N/A.
Alerta de Gatilho: Violência. Se for sensível, não leia.
🍷
Ali jogada naquele chão deplorável encontrava-se uma figura enorme. O vestido que algum dia foi branco já não passava de trapos sujos e rasgados. Era difícil enxergar direito mas a figura estava inerte no chão; parecia morta. Laura não conseguia desviar o olhar, mas um barulho em trancas ao longe a despertou e rapidamente desligou a lanterna e afastou-se das grades para olhar melhor o local e achar um canto bem escuro para esconder-se. E foi atrás de um pilar mais afastado que ela achou seu esconderijo e prendeu a respiração.
Logo os passos foram ouvidos e se aproveitando da escuridão para se camuflar-se, Laura pode espiar, por sorte ela só vestia all black, o que a ajudava a desaparecer na escuridão. Ela virou seu rosto em direção a tocha de fogo que o homem carregava em sua mão. O mesmo carregava em sua outra mão um vasilha de metal em tamanho pequeno com algo que não dava para saber o que era. Ele então abriu a cela e colocou a vasilha no chão a certa distância da coisa ali jogada. O mesmo a observou e após minutos de tensão para Laura, o homem saiu da cela e foi até um canto onde tinha um barril, ele encheu um balde de água, e voltou com o mesmo para perto daquela coisa jogada dentro da cela.
— Está frio não é?! — Começou o homem.
Laura acompanhava a cena atentamente.
— Pena que para você vai ficar ainda mais. — Então ele jogou a água na coisa no chão, e esta apenas fez um movimento e uma corrente enorme se moveu centímetros.
O homem riu e continuou:
— Você não morre mesmo não é? Mas por um lado é bom, eu vou me divertir com você. Aliás, você está péssima então joguei uma água para ver se melhora, talvez hoje mais tarde nós possamos brincar...
Mas que diabos aquele homem estava falando e fazendo?! Laura não estava entendendo nada, mas aquelas insinuações a estavam enojando.
— Vamos se vire! — Gritou o homem.
Nada.
— Eu sei que está acordada, você nunca dorme, seu demônio! — Gritou ele.
Nada.
— Ah, vai se fazer de difícil?! Então não vai comer. — Disse o homem afastando ainda mais a vasilha. — Mais tarde espero que esteja mais receptiva. — Concluiu.
Ele saiu da cela e a trancou novamente. A passos lentos foi desaparendo, levando consigo a tocha com fogo e deixando a escuridão reinar novamente ali.
Laura precisou respirar fundo para tentar assimilar tudo que viu e ouviu na última meia hora. Ela não sabia se tinha entendido certo, mas aquele homem desprezível deu ao entender que... Não, não. Ela precisava ajudar o que é que fosse aquela coisa no chão.
Então ela muniu-se de toda sua coragem e após ouvir as trancas das masmorras sendo fechadas ela acendeu novamente sua lanterna e seguiu de volta para perto da cela. No caminho foi até o barril e constatou que se tratava de água -bastante- gelada, ou seja, aquele homem tinha ensopado aquela coisa no chão com água gelada em uma noite que iria nevar lá fora. Isso era desprezível, pensou Laura.
Com passos duvidosos a loira aproximou-se da cela e direcionou a luz para a coisa. Pelos cabelos pretos ela pode ter certeza que se tratava de uma mulher. Só que uma mulher muito alta. Não poderia ser, poderia?!
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Vermelho Carmesim - Lady Dimitrescu
Fiksi PenggemarLady Dimitrescu x Personagem original. Laura é uma jovem inquieta e que ainda não encontrou o seu lugar no Mundo. E assim como muitas mulheres, ela é quebrada por dentro, por isso não deixa que ninguém se aproxime. Ela busca por adrenalina o tempo...