Capítulo 4 , Jungkook POV.

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Uma semana se passou e Ha-ri não me procurou para "conversar".
Ela se arrumou, me deu um beijo e saiu. Ia pra casa da mãe e de lá iam para a igreja, era uma daquelas semanas de festa.

Eu tinha que pegar Seung em casa hoje mas ainda era cedo.

Segui o cheiro de café e me servi uma xícara.

- Bolinhos?

Kiara sorriu para mim.
Peguei um, estava delicioso.

- Onde está todo mundo?

- Crianças na escola, Yoon na piscina,
Jimin e So voltaram para o quarto quando deixaram todos na escola.
E Ha-ri você deve saber.

- Sim. Igreja e igreja. Ah! Igreja.

Ela me olhava especulativa, como era irritante que fazendo isso parecia com Yoon.

- Diga o que tem pra dizer.

Revirei os olhos pra minha cunhada preferida.

- Você acha que irão superar essa crise?

- Se depender de mim me tornando um hipócrita, como os demais homens da máfia tementes a Deus. Não.

- Você não gostaria de tentar por ela?

- Do que adianta se eu não estiver sendo sincero? Ela pode continuar seguindo a fé que quiser. E eu sigo a minha.

- E qual é ela?

- Tenho fé nos meus irmãos, na nossa família, nas minhas armas e na minha beleza.

Kiara sorriu sempre amável .

- Espero que seja suficiente para manter o casamento de vocês uma vez que não tem filhos. Quando começa o treinamento do menino Lee?

A mudança drástica de assunto me pegou desprevenido.

- Tente não pegar muito pesado com ele. Pense como se ele fosse um de seus sobrinhos.

Eu  ergui uma sobrancelha, eu trato os meus sobrinhos como as pestes que eles são. Exceto a bonequinha que eu trato como a princesa que ela é. 

- Ok! Trate o menino com educação . Ele já sofreu muito.

- Eu não vou torturar a criança, a mãe dele com certeza me mataria.

- Devo me preocupar com esse sorriso em seu rosto, quando falou na Senhora Lee?

- Ok! Minha deixa pra ir embora.

Me levantei sob o olhar de Kiara.

- Não faça nada que trará um arrependimento grande Jungkook.

Acenei pra ela e segui.

Liguei para a casa dos Lee no caminho e quando eu cheguei Seung me esperava e abriu o portão, nem sinal da SN.

- Bom dia Hyung.

- Um lutador solitário hoje?

Perguntei enquanto ele sentava no banco e passava o cinto.

- Pedi pra minha mãe me deixar esperar sozinho, quero provar meu valor. Mas aposto que ela está escondida em algum lugar me vigiando pelas janelas.

O menino falou sem nenhum resquício de constrangimento , ao contrário sua voz mostrava respeito. E eu tentei ignorar a pontada de desapontamento por não tê-la visto.
Eu estou indo por um caminho perigoso.

- E seu irmão?

Perguntei antes que meu humor fosse afetado.

- Ele ficou chateado por não poder vir, mas mamãe e eu o convencemos que precisava estudar.

Paixão perigosa. Onde histórias criam vida. Descubra agora