XVII. Sequestro - Parte II

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Prometi para uma querida que iria atualizar hoje e promessa é dívida, demorei, mas cheguei. Esse capítulo é eita atrás de eita e vixe atrás de vixe. Respirem fundo antes de ler. Ksksks.

Hoje as músicas são Penhasco 2 - Luísa Sonza ft. Demi Lovato, You Don't Own Me - Lesley Gore e Set Fire To The Rain - Adele, nos momentos indicados. (Link da playlist no Twitter @_gabtt_).

Bora ? Boa leitura! 👀

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A madrugada na mansão Nassar Tebet havia sido agitada, o sol já aparecia no céu e ninguém ousava a tentar dormir, pois era em vão, todas as atenções estavam voltadas para como Simone poderia estar. Foi preciso que Nahid e Said fizessem um chá calmante para Farah, que estava passando muito mal. Ahmed tentava convencer Rami de que deviam mandar homens procurar o cativeiro, pois conheciam toda a área como a palma da mão, no entanto, o patriarca Nassar sabia que essa estratégia colocaria em risco a vida de sua filha, portanto recuou.

— Vou subir pra ver como a Soraya está, ela ficou muito abalada com tudo isso e ainda está em choque. — Felipe disse para todos ali na sala, que concordaram.

— Eu imagino que sim, ela e Simone estavam nutrindo uma grande amizade. Diga para que ela não se feche, que venha ficar com a gente. — Rami falou e Felipe assentiu.

Play Penhasco 2.

Então Felipe subiu para o quarto e encontrou Soraya deitada entre os travesseiros e o cobertor, já não chorava, parecia que não havia mais lágrimas para derramar. Seus olhos estavam mortos, concentrados num ponto fixo da parede, suas mãos agarravam o edredom com força automaticamente, seu rosto estava vermelho e inchado, sua boca entreaberta e sua respiração profunda entregavam os soluços frequentes.

— Vai se arrumar! Vamos sair. — Felipe ordenou.

Soraya manteve-se em silêncio, não tinha forças sequer para esboçar uma resposta. Sua mente estava tumultuada e sentia que a maior culpada daquilo tudo era ela. Envolveu uma pessoa genuinamente boa em sua história de ambição e sentiu na pele a dor de machucar alguém que se ama antes mesmo de externar esse sentimento.

— Vou precisar repetir? — Felipe questionou segurando o braço de Soraya com uma demasiada força.

— Onde... vamos? — Soraya perguntou entre soluços.

— Matar sua amante. — Felipe respondeu direto.

Soraya se surpreendeu com a resposta. Apesar de saber que era casada com uma pessoa extremamente fria, não esperava que ele fosse tão sádico a ponto de matar Simone em sua frente. Mal sabia ela que os planos de Felipe eram ainda piores.

Soraya sabia que precisava agir, não podia ficar parada vendo o pior acontecer e ter uma vida inteira de lamentações e arrependimentos. Resolveu entrar no jogo de Felipe, salvaria Simone a qualquer custo.

Enquanto se dirigiu ao banheiro, Felipe rapidamente ligou para um dos sequestradores e andou pelo quarto ao esperar a ligação ser atendida.

— Aconteceu algo? — O homem perguntou.

— Eu preciso que vocês liguem pro Rami pedindo metade do dinheiro agora. Vocês vão marcar o encontro numa praça pública e pode dizer que se não fizer isso, a filha dele está morta. — Felipe explicou.

— Você tá louco? E o plano? A gente não se preparou pra isso. — O homem questionou.

— Eu sei o que eu tô fazendo, marca em uma hora, eu mesmo vou te entregar esse dinheiro. Liguem em uns 30 minutos. — Felipe disse e desligou o celular.

As fronteiras que nos unemOnde histórias criam vida. Descubra agora