dos meus pensamentos entrando no estúdio, sim, já teríamos mais uma aula. Eu me sentia muito renovado nessa semana de folga que tirei, apenas experimentando receitas, passando tempo com meu gato, bebendo com os amigos e falando frequentemente com João.

— Oi, Jão! Não te vi entrando! — Senti meu rosto esquentar levemente, mas logo afastei isso, indo em direção ao celular.

— Percebi! Tá tudo bem?! — O cantor diz de forma risonha, dou uma leve risada para o mesmo e assinto positivamente com a cabeça. Começando mais uma de nossas aulas.

[...]

— Aí caralho... Tô morto! — Afirma o Romania, se jogando dramaticamente no chão.

— Deixa de drama! Você 'tá indo muito bem, logo chega o dia do ensaio com a Lari, então pra quem era uma porta a poucas semanas, tá tudo bem contigo! — Respondo rindo, ele me olha com um falso desdém, mas logo sorri, fazendo seus olhos ficarem pequeninhos.

Seu rosto estava vermelho pelo recente exercício, seus cachos meio colados na testa, uma respiração desregulada e então João sorria pequeno, mostrando suas covinhas e os olhos bem fechadinhos, apenas para destruir qualquer barreira que eu tente criar.

— Vem me ajudar a levantar! — Pediu o mesmo, levantando uma mão, seguro e o puxo, mas como o bom canalha que ele é, apenas me puxa para si, fazendo meu corpo cair sobre o dele. Antes que eu possa fazer qualquer coisa, seus braços me prendem pela cintura, então apoio meus braços no chão, suspendendo levemente o peito, olhando cada detalhe de João Vitor bem de perto.

Seu canalha! — Sussurro olhando em seus olhos, que pareciam brilhar fortemente.

— Sabe que não resisto em ser pilantra. — Exclamou com um sorriso convencido, mandando uma picadinha para mim, sorri pro mesmo, deixando-me abaixar a guardar e deitar a cabeça em seu peito, escutando seu coração bater. A melhor música que já tinha escutado.

Ficamos um longo tempo dessa forma, abraçados no chão, sem ninguém para atrapalhar. Logo sinto sua mão subir para meu cabelo, começando um cafuné ali, então as minhas enroscam em seu pescoço. Era tudo tão rápido, mas parecia tão certo.

— Nossos amigos querem ir pra balada esse fim de semana, quer ir?! — Perguntou o moreno, apenas afirmei com a cabeça, só querendo o silêncio.

Sei que havíamos acabado de ensaiar, que estávamos suados e cansados, mas estar nos braços dele era maior que tudo isso. Muito maior que tudo isso.

[...]

Chego em casa, tomo um banho rápido e me jogo na cama, Quito senta em meu peito assim que deito, estava realmente mais mimado depois de um dia recebendo beijos do João. Meu celular apita e então vejo a mensagem no grupo.

 Meu celular apita e então vejo a mensagem no grupo

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ᴅᴀɴçᴀ ᴘʀᴀ ᴍɪᴍ, au pejão Onde histórias criam vida. Descubra agora