Capítulo 29, Jungkook POV.

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- Bom dia querido.

- Bom dia Kitty.

- Você chegou tarde ontem, tentei te esperar mas não consegui.

- A Bratva tem nos dado dor de cabeça. Perdi um dos meus homens ontem.

- Você acha que eles vão investir em muitas emboscadas?

- É o padrão deles. Mas nós temos nossos próprios padrões pra mostrar que Daegu é nossa.

Ela se encolheu um pouco, o medo em seus olhos.

- Você estará sempre segura Kitty.

- Mas e você?

Levantei uma sobrancelha pra ela e a fiz sorrir.

- Tenho que ir, o dever me chama.

- Amanhã é o aniversário do menino Lee não é?

Parei um instante e antes de me virar, então ouvi o som do seu riso.

- Calma! Não vou dizer que não quero que você vá, pelo fato de eu não ser convidada.

- Fale com sinceridade, isso é uma questão pra você?

- Poderia ser se ela não estivesse apaixonada por Rowoon, e dormindo com tantos caibam na cama dela.

Eu tive que controlar muito a minha expressão, foi um desafio hercúleo.

- Então finalmente você desencanou sobre a viúva Lee?

- Sim! Não sei porque ela trai Rowoon, e nem quero saber. Mas eu já entendi que criei a situação envolvendo vocês. E também entendi que mulheres como ela sempre terminarão sozinhas, pois não querem ninguém de fato.

- Então você não se importa que ela não tenha te perdoado?

O olhar soberbo e superior de Ha-ri estava de volta, era uma das coisas que eu não suportava na minha mulher. Ela se achava melhor que os "pecadores", mas mantive minha expressão neutra pro caso de ser uma armadilha.

- Eu fiz a minha parte como cristã, ela que lide com seus rancores agora. Eu estou em paz com meu Deus, e ainda ganhei a ausência da possibilidade de ter que suportar ela na minha família, caso se envolvesse mais com meu irmão. Seria um escândalo que nós não precisamos.

- O que exatamente seria um escândalo pra vocês Kitty?

Falei sorrindo, mas por dentro eu queria queimar o mundo.

- Você sabe! As pessoas falam, e o nome da viúva está na boca de todo mundo por esse estilo de vida mundano que ela escolheu. Só lamento pelas pobres crianças, que precisam passar vergonha de saber que a mãe não controla suas partes femininas. E eu sei que isso acontece por onde eles passam.

- Não seja uma dessas pessoas que falam também Kitty. A viúva Lee é leal a Jimin e amiga das suas cunhadas , não se meta em enrascada junto com as demais mulheres fofoqueiras.

- Eu nunca falo dela, apenas com você. Pra ser sincera eu tenho orado pra Deus salvar aquela alma perdida. Que tipo de mulher vai pra um restaurante sem calcinha? Pelo amor de Deus.

- O tipo que não é da nossa conta. Venha, vamos tomar café.

Espero que ela tenha ouvido o aviso na minha última fala, So- Hee simplesmente adorava SN e não faria nenhuma cerimônia pra calar a boca de Ha-ri, assim como Jimin que já demonstrava que o jeito da família Lee o agradava.
Maldita igreja maluca! Transformou minha mulher numa fanática.

Descemos de mãos dadas e em silêncio, e tomamos nosso café sem nenhum problema. Depois nos despedimos e fui cuidar das minhas atribuições.

Enquanto eu passava pelo tráfego sem olhar diretamente para lugar nenhum, lembrei que aquele era o bairro da escola dos meninos.
Olhei meu relógio, já era tarde, essa seria provavelmente a hora da saída. Algo me veio à mente : bullying geralmente acontece na saída da escola, onde você pode ridicularizar alguém na frente de muitas pessoas.

Paixão perigosa. Onde histórias criam vida. Descubra agora