𝗘𝗡𝗗 𝗚𝗔𝗠𝗘 || 𝗟𝘂𝗻𝗮𝗺𝗶

〈𝟬𝟯〉𝙄𝙉𝙄𝙈𝙄𝙕𝘼𝘿𝙀

Departamento de Investigação da Polícia de Nova York, 09:15 AM

Luffy Monkey

De todas as possíveis coisas que poderiam acontecer comigo naquela noite, eu tenho certeza de que eu não teria ficado tão perplexo como estou agora. Meu rosto mudava para uma expressão mais abismada do que a anterior a cada memória que a minha mente encontrava enquanto eu varria o meu quarto com os meus olhos.

Eu, normalmente, evito pensar no futuro e apenas vivo o agora sem me importar com as consequências. Entretanto, eu nunca me senti tão atordoado quanto agora. Essa foi, com certeza, a coisa mais burra que eu já fiz em toda a minha vida. Estou mais surpreso pela concordância da senhorita chata em fazer todo esse caos acontecer. Esse ecstasy, prazer maciço, com certeza é muito mais forte do que eu pensava.

Minha vontade nesse momento é de me tacar da ponte do brooklyn e apagar a minha existência na humanidade. Eu queria saber o que fiz para merecer isso, poxa, eu sou uma pessoa tão boa. E não bastava ser qualquer outro policial da delegacia, tinha que ser a Nami, não é? A pessoa mais insuportável e ignorante de Nova York, às vezes desconfio ser a do mundo.

Fui acordado de meus pensamentos pelos dedos femininos que se estalaram em frente aos meus olhos, me fazendo reparar em Vivi e Usopp ao meu lado.

— Você e a Nami estão avoados hoje, não é? Espero que não tenha outra briga por causa de café. — Vivi colocou alguns papéis sobre a minha mesa. — Assina isso. — Ordenou enquanto concentrava os olhos em suas unhas. Não praguejei para fazer o que a azulada falou, logo pegando uma caneta.

— Isso é por causa de ontem? — Usopp, que apenas estava sentado em minha mesa sem nada para fazer, disse.

— O que houve ontem? — Vivi tirou o seu olhar das unhas pintadas de vermelho, e os trouxe para nós, interessada no assunto.

— Nada de mais. — Eu falei, me mostrando relaxado para não levantar suspeitas. Não resisti em molhar os meus lábios, uma mania que tenho quando estou nervoso.

— Ele e a detetive Lee ingeriram, por acidente, o ecstasy. — Usopp revelou, causando as sobrancelhas da secretária se arquearem enquanto me encarava com um sorriso travesso.

— Ah, sério? E o que ouve depois? — Sua intenção de descobrir alguma coisa inapropriada me deixou irritado, resultando nos meus lábios se fecharem em um bico enquanto estalava a minha língua no céu da boca.

— Nada, depois cada um foi para a sua casa. Agora saem daqui para eu trabalhar. — Entreguei o papel, já assinado, para ela. Meus lábios soltaram um suspiro ao assistir os meus amigos voltar para as suas mesas enquanto a azulada ria da minha ação bagunçada.

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"O que podia ficar pior na minha vida?" Essa foi uma pergunta feita pela minha cabeça ao mesmo tempo em que eu trabalhava, e eu não sabia a resposta, pois para mim não tinha como piorar. Neste momento, eu estou na sala de arquivos organizando as provas da operação, com a detetive Lee, assim como Shanks havia ordenado.

A desculpa que o capitão usou foi que a Nami sabe melhor sobre o que está acontecendo na força-tarefa do que qualquer outro policial, mas eu tenho certeza de que ele só a colocou ao meu lado para me castigar por ter chegado atrasado mais uma vez nesse mês.

O silêncio desconfortável que estamos fazendo é o suficiente para fazer qualquer pessoa que entrar aqui perceber que tem algo de errado acontecendo nesta sala. Os sons dos papéis, das caixas sendo abertas e fechadas, ou até mesmo dos nossos passos estão fazendo mais barulho do que o normal.