Capítulo 23, SN NOONA POV.

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Acordei num rompante, meu peito arfando. O pesadelo foi tão real que eu ainda estava chorando.
Em meu cérebro estava gravado os gritos de dor dos meus filhos, enquanto o pai os dilacerava com a maldita corda dentro da gaiola. Eu não consegui chegar a tempo, e não conseguia abrir pra salvá-los.

Me abracei tentando me acalmar, e não consegui. Uma nova leva de lágrimas me tirou o fôlego, a ansiedade por saber que meu filho estaria naquela gaiola com um garoto maior, e que definitivamente não gostava dele.

E se o sonho for um aviso? E se ele estiver tramando algo traiçoeiro contra Seung? E se não der tempo dele se defender ou alguém chegar?

Levantei da cama e segui pro quarto de Seung, estava vazio. Desci apressada e o encontrei na sala sentado na poltrona. Quando me viu ele correu até mim olhando pra todos os lados.

- Mãe, o que houve? Você está machucada?

- Não amor, eu tive um pesadelo. Sonhei que não podia salvar vocês .

As lágrimas desciam mais uma vez sem parar. Com uma calma invejável, meu filho de 13 anos me conduziu até o sofá e se retirou pra cozinha. Voltou rapidamente com a nossa famosa garapa.

- Toma mãe! Tente se acalmar e me conte seu pesadelo.

Eu não queria. Até lembrar como eu fui impotente me doía.

- Seung, você tem certeza que vai ser seguro lutar? Você sabe que as pessoas nos julgam inferiores, principalmente os subchefes. Esse que você vai enfrentar, seu pai estava abaixo do pai dele. E se ele for traiçoeiro, e se estiverem planejando uma armadilha contra você e se...

- Mãe, mãe, olhe pra mim!

O rosto sempre calmo de Seung me trouxe de volta ao meu eixo. Quando ele percebeu que eu estava ouvindo, segurou minha mão e beijou.

- Eu tenho estudado as lutas do Capo, seus irmãos e do capitão Hoseok a muitos anos. O que o Hyung me ensinou apenas agregou ao que já sei, qualquer golpe que eles estejam planejando , SE, estiverem planejando, eu tenho todas as técnicas pra desativar. Mãe você está me ouvindo?

- Quebre o pescoço dele ao menor sinal de perigo! Eu me viro com o que vier depois.

Seung abriu o sorriso sinistro que poucas vezes mostrava pra nós.

- Se eu tiver que matar aquele filho da puta não vai ser tão fácil assim pra ele mãe. E não é uma luta de morte, matar seria traição.

- E se ele não pensar assim?

- Ele não vai! Todo mundo se borra de medo do Capo e seus irmãos. No máximo ele vai se esforçar pra quebrar alguns dos meus ossos.

- Então quebre muito mais ossos dele!

Falei alto e com determinação. Seung me abraçou.

- Eu vou! Mãe, tem certeza que você quer ir assistir?

Limpei meu rosto e tentei parecer forte.

- Mas é claro! Quando você vencer, alguém tem que tá lá gritando : "chupa desgraçados, esse é meu filho".

Ele sorriu de forma leve, sabendo que eu jamais faria isso. Seung subiu pra preparar suas coisas depois que viu que me acalmei. Ele precisava estar mais cedo no local, eu ia perto da hora da luta com Jaehyun e Taemin.

Fui pro jardim respirar ar fresco e vi quando a moto dele parou.

MERDA!

Não dava pra entrar porque ele já me viu, e não tinha como disfarçar minha cara inchada.

Paixão perigosa. Onde histórias criam vida. Descubra agora