Capítulo 36, Jungkook POV.

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Dois meses se passaram , Noona e eu mal nos vimos ou nos falamos.
Eu ainda a via de vez em quando, ou ouvia sobre ela quando se encontrava com as minhas cunhadas.

Ha-ri ficou mais presente em casa, e aos poucos a nossa rotina meio que voltou como antes.

Era uma tarde de sábado, quando decidimos levar as meninas pra treinar na academia, apenas Jina não pôde ir porque estava na casa da mãe drogada, e quem estava lá com ela? SN! Enquanto isso, Aurora ficava com a sua nova "vovó por escolha".

" Você acha que em algum momento as coisas entre Jina e eu voltarão ao normal?"

Ha-ri me disse no caminho até a academia, ao que eu respondi:

" Claro Kitty, Jina é da família. E você sabe que ela tem sempre que cuidar da mãe."

" É que ela nunca me chamou pra ir lá , acho que eu devia ter me oferecido como cristã né?"

" Você já faz muito como cristã, deixe isso pra lá."

Ela encerrou o assunto e ficou pensativa o resto do caminho até a academia e eu fiquei grato por isso.

Quando chegamos lá, Seung socava um saco de areia com a violência de sempre, e no outro ring o filho de Kim Hyunjae se aquecia.

Os dois olharam para nós e se curvaram respeitosamente.
Fui até Seung enquanto Ha-ri ia se aquecer com as minhas cunhadas.

- Não sabia que você vinha hoje gafanhoto! Porque não aproveitou seu dia de folga?

Seung estava trabalhando ativamente como soldado, e sei que chegou da missão quase de manhã .

- Ontem o Kim me chamou pra treinarmos juntos, não quis dispensar a oferta. Creio que seja uma trégua .

Olhei pro garoto no ring e desconfiei das suas intenções. Mas Seung era um homem feito, e sabia se defender muito bem. Ha-ri veio até nós, e visivelmente deixou Seung desconfortável.

- Senhora Jeon.

Ele falou e se curvou de forma respeitosa.

- Olá Seung! Como está sua mãe?

- Muito bem, obrigado!

- Será que ela gostaria de voltar aos treinos? Seria um prazer recebê-la de uma maneira mais adequada.

Seung olhou pra minha esposa , e sua máscara de cordialidade era sinistra.

- Obrigado pela oferta senhora Jeon, mas minha mãe contratou um personal, ela prefere treinar sozinha.

Não havia resquício da raiva que ele estava disfarçando, se eu não o conhecesse tão bem acharia que tinha perdoado minha mulher. Mas isso não era algo que aconteceria , pois Lee Seung jamais perdoaria qualquer pessoa que machucasse sua mãe.

Quando SN e eu decidimos parar de transar, ele mudou comigo visivelmente, e até Taemin voltou a me tratar somente com cordialidade , pois Seung e a mãe explicaram que eu precisaria dar um tempo da casa deles porque minha mulher voltou.

Os dois só voltaram ao normal quando viram a mãe interagir de boa comigo no dia que nos cruzamos no centro.
Era óbvio que eles me culpavam pelos dias cabisbaixos que a mãe deve ter tido, e eu não posso tirar a razão de nenhum. Naquela família qualquer um que causasse mal estar em algum dos membros, automaticamente virava um inimigo, um impostor. Nisso eles pareciam conosco lá de casa. Eu pensava isso tudo olhando pro garoto em minha frente, que também me olhava de forma profunda .

Resolvi mudar minha postura antes de ir longe demais.

- Um aquecimento de socos, gafanhoto?

- Será um prazer !

Paixão perigosa. Onde histórias criam vida. Descubra agora