VI. A liberdade de ser autêntica

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Último dia de Carnaval e eu cumprindo meus compromissos. Uau! Hahahaha! Bom, mais um capítulo prontinho pra vocês e o negócio vai pegar fogo, vius?

Hoje a música é Middle Of The Night - Elley Duhé. (No momento indicado).

Playlist da fic no meu Twitter (@_gabtt_).

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A libanesa corou, incapaz de formular palavras diante da ternura do gesto de Soraya. Simone permaneceu imóvel por alguns segundos, se policiando quando percebeu que um sorriso involuntário adornava seus lábios.

Mesmo deitando-se confortavelmente em sua cama, as palavras da estrangeira ecoavam em sua mente como uma perseguição infinita.

"Não há regras definidas, apenas a liberdade de ser autêntica consigo mesma."

A frase ressoava pelo quarto como se Soraya estivesse repetindo aquilo bem em seu ouvido. Simone fechava os olhos com força, numa tentativa falha de dormir. A imagem recente de Soraya nua se formava em sua mente, cada traço iluminado pela suave luz da memória. O calor daquele momento flutuava na escuridão do quarto, entrelaçando-se com as palavras sussurradas, criando uma tapeçaria de sensações que tornava a noite tão complexa quanto fascinante.

Simone sentiu seu corpo reagir à toda aquela situação de uma forma nunca antes experimentada. Suas mãos passaram a percorrer seu próprio corpo, ainda por cima da roupa confortável que usava. Apesar de ter consciência do que estava fazendo e do significado por trás daquelas ações, ela se encontrava em território desconhecido. Ao longo de seus vinte e cinco anos, jamais havia vivenciado algo semelhante, como se estivesse desafiando décadas de costumes e tradições em apenas algumas horas na presença da bela mulher que agora habitava intensamente em sua mente.

Simone hesitou por um momento, ainda processando a avalanche de sensações que a envolvia. A suavidade da memória de Soraya nuanceava seus pensamentos, criando uma névoa etérea de desejo e curiosidade.

Play Middle Of The Night.

Numa atmosfera de serena penumbra, ela traçou suavemente os contornos de seu corpo com toques delicados, entregando-se ao calor íntimo da autoexploração. As sombras dançavam em harmonia enquanto ela se permitia imergir num momento íntimo de prazer, construindo uma conexão profunda consigo mesma. Cada toque era uma sinfonia sutil de sensações, e o ar pulsava com uma energia delicada, testemunhando a expressão autêntica de seu desejo.

Enquanto a voz da estrangeira ressoava em sua mente, Simone permitiu-se deslizar as mãos pelo seu abdômen, retirando a peça superior que vestia. "Conhecer o próprio corpo", repetia internamente para si mesma.

A libanesa levou as mãos aos seus seios e os apertou, soltando levemente um pouco de ar pela boca. Continuou percorrendo as trilhas do seu próprio corpo, enquanto retirava a calça do conjunto moletom. Passou suavemente seus dedos por sua intimidade, ainda por cima da calcinha, sentindo um arrepio percorrer todo o seu corpo.

Simone puxou um pouco a calcinha, expondo sua própria intimidade. Quando, novamente, deslizou os dedos naquela região, percebeu que estava extremamente molhada e sentiu um enorme prazer com o seu próprio toque. Passou, então, a se tocar com mais intensidade e se dividia entre sentir prazer e limitar os tímidos gemidos que teimavam em sair de suas cordas vocais.

Ela continuava envolta no seu mundo interior, perdida nas memórias de Soraya e nos sentimentos que aquelas memórias inspiravam nela. A imagem de Soraya nua se afastara, mas a impressão deixada pelo momento permanecera. A autenticidade era algo que ela sempre tinha defendido, mas nunca antes experimentara a liberdade de ser essa pessoa sem medo ou culpa. Era como se ela tivesse sido levada por algum outro lado, um lugar onde não havia regras definidas, apenas a liberdade de ser autêntica consigo mesma.

As fronteiras que nos unemOnde histórias criam vida. Descubra agora