Lilith se espreguiçava preguiçosamente.
A melodia da primavera alcançando seus ouvidos traziam a ela um sentimento de paz e relaxamento, o som agudo da flauta não era irritante como no início, mas suave criando uma Paisagem no próprio ambiente.
Ao seu redor um jardim de gramas se estendia além da visão, o sol iluminava seu rosto enquanto o cheiro agradável das ervas a fazia relaxar, no céu azul claro nuvens brancas se estendiam trazendo a dosagem de calor certo para seu corpo.
A melodia parecia se infiltrar em seus ossos e sangue, jogando-a em um estado de preguiça enquanto toda sua vigilância e estresse acumulado desaparecia.
A grama verde começou a desabrochar incontáveis flores, suas pétalas foram levadas pelo vento trazendo um aroma floral ainda mais intenso, era forte, mas não sufocante, trazendo um desejo por mais e mais.
Essas pétalas com várias cores, vermelho, azul, amarelo, preto, branco, começaram a cair em seu corpo trazendo consigo uma sensação de limpeza.
Lilith sentiu a intoxicação do coração da arvore desaparecendo, os pequenos danos que vieram do seu cultivo começaram a cicatrizar metodicamente, algo pequeno, mas que levaria anos para ser curado.
Para um cultivador esse pequeno dano era inevitável, para o corpo evoluir era necessário quebrar e sempre havia detalhes aqui e ali que se tornavam fraquezas.
Como um dragão, esses pequenos danos eram uma angustia sem precedentes para Lilith, cada um deles coçando como o inferno.
E essa angustia inesperadamente foi tratada pela sintonia de um bardo elemental, essa magia era fraca mas consegue atingir lugares com precisão que um mago de restauração dificilmente podia se igualar.
A medida que as pétalas caiam pelo seu corpo, a coceira e dor começou a entorpecer e as feridas começaram a sarar, dando a ela uma sensação de alivio viciante.
Quando o som parou, Lilith abriu seus olhos e olhou para zaatar com insatisfação.
-Mais uma vez- seu tom era preguiçoso e mimado, como uma criança se recusando a levantar da cama, ela bateu os pés.
-Não, nosso acordo foi uma vez por dia ao acordar- ele se levantou e guardou a flauta, fazendo-a revelar um olhar indignado, esse ingrato tocou apenas por um minuto!
Toque mais!!.
-eu só preciso de mais um pouco, vamos-
-Você tem que aprender a se controlar-
-Vamos vai-
-amanhã-
-mas eu quero agora!-
-O que você quer não importa-
-Aaaahhhhh Ophelia! Zaatar está sendo mal comigo, eu quero agora eu quero isso agora- O dragão começou a bater os pés no chão, chamando ophelia como se fosse sua mãe.
Da sombra um pequeno rosto apareceu, cheio de calma e benevolência, seus cabelos brancos se espalharam enquanto suas orelhas pontudas subiam e desciam.
-Lilith vocês tem todo tempo do mundo para isso, relaxe, não seja um incomodo- Ela falou enquanto se espreguiçava.
Zaatar a encarou com um olhar contundente.
Já fazia um ano que essa coisa entrou em sua dimensão zero e não saia de jeito nenhum.
-Você pretende ficar a vida ai dentro?-
-Sim-
-Mas....as pessoas estão achando que eu te matei e ocultei o corpo, saia pelo menos para dar uma caminhada-
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Sangue Negro Vol:2
FantasíaNascido em uma familia nobre comum, com uma inteligencia e memoria acima da média, Zaatar vive um dia após o outro com a intenção de cumprir seus sonhos, em meio ao seu aprendizado e amadurecendo, ele acaba esbarrando no poder mais misterioso do mun...