Capítulo 40, Jungkook POV.

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Acordei com um balde de água fria na minha cara.

Abri meus olhos devagar e olhei em volta. Eu estava amarrado numa cadeira, meu ombro seguia jorrando sangue e dois bastardos me olhavam sorrindo.

A mesa de facas estava prontinha pra mim, e o desgraçado que devia ser o chefe balançava meu celular na mão, com certeza com o localizador desligado.

- Onde está minha mulher?

Tentei olhar atrás de mim, mas era impossível. O maldito soltou uma risada alta.

- Estamos prontos?

- Estamos!

Notei que havia um cara maior de costas e quando ele se moveu deu pra ver a câmera que apontava pra mim.

- Jeon JungKook! O grande filho da puta esnobe que esbanja arrogância. Veja bem! Sua pequena esposa está a salvo em algum lugar com sua família. Por um acaso fortuito ela resolveu falar de Deus nas redondezas de sua igreja, e teve seus pertences roubados por um dos nossos trombadinhas drogados. A essa hora ela já deve estar configurando um aparelho novo.

Um alívio passou por mim por saber que ela estava bem. Ele continuou:

- Imagine a minha alegria ao conseguir desbloquear o celular e descobrir que era da sua esposa? Facilitou totalmente a nossa emboscada, e agora aqui está você. O irmão do temido capo PARK JIMIN.

Ele falou olhando pra câmera, o bastardo ia aproveitar cada minuto e depois postar o vídeo ou enviar direto pros meus irmãos. Bom! Só me restava morrer com honra.

- Caralho! Se seu monólogo faz parte da tortura, então está de parabéns! Puta que pariu, vai me matar de tédio.

Ele acenou pro soldado atrás de mim que passou a faca no meu ombro pra arrancar minha camisa. Um corte grande mas  superficial que ia me fazer sentir ardência o tempo todo. Ele repetiu o processo me cortando todas as vezes, e logo meu peito estava coberto de sangue.

- Aaaaaahhhh que delícia! Eu tava mesmo com calor.

O líder veio até mim e socou minha cara com força quatro vezes quebrando meu nariz e maxilar. Eu cuspi no chão e sorri pra ele, mas meu sorriso acabou quando ele enfiou dois dedos no buraco da bala em meu ombro. Tentei não gritar respirando fundo, e foi a coisa mais difícil que eu já fiz. Quando ele retirou os dedos meu sangue espirrou e começou a jorrar mais forte.

- Eu até pensei em costurar você , mas creio que não temos muito tempo antes do seu irmão nos localizar. Então vamos torcer pra você ainda estar vivo quando eu for arrancar seu touro.

Ele se voltou pra mim com um alicate.

MERDA!

Bem devagar, e curtindo cada segundo ele encostou o alicate na minha unha e puxou. Eu respirei fundo trincando os dentes e olhando em seus olhos.

- Você pode até me matar, mas meus irmãos vão acabar com vocês depois.

Ele sorriu e arrancou mais uma unha, e dessa vez eu não consegui ficar calado. Sem perder mais tempo ele me arrancou outra unha e foi quando ouvimos o barulho do tiro.

Os três ficaram em alerta, e eu relaxei na cadeira, meus irmãos chegaram.

Os três se olhavam e tenho a impressão que estavam decidindo se me matavam logo de uma vez ou não.  Um deles que olhava pelas brexas viu apenas um vulto:

- É uma mulher!

- Vá pega-la!

Meu pensamento estava em turbilhão.

Paixão perigosa. Onde histórias criam vida. Descubra agora