XIII. Por trás do golpe

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Sei que a atualização devia ser ontem, mas excepcionalmente essa semana precisei adiar por um dia.

Esse capítulo é um compilado de cenas de capítulos anteriores, onde vocês vão descobrir e entender o planejamento por trás do golpe da estrangeira. São cenas que estavam ocultas nos outros capítulos, mas que vão fazer sentido dada a cronologia e o contexto dos acontecimentos. Mas não achem que isso é tudo, pelo contrário, como admiradora de dramas, mistérios e emoções, muito mais vem por aí.

Música de hoje é Erva Venenosa - Rita Lee e You Don't Own Me - SAYGRACE. (Link da playlist no Twitter @_gabtt_)

Boa leitura, mores!

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[Algumas semanas atrás, no Brasil]

— Gabi? — Soraya disse quando a ligação foi atendida.

— Acabamos de nos ver e já está com saudades? — Gabi respondeu.

— Bem que você gostaria. — Soraya disse rindo. — Preciso que você venha aqui na minha casa o mais rápido possível.

— Ok, estou saindo da empresa e já vou direto pra aí. Prepara algo pra comer ou eu vou desmaiar de fome. — Gabi disse e desligou a ligação.

Soraya fechou a tela do notebook que estava a sua frente e foi para a cozinha preparar alguns lanches. Aproveitaria o tempo em que Felipe estava fora para conversar com a amiga, uma conversa que, certamente, mudaria por completo o rumo de suas vidas.

Algum tempo se passou e o barulho da campainha ecoou pelo ambiente. Soraya rapidamente dirigiu-se à porta para receber Gabi.

— E aí, o que é tão urgente? — Gabi disse entrando na casa e indo direto para a cozinha.

— Eu tenho uma ideia completamente foda, mas, na mesma medida, perigosa. E eu preciso da sua ajuda. — Soraya disse, sentando-se de frente para a amiga.

— Continue! — Gabi instruiu.

— Eu estive pesquisando um pouco sobre o homem que vai nos hospedar na casa dele, o mesmo que faz negócios com o Felipe e descobri coisas que... — Soraya começou. — Ele tem uma fábrica e loja de tapetes e vende esses tapetes para grande parte dos países do Oriente Médio, é uma grana alta que ele ganha, mas não é sua maior fonte de renda, obviamente. Ele é um intermediário entre o Felipe e grupos criminosos, comprando e vendendo armas, nada amador, muito experiente. Possui uma fortuna que vai estar ao alcance das minhas mãos.

— Ok, calma lá! Você não tá achando uma boa ideia mexer com esse tipo de gente, não é, Soraya? — Gabi interrompeu a amiga.

— Estou. — Soraya disse.

— Ah, é? De onde você tira essas ideias, hein? Como é que você vai fazer isso? — Gabi questionou.

— Vem, vou te explicar. — Soraya disse e ambas voltaram para a sala de estar, onde Soraya novamente abriu o laptop. — Olha só! — Ela apontou para a página aberta. — Essa é a história de uma joia muito valiosa que está presente na família deles há várias gerações, é um anel que é usado pelas mulheres da família quando se tornam noivas, possui uma inscrição que é mantida até hoje em sigilo, apenas a noiva recita para o noivo no dia do noivado. E, bom, veja só, por uma linda obra do destino, a filha do tal Rami vai noivar bem quando estaremos lá.

— E você quer roubar o anel? — Gabi perguntou, incrédula.

— No way, o anel é perigoso demais, quase como um pedido para ser pega. A ideia é usar do anel pra conseguir algo muito maior: a própria grana. — Soraya disse.

As fronteiras que nos unemOnde histórias criam vida. Descubra agora