Promessa é dívida e eu trouxe atualização pra vocês. Por aqui vou me adaptando a tudo que aconteceu e ao fim de semestre da faculdade que tá me matando sem piedade, mas prometo atualizar a fic na medida do possível.
A música de hoje é Black To Black - Amy Winehouse, podem dar play desde o início do capítulo. (Playlist no spotify)
No mais, boa leitura e até a próxima.
☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆
Era um território desconhecido para Soraya, mas também era o mais autêntico que já havia experimentado. E, apesar de todas as incertezas e perigos que acompanhavam esse amor, ela não conseguia se arrepender. Afinal, o amor verdadeiro muitas vezes se revela nos momentos mais inesperados e desafiadores. E sabe-se que nada faz os olhos de Soraya brilharem mais intensamente do que um grande desafio.
Dois dias depois, Soraya entrou no avião com um ar de determinação. A tensão no ar era palpável, mas ela manteve a compostura, lembrando a si mesma do papel que precisava desempenhar. Quando o avião tocou o solo no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, ela tomou um fôlego profundo.
A sensação era de que estava voltando para o Brasil depois de anos, dados os tantos acontecimentos marcantes da viagem.
Vestida com um belo vestido preto até a altura dos joelhos, salto alto igualmente preto e óculos escuros, Soraya exalava uma elegância sombria. Cada passo que ela dava ecoava pelo saguão do aeroporto, seus sapatos de salto alto ressoando como um lembrete constante de sua missão.
Ela pegou um táxi até o local do velório, um salão espaçoso e bem iluminado, onde o corpo de Felipe estava sendo velado. O céu de São Paulo estava nublado, refletindo o tom sombrio do momento. A atmosfera estava carregada de tristeza e pesar. Familiares e amigos de Felipe estavam reunidos, muitos com olhos vermelhos de choro e expressões de profunda dor.
Soraya entrou no salão, e a visão do caixão coberto de flores brancas lhe causou um calafrio. Ela precisava ser convincente, então deixou uma lágrima rolar por seu rosto, ajustando os óculos escuros para garantir que as pessoas ao redor vissem sua tristeza.
- Soraya! - uma voz familiar chamou. Era Luísa, uma amiga de infância de Felipe, que a abraçou fortemente. - É tão bom ver você aqui. Não acredito que ele se foi.
Soraya correspondeu ao abraço, sentindo a sinceridade e o peso da perda na voz de Luísa.
- Eu também não consigo acreditar, Luísa. - Soraya respondeu, a voz carregada de emoção. - É um choque tão grande para todos nós.
Elas caminharam juntas até o caixão. Soraya sentiu o olhar dos presentes sobre ela. Amigos e parentes murmuravam entre si, comentando a presença da bela mulher de luto. Ela parou diante do corpo inerte de Felipe, colocando uma rosa branca sobre o caixão e permitindo que mais algumas lágrimas caíssem.
- Ele era um homem bom, cheio de vida e de sonhos. - A voz de Soraya quebrou o silêncio, atraindo a atenção dos presentes.
Ela se virou para os pais de Felipe, que estavam devastados pela dor. A mãe dele, Dona Helena, soluçava incontrolavelmente, e o pai, Seu Álvaro, tentava ser forte, mas o rosto marcado pelas lágrimas traía sua angústia.
- Dona Helena, Seu Álvaro, sinto muito. - Soraya disse, pegando as mãos deles nas suas. - Não há palavras que possam consolar essa dor, mas saibam que ele sempre estará em nossos corações.
Dona Helena a abraçou, chorando em seu ombro. Soraya acariciou as costas da mulher, oferecendo o máximo de conforto que conseguia.
- O que aconteceu, Soraya? Tudo isso está muito confuso. - Disse Seu Álvaro, com a voz embargada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
As fronteiras que nos unem
FanficEm um intrigante enredo que transcende fronteiras, Simone Nassar, uma estudante de Artes Plásticas libanesa, aprisionada pelos costumes de sua família, tem seu caminho cruzado com Soraya Thronicke, uma golpista habilidosa, que busca no Líbano a opor...