Cheguei com mais um e, por favor, não me crucifiquem, vocês sabem que eu adoro um draminha, mas eu prometo dias de glória. Nesse e nos próximos capítulos vocês entenderão um pouco mais da estrangeira e porquê ela age como age, mas vamos com calma... Pro capítulo de hoje temos a música I Found - Amber Run (link da playlist no Twitter @_gabtt_).
Boa leitura, amores!
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[Dias atuais]
Na fatídica noite, ninguém conseguiu fechar os olhos. Todos buscavam desesperadamente uma resposta, um nome, uma pista, qualquer coisa que pudesse explicar o que aconteceu. Said tentava acalmar sua mãe com um chá reconfortante, enquanto Rami e seus homens investigavam freneticamente em busca de qualquer vestígio. No entanto, Simone parecia estar em estado de choque diante dos acontecimentos.
Enquanto as batidas do coração de Soraya começavam a se acalmar após a adrenalina, sua mente mergulhava em um caos interno. Ela avistou Simone sentada em um canto afastado da sala, no degrau da escada, e sentiu um impulso de se aproximar, mas seus pés pareciam enraizados no chão. Sua mente ecoava pensamentos cruéis, acusando-a de indignidade e falta de mérito para estar ao lado de Simone. Uma lágrima solitária escorreu pelo seu rosto, enquanto ela reconhecia a verdade: não merecia qualquer afeto ou a presença de Simone. Era injusto continuar machucando-a com seus jogos e manipulações. Deixaria Simone em paz, era o certo a se fazer, antes que tudo piorasse.
No dia seguinte, o sol nasceu, mas trouxe consigo uma aura sombria que pairava sobre todos na casa. Soraya acordou com um peso no peito, sabendo que o dia traria mais desafios emocionais. Ela se levantou da cama com um nó na garganta, relembrando as palavras cruéis que ecoavam em sua mente na noite anterior. A ideia de se afastar de Simone, mesmo que fosse para protegê-la, a corroía por dentro.
Ao descer as escadas, Soraya avistou Simone na sala, ainda perdida em seus próprios pensamentos. O coração de Soraya se apertou ao ver a expressão abatida no rosto da mulher.
— Oi, você pode conversar? — Simone perguntou olhando para um ponto fixo da parede.
— S-sim. — Soraya respondeu.
— Por que você ficou estranha depois de ontem? Quero dizer, todo mundo está estranho, óbvio, mas você ficou estranha especificamente comigo. — Simone questionou, sendo completamente direta.
— A gente pode conversar em um lugar mais reservado? — Soraya disse, pois alguém poderia chegar ali a qualquer momento.
Simone assentiu e as duas saíram para a parte externa da casa, sentando-se nos puffs que ali haviam.
— Eu não queria encher sua cabeça com essas coisas no meio dessa confusão, realmente não é justo que você esteja passando por tanta coisa e ainda tenha que lidar com... nós. — Soraya disse, evitando o contato visual com Simone. Não queria tornar a situação mais difícil do que já era.
— Eu preciso saber, Soraya, eu preciso de coisas esclarecidas, acho que já chega de coisas confusas pra mim. — Simone disse e Soraya quis com todas as suas forças lhe abraçar.
— Não podemos continuar isso, Simone. Sei que talvez eu esteja sendo irresponsável com você e você tem todo direito de me odiar, mas não podemos. Infelizmente isso aqui tem prazo de validade, eu vou voltar pro Brasil, pra minha vida, você agora é noiva, eu sou casada. Me desculpa por te meter nessa confusão. Me desculpa mesmo! — A cada palavra que pronunciava sentia como se uma espada estivesse sendo enfiada em seu coração.
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As fronteiras que nos unem
FanfictionEm um intrigante enredo que transcende fronteiras, Simone Nassar, uma estudante de Artes Plásticas libanesa, aprisionada pelos costumes de sua família, tem seu caminho cruzado com Soraya Thronicke, uma golpista habilidosa, que busca no Líbano a opor...