justificativa?

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Andrew Williams

Cheguei em casa com a cabeça explodindo. Joguei as chaves no hack e fiquei na varanda. Wanessa já estava dormindo, ficou preocupada com a filha mas acabou dormindo. Já eram quase três e meia da manhã e eu ainda não havia dormido.

Eu não consigo parar de pensar naquela garota e também na besteira que eu fiz. Eu não queria pedir a mãe dela em casamento, se não fosse por esse maldito contrato. Cada vez mais me torno um homem frio, mas porque palavras já perderam sentidos para mim. Nessa varanda, exposta para o céu, eu me pergunto a Deus o porquê ele está tirando pedaços de mim. Quando de repente sinto falta da minha mãe, dos cuidados dela, da voz doce. E essa saudade se torna rapidamente em raiva, raiva e injustiça. O assassino do meu pai tirou a única pessoa que se importava comigo. Para que existe laços sanguíneos? O que seria uma família? Mesmo aquele desgraçado morto me fazia sofrer, ainda continuava arrancando meus pedaços. Por causa dele e da sua ambição miserável esse contrato inferniza minha vida.

Eu não quero perder aquela garota. Eu não menti quando disse que a amava, e sinto isso pelo o medo de perde-la. A segunda mulher que eu amo e que pelo meu orgulho não quero deixa-la ir. Talvez não por orgulho, mas pela minha necessidade de sentir o que é amor de novo.

O dia amanheceu, eu estava exausto. Entrei em casa e fechei a porta da varanda. Tomei um pouco de café para me manter acordado até a noite.

Wanessa ainda não havia acordado, mas Ruth já trabalhava na cozinha. Dessa vez ela chegou cedo e eu sabia para o que exatamente.

— Fico feliz que tenha tomado a decisão correta, Andrew Williams. — ela falou com um certo tom de autoridade na voz.

Assenti sem graça alguma, enquanto organizava algumas aulas.

— Não perca seu tempo me infernizando, Ruth. Eu fiz isso pela minha empresa, mas logo, logo, irei me separar e farei o que quiser da minha vida mesmo quebrando esse contrato. Não irei me importar de matar minha própria irmã, por causa de você e do seu ex amante.

Zayla Carter

Acordei sentindo meus olhos pesarem e meu nariz entupido, sim, eu havia ficado resfriada. Merda! Odiava todos os dias quando eu era pequena e ficava gripada, tentando respirar por uma narina entupida e ter que respirar pela boca. Minha cabeça explodia e parecia que eu havia tomado garrafas de uísque ou vinho, uma ressaca infernal. Me levantei da cama confortável e fui ao banheiro. Me encarei por segundos no espelho, eu estava com o semblante diferente. Sem vida. Os olhos inchados, estava pálida como um papel.

Era cedo demais, ainda de manhãzinha. Ouvi a voz de Emma cantarolando lá fora.

— Emma. — falei sem graça. — Bom dia.

— Bom dia, Zayla. — gargalhou. — Você precisava ver como estava dormindo, parecia um trator roncando.

Fiz cara de sem graça, que horror.

— Sério? — perguntei me sentado à mesa.

— Sim. Zayla, a sua mãe ligou para mim diversas vezes, não sei como ela tem meu número, mas me ligou.

Assenti, tomando uma xícara de chá quente.

— Irei tomar esse chá e voltarei para casa. Aliás, muito obrigada pela hospedagem e por tudo. Eu não sei o que eu faria se você não existisse.

Amor de Padrasto Onde histórias criam vida. Descubra agora