Hera observava em silencio essa misteriosa facção agindo.
Ao lado de Ophelia ela observou como eles trabalharam dentro da ruina, esqueletos humanoides animados por magia se moviam em ordem carregando materiais e operando como uma colmeia de formigas.
O sangue que foi extraído dela por gerações foi catalogado e preservado mantido dentro de urnas de potes de barro estranhamente ornamentado com marcas anormais, essas marcas tribais produziam um halo de vedação mágica.
Tudo era familiar, mas ao mesmo tempo primitivo para ela, não havia métodos complexos do uso da alquimia, e o único ser humano era aquele homem desagradável e irritadiço, uma vez que as bolsas de sangue foram extraídas e preservadas, eles começaram a investigar sua prisão, procurando uma forma de seguir em frente com a exploração.
Enquanto observava os esqueletos Hera perguntou para a criança que parecia disposta a falar.
-O que são esses esqueletos? – Ela nunca viu isso em sua época, pareciam heteromórficos, mas eram anormalmente estáveis, quase não havia desperdício de energia.
-São mortos vivos, versões inferiores a zumbis, foram recém inventados pelo marido, eles são bem fracos ainda mas são capazes de evoluir-
Hera não entendia, em sua época os necromantes reanimavam cadáveres e a força desses cadáveres definia sua classificação, a força do necromante era determinada pela porcentagem de força que ele conseguia recuperar do corpo reanimado.
A necromancia aqui parecia similar mas era na verdade totalmente diferente.
Zaatar não se considerou a responde-la, depois de marcar seu corpo ele ignorou as duas completamente focado em sua sepultura, com uma pinça ele extraiu um pequeno carrapato dentro do caixão de pedra.
-Foi isso que te Anulou e drenou seu sangue....esses carrapatos se alojavam em seu corpo de tempos em tempos, antes de irem para aqueles ninhos onde explodiam- Ele apontou para diferentes cantos das cavernas.
-A muitos ovos ali, eles foram programados por runas naturais, Evans ficaria fascinado com esse lugar- Ele em seguida apontou para o caixão retangular colocado na vertical, runas foram inscritas na sua superfície.
-Como eles foram controlados? - A jovem perguntou fazendo hera ferver de curiosidade.
A realidade é que mesmo ela não sabia como parou aqui, ela se lembrava apenas de ter sido atacada por várias banshes, em seu recurso final ela ativou seu grimorio, ela ficou em uma situação em que sua alma não podia ser morta sem um alto preço.
Sua memória seguinte foi acordar nesse lugar, ela não teve ideia de como foi selada.
-Está usando odores, as runas liberam um odor no ambiente que estimulam a atividade dessas criaturas, elas são inofensivas, mas demonstram grande capacidade de desintoxicar o sangue dos vampiros- Zaatar segurava o carrapato com uma pinça a criatura cinzenta tinha o tamanho de uma unha.
-Porque ele não a matou?- Ophelia perguntou e quando hera estava prestes a interromper, Zaatar respondeu, o pivete inesperadamente havia descoberto apenas observando.
-Acho que a dois motivos o primeiro é esse grimório a um poderoso feitiço arcano gravado dentro dele, foi feito usando o sacrifício de um mago negro, a uma balança em sua capa, então acredito que foi a criação de Potem, Esse foi um dos magos negros da era antiga que estudou magia negra pura, criando um sistema da troca equivalente, em suma qualquer um que matar o usuário desse grimorio terá que pagar um valor equivalente-
-Ele não podia simplesmente enviar outra pessoa para mata-la?-
-A questão é quem abdicaria da sua vida de bom grado? Além disso a identidade dessa vampira é especial, ela é nobre, provavelmente sua captura foi um tabu que ele queria esconder e em segundo...- Zaatar sorriu.
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Sangue Negro Vol:2
FantastikNascido em uma familia nobre comum, com uma inteligencia e memoria acima da média, Zaatar vive um dia após o outro com a intenção de cumprir seus sonhos, em meio ao seu aprendizado e amadurecendo, ele acaba esbarrando no poder mais misterioso do mun...