Capítulo 39, SN NOONA POV.

249 28 9
                                    

Eram mais ou menos onze da noite e minha mãe e eu estávamos ainda na sala. Nos dias que Seung saía pra missões nós dormíamos pouco.
Taemin estava em seu quarto, se não estivesse jogando já devia estar dormindo.

Minha mãe zapeava os canais da televisão claramente sem paciência pra programa algum. Eu olhava pros meus dois celulares com os rastreadores quando o sinal do celular de Seung sumiu. Meu coração começou a bater desesperadamente enquanto acompanhava somente o sinal da jaqueta.

- Mãe , algo aconteceu!

Confirmando minhas suspeitas, meu telefone tocou e era Jina. Eu não podia atender, precisava continuar vendo onde meu filho ia. Ela então ligou pra minha mãe que colocou no viva voz , e nós ouvimos as palavras que tiraram meu chão.

- A equipe de Jungkook sofreu uma emboscada. Eles estão indo pro local onde receberam a localização.

- Oh Meu Deus! Obrigada por nos avisar Jina.

- Pegue Taemin e Maria e venham pra cá .

- Acho que não é prudente que a gente saia de casa agora.

Minha mãe me olhava já sabendo o que estava por vir:

- Sim, minha filha. Está tarde e as ruas são perigosas. Estaremos mais seguros, evitando perambular por aí .

Minha mãe falou pra Jina e eu assenti, então nos despedimos dela que prometeu manter contato.

Loguei tudo no notebook e comecei a ver o curso que Seung estava tomando. Ele parou em algum lugar e o sinal ficou confuso por um momento. Em seguida, ele começou a se deslocar novamente na direção Oeste do parque. E depois o sinal começou a andar mais rápido, saindo de lá, eles foram resgatados ? Apertei a mão da minha mãe com força e mais uma vez Jina ligou.

- Jungkook, Seung e outro soldado sumiram. Hoseok falou que estão vasculhando a área. Amiga, não sei como te dizer isso.

Minha mãe apertou minha mão mais forte.

- Apenas fale!

- É possível que eles estejam no território da Bratva nesse momento.

- Me passe o telefone de Hoseok por favor.

- Amiga...

- Jina, eu sei onde Seung tá.

Ela me enviou o número e eu mandei uma mensagem com todas as coordenadas. Avisei que Seung estava em movimento saindo do parque.
Mandei fotos da localização atual e não falei mais nada.

- Mãe, eu preciso arriscar.

- Eu sei! Venha!

Ela pegou minha mão e me levou até seu quarto. Eu dei o maior quarto da casa pra ela, porque ela tinha suas manias e hobies que necessitavam de espaço.

Fomos até o closed e pegamos algumas agulhas com óleo de cerol* que produzimos desde que fizemos o treinamento em casa. Foi idéia da minha mãe , e não contamos nem pros meninos.

- Tire a roupa toda.

Eu tirei, ficando só de calcinha.

Minha mãe me lambuzou com creme e em seguida colocamos dois frascos de um veneno que ela produziu colados com fita perto do meu peito.

Era de fácil acesso, e eu podia abri-lo rapidamente numa situação que estivesse indefesa. O creme me ajudaria a deslizar o potinho.
Se ele abrisse, não teria problema desde que não passasse na minha corrente sanguínea.

Esse seria meu plano B.

Corremos pro meu quarto, e eu vesti uma calça jeans, uma blusa solta que não marcasse os vidros e um casaco onde escondi as seringas com cerol.

Paixão perigosa. Onde histórias criam vida. Descubra agora