Sangue Negro Vol:2

Capítulo 126: Mundo Exterior 1.

Zaatar ouviu a discussão de longe, foi algo que douglas transmitiu para ele através da sua marca de comunicação.

Mas ele imediatamente discordou, esse mundo não tinha anomalias, ele podia dizer isso apenas com base nas mudanças das regras desse lugar, havia algumas leis nesse mundo que não existiam no continente primordial.

Uma delas é uma lei de vedação, anomalias não podiam ficar aqui com essa lei influenciando o ambiente.

Anomalias vivem vidas duplas, uma em seu reino do vazio de origem e uma no reino material, a imagem que as pessoas veem das anomalias é na verdade um reflexo da sombra da anomalia.

Ele estava muito familiarizado com anomalias e seu estudo sobre elas provavelmente era mais profundo que o continente primordial.

Por isso zaatar não se importou em voltar.

O céu escuro estava coberto por uma camada de nuvens cinzentas, as nuvens ondulantes eram tão baixas que parecia que alguém poderia toca-las e que poderiam pressiona-las a qualquer momento.

A terra abaixo estava coberta com manchas de sangue, uma pilha de ossos não identificados estava empilhada no canto, algumas arvores haviam murchado até ficarem cinzas.

Zaatar parou próximo a pilha de ossos, seus olhos avaliaram a anatomia com interesse.

"12 ossos a mais que os humanos da gaiola e os humanos do continente primordial"- Ele pensou após fazer uma analise básica da anatomia, como esse era um modelo anatômico interessante ele guardou na dimensão zero para estudos futuros.

Usando uma amostra de sangue, Zaatar convocou escuridão e começou a seguir seus rastros, Escuridão era proficiente em detectar a vida, com essa amostra seria muito mais fácil.

-Vá caçar- Zaatar deu uma ordem simples e começou a explorar o lugar a pé.

Poucos minutos depois os dois carniçais voltaram acompanhado de escuridão, monges vestidos de preto com sangue escorrendo dos olhos fugiram dele rapidamente, eles inclinaram a cabeça e apertaram as mãos na frente do peito.

Zaatar os observou com atenção, a única diferença desses monges para os humanos comuns era que eles tinham um olho entre as sobrancelhas, suas orelhas eram um pouco maiores tambem.

Seus corpos estavam envoltos a arcos amarelos de eletricidade, relâmpagos brilhavam silenciosamente enquanto eles corriam.

Eram formas de vida de baixo nível, Zaatar canalizou sua dimensão zero e depois de selar eles nas sombras ele continuou.

Ele já tinha uma amostra óssea.

E cobaias vivas.

Bom, bom, bom.

Zaatar encontrou outro templo budista momentos depois, ele passou pela entrada com confiança e caminhou em uma praça de formato circular.

Havia uma estatua branca no centro, a estatua tinha o formato de uma espécie de monge, mas seus braços foram quebrados, parecia que uma guerra horrível se desdobrou nessa terra.

Zaatar caminhou pelo tempo, sem ver nenhum sinal de seres vivos.

A medida que as horas passavam, o vento ficou mais frio, fazendo com que as pontas de suas roupas balançassem para trás.

Uma leve camada de gelo começou a aparecer em algum canto.

Zaatar não se importou com nada disso, em vez disso ele continuou sua busca.

Ao redor do templo havia uma quantidade infinita de casas abandonadas, em alguns lugares, as paredes danificadas estavam desmoronando, tudo o que ele viu era cinza.