incêndio na casa do fotógrafo

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Final de semana, dia chuvoso e frio extremo.

Foi assim que amanheceu Forks.
Eu despertei toda preguiçosa da cama e calcei minha pantufa de banda. Depois tomei uma ducha quente, é claro, e escovei os dentes. Minha mãe se encontrava à mesa, comendo cookies e mexendo no seu notebook enquanto come sua refeição. Eu ri da situação. Ela sempre vive trabalhando.

Peguei uma xícara e pus café amargo com leite, depois sentei-me ao lado da minha mãe, me encorajando para pedir sua permissão sobre o passeio.

— Bom dia, mãezinha. — dei-lhe um beijo na testa e ela sorriu.

— Bom dia. Dormiu bem?

— Tranquilamente. Mãe, eu queria falar uma coisa com a senhora.

Ela  franziu o cenho estranhando, mas logo me pediu para prosseguir.
— Eu também tenho uma coisa para te falar, Zayla. Eu queria que você pudesse entender.

— Tudo bem, pode falar. — tentei transparecer compreensível.

— Filha, há alguns dias atrás eu conheci um rapaz numa festa, e aí, a gente está se conhecendo. Tem problema para você?

Eu sorri aliviada e a abracei.
— Não, mãe. Claro que não. Sério, eu estou muito feliz que a senhora finalmente tocou a sua vida.

— Oh, pequena Zayla! — olhou-me apaixonada. — Fico tão grata a Deus pela sua compreensão. Desde pequena sempre tão compreensível. É muito importante pra mim, saber o que você acha.

—  A senhora tem meu apoio, mãe. Mas me fala, quando vou conhecer ele? — levei a xícara à boca, saboreando meu café.

— Estou pensando em fazer um jantar na próxima semana, o que acha?

— Acho que seria uma boa ideia, não é?

— Sim, mas me fala o que você queria falar, se não vai acabar esquecendo.

Respirei fundo e pus algumas mechas do meu cabelo atrás da orelha.
—É sobre um rolê.

Me olhou passiva. Então me senti em liberdade para continuar.
— A minha turma do colégio vai à uma galeria de um fotógrafo, e Emma me convidou.

-— Não conheço essa Emma. — dei uma risada sem graça da sua preocupação. — Mas tudo bem, pode ir. Tome cuidado e volte cedo.

— Obrigada mãezinha. — Dei um selinho em sua bochecha.

[...]

Naquela manhã, eu estudei o máximo que pude, tomei banho e hidratei meu cabelo.

Abri meu guarda roupa, e peguei uma blusa branca e uma jaqueta, depois vesti uma calça jeans escura e calcei um sapato branco.

Soltei meu cabelo, e o penteie. Sem maquiagem forte, apenas passei um pouco de blush e rímel. Peguei uma bolsa modéstia de cor prata, e calcei um tênis simples.

— Estou indo, mãe. — gritei para que ela pudesse ouvir. Não ouvi nenhuma resposta, provavelmente a porta do seu quarto está fechada, então tranquei a porta e pedi um Uber que logo chegou.

Me surpreendi ao ver uma mansão meio exótica, de estrutura antiga e paredes com as tintas desgastadas. Ouvir melodias de piano, e pessoas circulando com taças de vinho na mão, outras tirando self. Andei uns quinze passos à frente, e pude ver excelentíssimos quadros de artes. Encantetei-me.
Artes espetaculares e apaixonantes.
Eu pude perceber que eu estava de boca aberta, admirando tudo. Assustei-me ao sentir uma mão tocar em meu ombro, logo me virei depressa.

Amor de Padrasto Onde histórias criam vida. Descubra agora