CAPÍTULO 39

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" En algún momento la recordarás.
en alguna canción o en una película;
cuando estés despierto o estés
durmiendo; estando sobrio o ebrio.
La verás en otras caras o quizás
sentirás su olor en otros cuerpos.
La extrañarás y será muy tarde,
porque ella ya no estará ahí".

Joel Acosta

CANCÚN - 2005 - ANAHI PORTILLA

Meu sono estava pesado, escutei ao longe o despertador tocar e estranhanente fora silenciado rapidamente. Quando finalmente juntei um pouco de coragem e abri os olhos vi Poncho ao meu lado, me encarando com um sorriso doce.

Poncho - ¡Buenos dias! - falou me fazendo um delicado carinho no braço

Eu estava deitada de bruços, enquanto ele estava deitado de lado de frente para mim.

Anahi - ¡Buenos dias! - falei com a voz preguiçosa me esticando ao mesmo tempo
Poncho - Puedes dormir un poco más se quieres, nos han enviado un mensaje, como aun llueve no vamos grabar por la mañana.

Anahi - ¿Aún llueve? - falei levantando um pouco o rosto vendo pela porta da varanda o tempo ainda cinza

Poncho - Pero quédate tranquila que no hay truenos ni rayos.

Anahi - Que bueno... amo la lluvia, pero no me cae bien las tormentas... - voltei a deitar agora de barriga pra cima

Poncho continuava a me encarar, acordar ao seu lado parecia irreal, dormir abraçada a ele naquela noite, sentir o seu calor, a proteção durante toda a noite, seu cheiro... Todo aquele tempo, desde o maldito roçar de lábios nas primeiras gravações das chamadas da novela, eu havia guardado aquele turbilhão de sentimentos dentro de mim, prometi a mim que não podia deixa-los vir a tona, mas estavam chegando num ponto que não podia suportar escondê-los, ainda mais agora que ambos estavámos solteiros.

Lógico que tinha Dulce e Ucker que eram nossos amigos, e não era tão fácil pra mim simplesmente ficar com Poncho. Mas e se Dulce já houvesse percebido algo? A forma que Cris havia conversado comigo, deu a entender que tinha notado meu interesse em Alfonso. Na realidade tanto Dulce quanto Ucker já haviam ficado com outras pessoas após os rompimentos. E pra falar a verdade eu queria muito aproveitar aquela viagem para tentar me aproximar de Alfonso de outra forma, e para minha surpresa ele também queria. Precisava conversar com Cris sobre o que já havia acontecido ali o quanto antes, precisava extravasar com alguém. Fui puxada dos meus pensamentos por um Poncho com uma expressão curiosa.

Poncho - ¿En que tanto piensas? - perguntou

Anahi - Nada importante... - desconversei

Poncho - ¿Y porque te pusiste de color? - perguntou divertido baixando a ponta do meu nariz

Anahi - ¡Ya Poncho! - bati em seu braço

E em resposta ele me puxou para perto colando nossos corpos, em conchinha, dando vários beijinhos na curva do meu pescoço fazendo com que eu sentisse uma mistura de cocégas e excitação.

Poncho - Ani - falou com um tom mais sério, mas ainda calmo e terno - Creo que tenemos que hablar sobre lo de ayer...

Me virei de barriga pra cima e o encarei e logo depois desviei o olhar, ele ainda estava muito perto

Anahi - Pues sí... - com certeza eu já estava vermelha novamente

Poncho - Lo que sucedió en la piscina ayer... - respirou profundamente - ¿Quieres decirme algo?

Nunca havia visto Poncho tão sem jeito para tratar de um assunto. Eu também não sabia como explicar aquilo que vinha sentindo a algum tempo, não sabia como tratar, por onde iniciar a falar, mas o momento havia chegado afinal, então respirei fundo e começei.

¿REALES RECUERDOS? - AYA - FinalizadaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora