Capítulo 26, SN NOONA POV.

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Estava regando as plantas, mamãe e os meninos tinham ido ao mercado quando meu telefone tocou, Jae.
A lembrança da irmã dele tentando diminuir meus filhos povoou minha mente.

- Jaehyun?

- SN? Estou aqui na sua casa posso entrar?

- Claro, já estou indo.

Abri o portão e os olhos de Jae foram direto pro decote da minha blusa fina.

- Entre, fique à vontade .

Ele caminhou em silêncio ao meu lado até chegar no banco do jardim. Sentamos ali e olhamos pra frente, Jaehyun parecia estar procurando palavras.

- SN estou aqui porque queria te perguntar uma coisa e peço que seja sincera.

- Se for sobre o pé da sua irmã eu já falei que não foi de propósito e já me desculpei.

- Não é sobre o pé dela, e eu sei que ela insultou você.

- Não, ela não me insultou! Eu não ligo para o que as pessoas pensam sobre mim, mas nunca vou admitir que insultem meus filhos. Mesmo assim repito, não foi por querer. Se eu tivesse agido por causa de todas as barbaridades que ela disse, não era no pé dela que meu salto ia entrar.

Falei de forma mais enérgica e Jae me olhou. Seus olhos pareciam cansados, como se tivesse saído de uma batalha.

- O corte pegou três pontos e ela afirma que compreende que se excedeu, ela tem feito jejum e orado pra tentar se livrar do sentimento de ciúme que você causa. Ela gostaria de conversar com você pra se desculpar.

Olhei pra ele incrédula, eu não posso crer que estava ouvindo isso. Ele continuou :

- Ela quer se desculpar com você pra ter uma chance de voltar pra casa. Jungkook não tem falado com ela , e minha mãe e eu tememos pela saúde mental de Ha-ri. Ela sempre foi obsecada por ele, e agora está perdida.

MERDA! Mas nem fodendo que eu vou conversar com aquela maldita. Se eu não fosse da máfia, ia na polícia pegar uma ordem de restrição, isso sim!

- Olha Jaehyun, você é uma ótima pessoa e eu prezo por nossa amizade, mas não quero contato com sua irmã. Eu admiti o primeiro surto dela e até tentei entender, mas ela cruzou a linha que não devia quando falou dos meus filhos. Avise pra ela que não haverá conversa entre nós, e que ela se resolva com o marido sem me envolver.

Jaehyun tinha a cara da derrota, mas eu não podia fazer nada.

- Tudo bem! Eu já imaginava que essa seria sua resposta, mas eu precisava tentar por ela, sabe?

- Eu te compreendo e sinto muito não poder ajudar você.

Enfatizei bem a última palavra. Na verdade eu não tinha nada contra Jae, em outras circunstâncias eu teria até dado uns pegas nele, mas por alguma razão bizarra agora era como se ele estivesse fora dos limites pra mim.

- Eu preciso ir.

- Tudo bem, eu te acompanho até o portão.

Seguimos em silêncio e antes de sair, Jae se virou e me abraçou. Retribuí seu abraço e me surpreendi quando ele me beijou.

Segurei seu rosto e me soltei.

- Desculpe , eu não tava pensando.

Seu olhar perdido me comoveu, então dei um beijo na sua bochecha.

- Você precisa parar de querer resolver tudo pela sua irmã Jae, ela é uma adulta. Viva sua vida!

Ele assentiu e saiu.

Paixão perigosa. Onde histórias criam vida. Descubra agora