descobrindo sentimentos

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"Bate forte, mas ao mesmo tempo fraco. O coração se acelera, mas ao mesmo tempo acalma."

15/01/** Tokyo/ Shibuya 15:56
Killua Zoldyck

Leorio me disse que iria levar uma surpresa muito especial, não entendi com o fato de ser "especial" só sabia que eu ainda conseguia relembrar do que aprendi. Dedilhado, era a coisa mais boa que eu gostava de fazer na guitarra. Eu preferia tocar ela do que o violão, pelo fato de ser melhor em minha opinião, por mais que os dois seja quase a mesma coisa.
Alluka estava em casa, em seu quarto, já eu no meu. Tinha me esquecido que havia alguns instrumentos usados para a guitarra ter um som mais alto. Eu só lembrava do capotraste usado no violão, mas quase nada da guitarra.
Pelo que eu lembre, joguei tudo fora, e quase joguei a guitarra e o violão. Mas por alguns outros pensamentos, resolvi ficar com os dois instrumentos. Outra coisa que eu me lembro, é do meus dois cadernos de música. Eles estão guardados a sete chaves, por mais que eu queria voltar a tocar.

Deixei a guitarra de lado, e olhei o celular, já eram quase cinco horas, e Leorio ainda não havia voltado.
Abri a porta do quarto, e desci as escadas, indo até a cozinha e ouvi a campainha tocar. Já que estava perto, fui atender, e quando abri a porta...:
-Surpresa! -Gritaram, me surpreendi ao ver o esverdeado em minha frente. Não parecia real, mas era real.
-Gon?
Perguntei meio curioso, ele... Se lembra de mim? Será que ele se lembra da nossa conversa?

Dei espaço para passarem, e fechei a porta; estava belo, usando uma roupa totalmente esverdeada. Já eu, com uma regata preta, e um short que cobria até meu joelho. Gon estava totalmente avermelhado, mas finalmente pude ver suas jóias raras que tanto me cativaram esses dias.:
-Essa era a surpresa?
Perguntei rindo, Leorio me encarou e sorriu:
-Nada melhor, certo?
-Não existe... Nada melhor. Sussurei a última parte, por mais que o moreno pudesse ouvir. Eu não estava nem aí, só, feliz em poder encontrá-lo novamente.

Quando eu ia dizer algo, Alluka gritou:
-Que barulheira é essa!?
Ela nos encarou, e sorriu, correndo até Gon:
-Ha! Que fofo!
Olhei meio incrédulo com a falta de ética da minha irmã, mas eu já sabia que ela seria assim. Não com Gon. Respirei fundo, e fingi uma tosse.:
-Alluka, não estava no seu quarto?
A menina enforcava o garoto que já estava vermelho, quando deixou de apertar-lo, falou manhosa:
-Você não manda em mim, Kill!
Abraçou Gon como se fosse um urso de pelúcia, e confesso, isso me deixou muito desconfortável, até Kurapika falar:
-Gon, vem aqui.
Isso me deixou aliviado, ele abraçou o irmão e olhei com certa decepção para a menina:
-Quem é ele?
-Um amigo meu, agora, pode nós deixar em paz, por favor?
Ela revirou os olhos, e sorriu, não pude deixar de perceber Alluka piscando de lado para Gon, que encarou-a assustado, e se aconchegou mais nos braços do loiro.:
-Tô indo.
Finalmente, a sós.

Ficamos conversando por um tempo na sala, Gon estava meio quieto, e Kurapika junto a Leorio tagarelavam pela casa. Quando já eram mais ou menos 17:54 já estava quase escurecendo, e Kurapika falou:
-Bom, nós precisamos ir embora -Olhei meio entristecido, por ainda não ter falado uma palavra com Gon-, mas se você quiser ficar aqui Gon... Cê que sabe.
O moreno encarou-me e comentei:
-Se quiser, não tem problema. Da pra gente assistir um filme, ou sei lá.
Comentei meio envergonhado, e Kurapika falou:
-Antes, eu tenho que conferir com minha mãe. Mas acho que ela deixa, isso vai por você, Gon.
-H-ha... Se não fosse um incomodo... Eu queria ficar mais um pouco com ele.
Sua voz era mansa e suave, o sorriso envergonhado destacava mais sua beleza. Ele me olhou de canto, aquele olhar tão belo... Por que eu o elogio em meus pensamentos?:
-Ei, Gon. Pode ficar, ela deixou. Mas você quer que Ging venha te buscar?
-Não preciso eu levo ele embora amanhã.
Respondi as presas, não quero perder a companhia de Gon hoje. Nem um pouco.

Ele me olhou amigável:
- Então, pode ser!
Comentou animado, Gon se levantou e abraçou Kurapika que já estava de saída, e logo Leorio falou:
- Se comportem, em.
Piscou para mim, idiota, isso me fez rir:
-Por que eu não me comportaria!?
-Porque você é um bagunceiro!
Respondeu Kurapika, o que me fez rir cada vez mais, e Gon me olhou enfurecido:
-E você!? Fica quieto.
-Se irritou?
Seu rosto estava vermelho, não era de vergonha, era de fúria. Depois de rir, me levantei da poltrona:
-Você é muito estressado.
-Vocês me estressam.
Fui até ele e me sentei ao seu lado:
-O que fazemos agora?
-Quero ver filme!
Espírito tão infantil, ele era literalmente a pessoa perfeita... Como Gon consegue ser tão belo sem ele mesmo perceber?

As letras que escrevi a você. •Killugon•Onde histórias criam vida. Descubra agora