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             Você necessita disto para viver?                                            

                   *  Amélia Jones *

Sinto meu corpo mais leve, mesmo não tendo uma boa noite de sono, ou uma cama confortável.
A cama era de madeira, mas tinha um colchão. Sinceramente, dormir naquela pequena cabana era mais confortável. Confesso.

Levanto me de onde estava, me dirigindo até a porta principal daquele pequeno e sufocante lugar. Tento abri-la, mas sem sucesso, como todas as vezes.
Desisto, preciso de uma roupa, estas não dão mais. Me sento na cama novamente, não tinha mais o que fazer, o que me resta é esperar.

                           ©©©©©©©

Ouço um barulho se estralar no chão, não tinha percebido, mas pela demora acabei adormecendo. Elevo meus olhos pelo quarto um pouco iluminado, vendo que no fundo do mesmo havia uma pessoa de pé. Com meu coração quase saltando do peito, em rapidez, me arrasto até o canto da parede, atenta.

___ desculpe senhorita__ o corpo a minha frente sai da sombra, era o mordomo. Sinto um alívio no peito. ___ Alex está à sua espera na mesa de café da manhã.__ ele completa e por fim sai, sem ao menos esperar minha resposta.

Não queria me sentar a mesa de jantar, não sei se lá está seu avô ou seu irmão, não me sinto confortável nesta situação.

Abro a porta à minha frente que agora está aberta. Subo as escadas em passos lentos, não queria encontrar ninguém.
Ah que ótimo, como irei saber onde é a mesa de café da manhã deste lugar imenso. Passo pelos corredores onde havia  fotos lindas. Arrumo minha aparência, não quero parecer desleixada, mesmo não estando em boas condições.

Ouço a vozes  no final do corredor.
Me aproximo em passos silenciosos.

___ quero que resolva algo para mim está noite__ o homem mais velho, que por sua voz aparenta ser o avô de Alex.

___ para onde__ a voz rouca de Alex toma o lugar.

___ quero que pegue umas entregas para mim, mas não pode ser pego__ ele bate os talheres __ se pegarem você, morrerá.__ me assusto ao ouvir.

___ Cristian novamente__ Alex limpa a garganta.

___ sim, você já sabe o que estou falando__ o mais velho toma seu café. ___ quero que leve a garota__ Alex acaba tossindo seu café.

__ por que tenho que levá-la, isto não estava nos meus planos__ ele limpa a garganta pelo seu ato repentino.

___ ela pode servir para algo lá. Agora saia, não me faça mais perguntas__ diz o mais velho.

Vejo que não há saída para onde ir pelo fato de não ter saída naquele corredor.
Sinto o olhar de Fisher mais velho queimar. Acabo de entrar no pequeno cômodo. Alex trava o maxilar assim que me olha.

___ bom dia senhorita, sente-se por favor__ o avô de Alex abaixa seu jornal enquanto indica com o olhar aonde eu deviria me sentar.

Não digo nada, apenas me sento na cadeira em detalhes dourados a frente da mesa com uma grande fartura. Uma coisa é fato, eles não devem comer tudo isso.
Tem comida para mais de dez pessoas, que desperdício.

Alex se vira para mim novamente, o Fisher mais velho o encara indicando que era para se sentar novamente.
Alex obedece a ordem e se senta ao  meu lado, com seu café ainda fumaçando ele pega a alça da xícara em detalhes também dourados.

___ diga me seu nome completo__ Sr. Fisher solta curioso.

___ não quero me dar ao direito de dizer de qual família venho, acho que nem o senhor precisa se interessar.___ solto. __ meu nome é Amélia, acho que esse o senhor já sabe não é. Ótimo__ dou um sorriso cínico.

O garfo que antes Alex levava para a boca não chega nem na metade do caminho, ela solta fazendo um barulho exuberante na sala. Sr Fisher me olha surpreso.

___ gostei de você, sabia que não tinha medo de nada__ ele me olha tocando seus anéis, que por ver pareciam ser bainhados a ouro de verdade.

Abaixo a cabeça olhando para o prato novamente. Pego um dos talheres levando até o prato, dou uma garfada nos ovos saboreando, nossa nem lembro quando eu comi.

Alex derruba seu guardanapo em meu colo, mas que droga.
Tento pegá-lo para devolver ao mesmo, mas sinto algo quente e firme rodear minhas mãos.
Olho para baixo pelo toque e vejo a mão de Alex, com suas veias saltadas e anéis gelidos tocando minha pele fria.

Suas mãos soltam as minhas fazendo um toque como se estivesse me dizendo " não se mova " fico parada..
Olho para o mais velho e vejo que ele não está ligando, só lendo seu jornal e tomando seu café exalando canela.

Um calafrio na espinha me consome quando um dos dedos de Alex encontra minha pele nua, minha coxa direita. Ele passa cautelosamente. Me mexo, pare por favor" arfo pelo toque mais firme. Alex aperta minha coxa. Minha respiração está ofegante, fecho os olhos tentando controlar a respiração. E em seguida ele tira o guardanapo do meu colo.

___ preciso ir vovô, até mais tarde__ Alex se levanta se retirando da cozinha.

Respiro o máximo. Que merda Alex, você me paga.

___ estou satisfeita, obrigada__ me levanto, não eu não comi nada.
Saio da cozinha, o mordomo me guia até o quarto que eu estava novamente.
Me jogo na cama ainda sentindo aquela droga de toque em meu corpo,  a sensação era boa, e ao mesmo tempo ridiculamente viciante. Fecho meus olhos querendo tirar aquilo da cabeça.

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Oi né gnt rsrs

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𝐒𝐢𝐥𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐨 𝐝𝐚 𝐍𝐨𝐢𝐭𝐞 / 𝐃𝐚𝐫𝐤 𝐫𝐨𝐦𝐚𝐧𝐜𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora