Capítulo 10

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P.O.V. Chris

Fazia algum tempo que não tínhamos uma sessão de fotos, oito meses para ser exato. Como não estamos recebendo nenhum pedido para shows, não tínhamos motivos para tirar fotos com o intuito de divulgação.

Como o local das fotos era um pouco longe, tivemos de acordar mais cedo que o habitual, às 6h30 estávamos prontos, a sessão começaria as 7h30. Cinquenta minutos no carro e mais dez esperando a boa vontade fotógrafo de não se atrasar, como tinha acontecido das outras vezes. Ele já tinha feito alguns trabalhos conosco, em quase todos se atrasou, um ótimo fotógrafo, mas sempre arrogante, impaciente e muitos adjetivos que não valem a pena ser citados.

Quinze minutos, tinham se passado quinze minutos, que estávamos sentados numa escada, perto de onde seriam feitas as fotos e nada do arrogante do fotógrafo aparecer.

Chris: Por que mesmo que ainda fazemos as sessões com ele?- pergunto para o Renato, levanto e me posiciono na frente deles.

Renato: E por que você sempre faz a mesma pergunta, sabendo qual será a resposta?- arqueia a sobrancelha esquerda, os meninos riem e eu reviro os olhos.

Joel: Nossa! Podia ter dormido sem essa.- apoia a mão na barriga depois de tanto rir.

Chris: E você podia cuidar mais da sua vida, não acha?- cruzo os braços e o encaro.

Joel: Magoou.- leva a mão ao peito me olhando com indignação pelas minhas palavras.

Erick: Calma, galera!- passa o braço pelo meu pescoço- Não vamos alterar os ânimos.

Richard: Até porquê o da peruca está vindo aí.- apontou para atrás de nós e olhamos prontamente.

Zabdi: Seja o que Deus quiser.- se levantou.

Renê: Podemos começar?- seu ar arrogante é facilmente percebido na sua voz.

Chris: Já devíamos ter começado a mais de quinze minutos...- sussurro e ele me lança um olhar torto.

Renê: Disse alguma coisa, senhor Vélez?- as últimas palavras eram repletas de sarcasmo.

Chris: Não disse absolutamente nada.- levanto as mãos.

Renê: Ótimo, vamos começar.- prepara os equipamentos necessários.

Joel: Melhor segurar a língua, senhor Vélez.- tentou imitar a voz do Renê, só tentou mesmo.

Iniciamos mais uma sessão de fotos entediante e cheia de sarcasmo da minha parte e do Renê, que claramente não tem a menor paciência comigo, e isso é o melhor.

Depois de longos 30 minutos tivemos o nosso primeiro descanso, não sem antes eu ter atormentado Renê para fazermos uma pausa. Acho, não, tenho certeza que ele preferiu dar esse descanso agora do que passar o resto da sessão me ouvindo reclamar. Sou mau quando quero, admito que até eu fico com medo de mim mesmo.

O Erick como não é nada folgado pegou o celular do Richard, alegando que o dele estava sem bateria, mas todos sabemos que o celular do Richard é o melhor para gravar um vídeo.

Richard: Onde pensa que vai com o MEU celular, projeto de alface?- enfatizou a palavra meu.

Erick: Fazer um vídeo. Por quê? Tem algum problema, projeto de testosterona?- provocou de volta, no mesmo momento o dono do celular fechou a cara.

Richard: Agora que você não vai usar mesmo.- tentou retirar o celular das mãos pegajosas do Erick, que desviou rápido.

Erick: Ah! Deixa, vai?- faz uma cara de cachorro caído da mudança, apertando o aparelho contra o peito.

Como OlvidarOnde histórias criam vida. Descubra agora