JúliaRobbie chega perto de Júlia, olhando pro seu braço e perna, ainda estava com um expressão irreconhecível, não disse uma palavra pra Júlia, só a olhava com desdém.
- Por que você está olhando assim pra mim? - Pergunta Júlia ficando incomodada com os olhares torto de Robbie.
- Cale-se. - Diz Robbie com fúria.
- Vem fazer! - Desafia Júlia irritada,
Robbie mete um murro na cara de Júlia, cai no chão atordoada, ele tinha uma força impressionante, Júlia o olhou assustada.
Percebe que não deveria confiar nele, foi uma idiota ao acreditar na bondade de um vizinho, o que está fazendo ali, não podia perder tempo, tinha que ficar o mais longe possível dele, passou a mão no seu rosto, ele pegou pesado, sua Bochecha estava rígida, ardendo, sentiu gosto de sangue, era da sua boca, uma raiva subiu na hora.
- Não preciso mais de sua ajuda Robbie, eu vou embora. - Diz Júlia irritada.
Sai pelo portão, botando os cachorros pra correr, Júlia está nervosa, não pensava nada com nada, só queria ficar bem longe dele, senti uma mão tocar seu ombro, olha pra trás, pra ver quem é o dono da maldita mão, e claro, era Robbie.
- E como você vai sair daqui. - Diz Robbie apontando para os Matos, não tinha nenhum outro morador por ali.
- Vou de pé... tenho perna pra quer mesmo? - Pergunta Júlia ironicamente.
- Verdade, vai em frente, você concerteza não é a destinada. - Diz Robbie sinicamente
- Vou mesmo. - Diz Júlia infantilmente, aquele assunto de destinada a estava deixando encabulada, de novo essa palavra, Destinada.
Primeiro foi o anjo, agora é Robbie, será que é um tipo de insulto.
- Você vai correr perigo, e eu não me preocupo nenhum pouco. - Diz Robbie voltando para casa da fresca, Júlia fica injuriada, mas era verdade, alguém estava querendo a matar, mas não podia ficar perto de uma pessoa que a violentou.
Começa a andar pela estrada, o sol não está tão insuportável, conseguia ficar muito tempo assim, andava muito, e se cansava aos poucos.
Já fazia muito tempo que andava, não tinha uma hora exata, seus pés doíam, sua boca necessitava de água, naquela hora precisava de tudo.
Sua cabeça estava a mil, cadê sua mãe, nenhuma chamada perdida, ou algo avisando sobre seu paradeiro.
Ficando esse tempo sozinha, começou vasculhar seu passado, suas lembranças, a vida que tinha antes, e as desgraças que começaram fazer parte.
Era o que mais pedia agora, era ter alguém do seu lado, não gostava de ficar sozinha, e nem podia, depois que saiu do sanatório, não podia ficar um minuto só, sempre acabava em lágrimas.
A escuridão começava dá vida, grilos tomava o silêncio, o vento ameaçava, e Júlia pensou nas palavras de Robbie, Você vai correr perigo, e eu não me preocupo nenhum pouco, aquilo doeu.
Já achava que as pessoas não se importava com você, então, ela escuta uma coisas dessas, Júlia é melodramática, e isso era fato.
Era inseguro com si, mas nunca foi de demonstrar seus sentimentos, não queria ver pessoas sofrer, por seu sofrimento, desejava assim, pensar só, sentia-se só, era melhor bem mais compreensivo desse jeito.
Júlia evita vida amorosa, ou até amizade duradouras, não queria ser preza aos sentimentos, estava fora de codificação, até que não era tão ruim assim, mas as vezes, sua frieza se enfurece com si.
Já teve muitos problemas na sua vida, não estava pronta para sofrer mais, o que passou, era o suficiente, ainda precisava engolir a idéia de seu irmão e pai mortos.
A culpa, era tudo que destruía Júlia, uma menina doce, da mente esperta, essa era Júlia, mas claro, pessoas boas, são as que mais sofrem, e simplesmente, o mundo volta contra, falando que está errado, ou deveria ser desse jeito.
Amargurada, talvez sim, ou não, sua mãe casou-se de novo, outros problemas apareceram, e quanto mais sua vida andava, mais o desprezo a seguia.
Quando menos percebeu, já chorava, resmungava, falava sozinha, que foi uma mania que Júlia pegou, depois de ficar tanto tempo sozinho dentro daquele sanatório.
As pessoas iam boas, e voltavam destruídas, as pessoas acham que isolar do mundo vai resolver alguma merda, claro que não, só piora as coisas. Pensava Júlia.
Aquele pensamento a tormentava, nada era o que parecia, diziam que o branco significava a cor da paz, da calma e das coisas boas, pois Júlia traduzia em uma só palavra, Desgraça.
Tinha trauma do branco, não gostava de ficar trancada em lugares com paredes branca, podia ser qualquer cor, mas menos branco.
Uma vez, sua mãe foi levá-la para um psicólogo, quando parou na porta do consultorio, se covardou, tinha medo daquilo, Júlia não conseguia entrar, a angústia de lembrar dos seus tempos velhos amendrontou, saiu chorando, e sua mãe logo atrás tentando acalma-lá. Tudo lá era branco, e sufocante, Júlia sabia que isso era besteira, mas tem certas coisas que não tem explicações e argumentos para o sofrimento.
E esse era o caso da Júlia, dor e mais dor, como odiava ser assim, enquanto as pessoas sofrem e consegue esquecer a causa, Júlia não, magoava-se e prendia no seu "mundinho".
Depois de conseguir alto do presídio, porque era assim que Júlia apelidou, sua vida foi pra pior, quando foi tentar ser a mesma de antes, se machucou, ninguém aceitava sua presença, todos a achava louca.
Na escola não era diferente, as suas amigas foram se afastando, os pais delas não autorizavam ser suas amigas, vendo que não poderia ficar na mesma escola, foi pra outras, daí pra frente, não teve escola que suportará.
No começo todos a tratava bem, mas quando passava os dias, e descobriam sua história, acabava o sossego, mas isso era muito pouco tempo.
Júlia não tornou-se uma psicopata ou coisa parecida, apesar dos sofrimentos, sempre foi forte com sua personalidade.
Nunca seria uma bandida, ou assassina, mas era isso que as pessoas imaginam, mas não é nada disso, é pior do que isso, e uma destruidora de romantismo, até que não é tão grave assim, mas tudo tem seu preço.
A palavra que mais ouvia:
Um dia você vai sofrer com seu próprio desprezo.
Júlia não queria que isso torna-se verdade, evitou contado com meninas e garotos, assim isso nunca acontecerá. Ou Pelo menos iria evitar.
Porque Robbie bateu nela?
Será que ele é uma
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Código do Destinado
FantasíaEm uma fantasia contada em dois mundos, um deles, deseja a paz eterna, mas nem tudo é possível conquistar, o mundo da desgraça começou à existir. A paz pretendia reinar pra sempre, Já Gabriel, não gostou muito da idéia, conta-se uma lenda, de que u...