Como Olvidar

Capítulo 21

                ◇ Alerta de Gatilho ◇

P.O.V. Sebastian VillaLobos

 
  Entramos no quarto em que estamos hospedados. Sinto certo incômodo pelo suor que secou no meu corpo, e sinto a necessidade de um banho.

Sebas: Eu vou tomar banho primeiro. - aviso para um RK já sonolento.

RK: Tudo bem. Eu acho que vou dormir antes, não tenho forças para mais nada. - diz com os olhos quase fechados ao caminhar pelo corredor que leva para as camas.

Sebas: Te acordo mais tarde. - ele levanta a mão e acena.

  Ele deve desligar em poucos segundos. Quando temos algum tempo, o que é raro nos períodos de shows, só conseguimos dormir, o máximo de tempo que somos capazes. Geralmente, RK é quem apaga primeiro, a habilidade dele de pegar no sono é admirável. Tem momentos que consigo vencê-lo, quando realmente já não consigo me manter em pé.

  Felizmente conseguimos esse final de semana para visitar as meninas, para recarregar e descansar. Me sinto melhor depois de hoje, de ter passado boa parte do dia com elas e ainda poder ver elas de novo.

  Termino meu banho e deito no sofá por alguns instantes, para descansar antes de acordar o RK e nos arrumarmos para jantar na casa das meninas. Nem percebo quando fecho os olhos e pego no sono. Acordo com o celular tocando com uma chamada da Lly, me lembrando de estar na casa delas daqui a meia hora. Pulo do sofá e corro para acordar o RK, que acorda desnorteado, mas caminha para o banheiro e depois se arruma, acordando aos poucos. Me arrumo mais rápido do que ele e espero ele aparecer na sala para podermos sair.

  Uso o GPS para chegar ao endereço que a Lly me enviou por mensagem, na qual me disse categoricamente para não me perder. Lembrei a ela que sou um ótimo motorista, e que o GPS iria fazer um bom trabalho, ela disse que esperava que sim.

  Chegamos rápido na casa delas e ficamos impressionados com a casa.

RK: Uau! - diz ao entrar na casa - Como vocês encontraram esse lugar?

May: Não fomos nós. - esclarece ao nos abraçar - Foi o tio João e o meu pai que acharam, e todos os outros são os responsáveis.

  Somos recebidos por vários abraços e sorrisos, que retribuímos a altura.

Demi: Eles agiram como uma agência secreta. - ri.

RK: O FBI tem perdido a nossa família, eles seriam ótimos agentes. - rimos.

  Entramos devidamente na casa, admiramos um pouco mais da sala e somos levados a um pequeno tour com as guias Demi e Liyah, que nos mostram todo o térreo e o quintal. Por pouco RK não pula de uma vez na piscina.

  Retornamos para a sala de estar, onde a Lly está, já que a May está finalizando o jantar.

Sebas: Eu disse que era um ótimo motorista. - me gabo para ela que ri.

Lly: Graças a Deus que sim. - apoia a cabeça no meu ombro - Fico feliz que tenham vindo.

RK: Nós ainda mais. - sorri de orelha a orelha.

  Conversamos até o jantar ficar pronto, continuamos conversando durante ele e fizemos o mesmo ao terminá-lo. Tínhamos assuntos demais para conversar, e pouco tempo para isso. Decidimos ir para a frente da casa, sentamos no gramado e aproveitamos a brisa da noite. Está bem tranquilo comparado a ontem, sequer parece que aconteceu uma tempestade. Em nenhum dos sentidos, seja na natureza, seja nas emoções. Seria totalmente verdade, se eu não percebesse o olhar vago da Lly ao encarar o céu.

Sebas: Ei... - sussurro perto dela, que de repente lembra que não está sozinha - Como está se sentindo?

Lly: Estranha. - confessa e suspira - Me sinto fora de órbita.