XI. E se?

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Cheguei com mais um capítulo, hoje um pouquinho mais cedo que o normal, mas pra dizer à vocês que: sim, o noivado está muuuuuito perto e as emoções já começam agora! Música de hoje Lay All Your Love On Me - ABBA, no momento indicado. (Link da playlist no meu Twitter @_gabtt_).

Me chamem na dm para feedbacks ou comentem aqui nos capítulos, please! Espero que gostem.

Boa leitura, mores!

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Envolvidas pela tranquilidade do momento, Simone e Soraya entregaram-se ao calor reconfortante de seus corpos entrelaçados, perdendo-se na sensação de proximidade e conexão que compartilhavam. Sob a luz suave do quarto, elas se entregaram ao silêncio reconfortante, permitindo-se apenas existir no momento presente, juntas, como se o mundo exterior não importasse.

— Preciso voltar, você está bem? — Soraya perguntou após alguns minutos de silêncio.

— Eu estou, só queria que você pudesse ficar... — Simone murmurou, sua confissão revelava um anseio profundo que ia além daquela simples noite.

Soraya sentiu seu coração se apertar ao ouvir as palavras de Simone. Ela entendia o que estava por trás daquelas palavras, uma busca por conexão e companhia em meio à solidão que muitas vezes as envolvia. Soraya desejou poder oferecer mais do que apenas algumas horas de conforto, mas sabia que não podia, tampouco podia querer também.

— Ainda estarei aqui quando o sol iluminar o céu, libanesa, mas não podemos correr o risco de sermos descobertas. — Soraya ponderou, sua voz carregava uma preocupação enquanto escondia habilmente a verdadeira razão por trás da sua partida iminente: o medo de que sentimentos indesejados se manifestassem além do controle.

— Tudo bem... — Simone sussurrou e, no mesmo momento, Soraya depositou sobre seus lábios um beijo.

A felicidade de Simone era tão genuína que um sorriso involuntário apareceu em seus lábios enquanto ainda beijava Soraya, fazendo a loira também rir.

A estrangeira levantou-se, vestiu apenas suas roupas íntimas, pegando as demais peças que estavam repletas de tinta, e saiu em direção ao seu quarto, tentando fazer o mínimo barulho possível.

— Olá, querida! — Felipe disse, enquanto tragava um cigarro, sentado na borda da cama.

— Oi, meu bem, insônia? — Soraya disfarçou perfeitamente o susto. Como sempre, fria e calculista.

— Na verdade, sono demais e não sei o porquê... Enfim, qual é a sua? — Felipe disse, sério.

— Estava com Simone. — Soraya disse, simplesmente.

— Entendi... Pressuponho que... — Felipe dizia quando Soraya o interrompeu.

— Shh. Não pressuponha nada. Eu preciso dessa aproximação com ela para um plano. — Soraya disse e sentou-se no colo de Felipe, de frente para ele. Tirou o cigarro dos dedos do homem e levou até sua própria boca. — Vem, vamos dormir!

Dito isso, ela colocou o cigarro no cinzeiro e foi para o banheiro escovar os dentes, antes de juntar-se à Felipe na cama para dormir.

[...]

O sol começava a despontar timidamente no horizonte, tingindo o céu de tonalidades suaves de rosa e laranja. Enquanto isso, a rotina na mansão Nassar começava a se movimentar lentamente, com os funcionários preparando o café da manhã e organizando os afazeres do dia.

No quarto de Felipe e Soraya, o casal ainda dormia, abraçado em um sono tranquilo que parecia resistir aos primeiros raios de luz. No entanto, a movimentação na casa logo os despertaria.

As fronteiras que nos unemOnde histórias criam vida. Descubra agora